terça-feira, 27 de outubro de 2015

Executivo do Náutico reprova novo Estatuto do clube

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Após os clássicos contra o Santa Cruz e o Botafogo, o Náutico vive a expectativa de mais um embate nessa semana, desta vez político. Na quarta (28), será votada a possível alteração do Estatuto do clube, um tema delicado e pelo momento político que vem vivendo o clube, polêmico.
Nesta segunda, o Executivo do clube se posicionou, de forma contrária, à ideia do Conselho Deliberativo, deixando bem claro que o Náutico está rachado ao meio.
Leia na íntegra a nota do Executivo, enviada por email à imprensa:
“A Diretoria Executiva do Clube Náutico Capibaribe vem, publicamente, se manifestar contrária à aprovação da versão final da proposta de alteração do Estatuto do Clube elaborada por comissão do Conselho Deliberativo e colocada em votação, por convocação do Presidente do Conselho Deliberativo, Berillo Albuquerque Junior, na próxima quarta-feira, dia 28 de outubro de 2015, a partir das 19h30, na sede do clube.
Este posicionamento decorre da compreensão do Corpo Diretivo do Náutico de que, em primeiro lugar, não houve a divulgação com a antecedência devida da versão final do Estatuto para que houvesse a ampla e devida discussão e participação com os associados do clube. A convocação da Assembleia ocorreu de forma discreta, por meio do Conselho Deliberativo, em um jornal da cidade, no dia 10 de outubro de 2015, mas a divulgação do objeto da votação, o Estatuto, com mais de duzentas regras, só veio em 22 de outubro de 2015, a apenas seis dias da votação, sem estar definido sequer o quórum para a aprovação do Estatuto, o que torna juridicamente frágil a votação.
Em segundo lugar, a Diretoria Executiva tem a convicção de que a redação final da proposta de alteração do Estatuto do Clube, muito embora contenha regras importantes e seja fruto do esforço da comissão do Conselho Deliberativo, é infeliz em algumas partes, como por exemplo:
a) Retroceder na regra de Eleição para os cargos de Presidente e Vice Presidente com a possibilidade de a mesma ocorrer, em primeiro turno, no Conselho Deliberativo, de forma a retirar o poder de decisão dos sócios e transferi-lo ao Conselho que teria a possibilidade de definir quem será ou não, votado pelos sócios.
b) Criar requisitos exagerados para meramente concorrer aos cargos eletivos do Náutico, tanto para o Executivo quanto para o Conselho.
c) Estabelecer um privilégio para a antiguidade, em várias partes do Estatuto, inclusive na eleição do conselho deliberativo, como se a antiguidade fosse critério definidor absoluto.
d) Estabelecer, contrariamente ao que estabelece o Código Civil, a possibilidade de o Presidente do Executivo ser suspenso diretamente pelo Conselho Deliberativo e não pela Assembleia de Sócios.
e) Condicionar a aprovação dos nomes da Diretoria Executiva ao Conselho.
f) Impor estatutariamente que 10% do orçamento mensal do clube sejam destinados ao Centro de Treinamento, o que conflita com a realidade diária do clube e expõe o executivo a descumprir o Estatuto.
Outrossim, considera-se ainda que momento escolhido para discussão e aprovação do estatuto não é o adequado, diante do final dos mandatos do Executivo e do Conselho.
Sendo assim, a posição da Diretoria Executiva é de que a convocação precisa ser refeita, com a brevidade exigida, e que, nesse tempo, todos os pontos divergentes precisam ser rediscutidos amplamente para que se possa, então, votar validamente e sem atropelos o projeto de alteração do Estatuto do Clube, ainda que seja com a possibilidade de os associados votarem alguns temas divergentes, isoladamente.
Diretoria Executiva do Clube Náutico Capibaribe”

blog do torcedor


NÁUTICO

Náutico se inspira em triunfo improvável contra Paysandu para repetir feito diante do Vitória

Mais uma vez desacreditado, Alvirrubro tem chance de se recuperar diante de vice-líder


A semana começou para o Náutico com uma leve sensação de déjà vu. Para entender, é preciso voltar no tempo um pouco mais de um mês. Sem vencer há cinco jogos, e a oito pontos do G4, muitos já davam o time fora da disputa pela Série A. Principalmente porque teria pela frente o Paysandu, então vice-líder, em pleno Mangueirão. Porém, o improvável triunfo aconteceu (1 a 0), o que deu novo fôlego ao Timbu na Série B.
Agora, volte ao presente. Apesar de não viver um jejum de vitórias, os alvirrubros vem de uma humilhante goleada por 4 a 1 para o Botafogo, na Arena Pernambuco, e estão a cinco pontos da zona de classificação. Mais uma vez, o retorno à elite parece improvável, com sites especializados dando de 5% a 9% de chance de acesso. E pela frente, novamente o vice-líder, fora de casa. Dessa vez o Vitória, no Barradão. Mais uma oportunidade de renascer na competição. Ou aumentar o número de incrédulos no sucesso do clube.

De volta ao time após cumprir suspensão diante do Botafogo, o atacante Bergson é um dos que enxergam semelhanças nas duas situações. O que para ele, só aumenta a motivação para o confronto diante dos baianos. "O futebol dá a oportunidade de inverter os papéis e as opiniões de um jogo para o outro. Vejo semelhanças nos dois jogos. Isso não significa que iremos ganhar o jogo, mas que temos que ter uma vontade de vencer igual ou ainda maior do que tivemos naquela partida em Belém", pontuou.

Vale lembrar que contra o Paysandu, Bergson ainda não havia conquistado a vaga de titular da equipe (entrou no segundo tempo). Já para o jogo diante do Vitória, o jogador aposta na estratégia de jogo do técnico Gilmar Dal Pozzo. "Contra o Paysandu deu certo a nossa estratégia de jogar nos contra-ataques, assim como foi também contra o Santa Cruz Mas o Gilmar sabe escalar a equipe de acordo com cada adversário", finalizou.

superesportes

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