segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Sport: técnico diz que expulsão mudou panorama do jogo

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Um jogo A.E.(antes da expulsão). Outro jogo D.E.(depois da expulsão). O cartão vermelho tomado pelo lateral-direito Samuel Xavier aos 23 do primeiro tempo foi o marco inicial da derrocada do Sport diante do Flamengo, ainda que o gol tenha saído no 11×11. Essa foi a explicação do técnico Eduardo Baptista para a segunda derrota seguida no returno do Brasileirão.
Para ele o time não sentiu o gol. Continuou jogando, criou mas depois que ficou com dez não conseguiu fazer a marcação correta pelos lados do campo e facilitou as entradas do Flamengo pelos dois setores. “Tentei colocar um jogador por ali para explorar o contra-ataque, mas o desgaste foi chegando e ficou difícil manter uma organização. Ainda tivemos alguns chutes mas não foi suficiente para conseguir ao menos o empate”, disse.
A explicação por manter o time com dois pontas abertos mesmo comprometendo o meio de campo foi justamente o jogo do adversário pelo mesmo setor. “Eles entraram muito por ali e depois que Élber entrou fizeram menos jogadas. André tentou jogar mas é lógico que com um a menos é difícil porque o adversário encurrala e tem sempre um homem sobrando no meio. Em alguns momentos tiveram até dois”, pontuou.
E o sistema que não muda? Com dez ou onze em campo. Eduardo acredita que essa é a melhor maneira de ocupar a maior parte do campo. Para ele o problema não foi esse mas sim fazer a bola rodar, infiltrações e criatividade, coisa que faltou. “O que precisamos é arrumar a casa para voltar a ganhar”, apontou.
Ainda assim ele viu algo de positivo. E deu nomes: Rithely, Ferrugem, Wendel, Matheus Ferraz, Renê e André. Foram jogadores que, segundo o técnico, suaram sangue para tentar mudar a história da partida. “Esses caras fizeram a diferença. Se tem algo para sair contente desse jogo são esses nomes que citei, que se entregaram com um a menos”, elogiou.
Sem querer ele até mandou recado para muito torcedor que já pede sua demissão pela redes sociais. Eduardo reconhece que a vida de técnico é pressão por vitória sempre mas procura não pensar nisso. “Minha vida é tranquila, estável e não dependo do emprego. Eu quero é trabalho. Um detalhe determinou nossa derrota. Vamos consertar o que pode ser melhorado. Viemos de um grande jogo com o Bahia e é ter tranquilidade para conseguir resultados sem sair mudando tudo. Saímos de vários momentos difíceis e esse nem é tão difícil como outros que tivemos”.
FUTURO
O futuro é bem ali na quarta-feira (2/9) diante do Coritiba. De cara ele vai ter que acionar Ferrugem porque Samuel Xavier vai cumprir suspensão. Mas viu muita gente desgastada, fato previsível quando um time precisa correr por um companheiro ausente. “Hoje houve um desgaste excessivo e vamos balancear isso para monter um time forte e buscar os pontos perdidos”.
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Com o meio de campo dominado, Sport não resistiu ao Flamengo

Com números do Footstats
Uma olhada superficial em alguns fundamentos do jogo Sport 0x1 Flamengo pode dar a falsa impressão de que o placar poderia ser considerado injusto. Mas basta olhar os lançamentos para entender o quanto o time pernambucano foi deficiente para jogar. Foram nada menos que CINQUENTA lançamentos para o campo rival, com apenas oito deles chegando onde deviram. Os cariocas tentaram esse tipo de jogada 40 vezes e acertaram 17.
Excetuando os desarmes, quando acertou 21, o Leão fez um jogo de muitos erros. Finalização por exemplo foram 11 no total, mas apenas três em direção ao gol flamenguista. O time visitante mandou quatro vezes para a barra de Danilo Fernandes.
A posse de bola por jogador mostra bem como os cariocas venceram, com superioridade numérica no meio de campo. Éverton e Márcio Araújo, foram os donos da bola com 6% da posse. Eles tiveram a companhia do lateral-esquerdo Jorge, que forçou muito o jogo de seu lado no segundo tempo. O primeiro rubro-negros pernambucano que aparece na lista é o volante Rithely, com 5%.
O camisa 21 foi um dos poucos destaques dos leoninos. Além da posse de bola, ele terminou o jogo como líder de desarmes, com seis. Também é o único jogador do Sport a aparecer na lista dos cinco melhores passadores da partida. Foram 44 acertos. Márcio Araújo (66) e Canteros (54) foram os melhores, corroborando pela segunda vez como o Flamengo foi melhor no setor de criação.
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