Após os clássicos contra o Santa Cruz e o Botafogo, o Náutico vive a expectativa de mais um embate nessa semana, desta vez político. Na quarta (28), será votada a possível alteração do Estatuto do clube, um tema delicado e pelo momento político que vem vivendo o clube, polêmico.
Nesta segunda, o Executivo do clube se posicionou, de forma contrária, à ideia do Conselho Deliberativo, deixando bem claro que o Náutico está rachado ao meio.
Leia na íntegra a nota do Executivo, enviada por email à imprensa:
“A Diretoria Executiva do Clube Náutico Capibaribe vem, publicamente, se manifestar contrária à aprovação da versão final da proposta de alteração do Estatuto do Clube elaborada por comissão do Conselho Deliberativo e colocada em votação, por convocação do Presidente do Conselho Deliberativo, Berillo Albuquerque Junior, na próxima quarta-feira, dia 28 de outubro de 2015, a partir das 19h30, na sede do clube.Este posicionamento decorre da compreensão do Corpo Diretivo do Náutico de que, em primeiro lugar, não houve a divulgação com a antecedência devida da versão final do Estatuto para que houvesse a ampla e devida discussão e participação com os associados do clube. A convocação da Assembleia ocorreu de forma discreta, por meio do Conselho Deliberativo, em um jornal da cidade, no dia 10 de outubro de 2015, mas a divulgação do objeto da votação, o Estatuto, com mais de duzentas regras, só veio em 22 de outubro de 2015, a apenas seis dias da votação, sem estar definido sequer o quórum para a aprovação do Estatuto, o que torna juridicamente frágil a votação.Em segundo lugar, a Diretoria Executiva tem a convicção de que a redação final da proposta de alteração do Estatuto do Clube, muito embora contenha regras importantes e seja fruto do esforço da comissão do Conselho Deliberativo, é infeliz em algumas partes, como por exemplo:a) Retroceder na regra de Eleição para os cargos de Presidente e Vice Presidente com a possibilidade de a mesma ocorrer, em primeiro turno, no Conselho Deliberativo, de forma a retirar o poder de decisão dos sócios e transferi-lo ao Conselho que teria a possibilidade de definir quem será ou não, votado pelos sócios.b) Criar requisitos exagerados para meramente concorrer aos cargos eletivos do Náutico, tanto para o Executivo quanto para o Conselho.c) Estabelecer um privilégio para a antiguidade, em várias partes do Estatuto, inclusive na eleição do conselho deliberativo, como se a antiguidade fosse critério definidor absoluto.d) Estabelecer, contrariamente ao que estabelece o Código Civil, a possibilidade de o Presidente do Executivo ser suspenso diretamente pelo Conselho Deliberativo e não pela Assembleia de Sócios.e) Condicionar a aprovação dos nomes da Diretoria Executiva ao Conselho.f) Impor estatutariamente que 10% do orçamento mensal do clube sejam destinados ao Centro de Treinamento, o que conflita com a realidade diária do clube e expõe o executivo a descumprir o Estatuto.Outrossim, considera-se ainda que momento escolhido para discussão e aprovação do estatuto não é o adequado, diante do final dos mandatos do Executivo e do Conselho.Sendo assim, a posição da Diretoria Executiva é de que a convocação precisa ser refeita, com a brevidade exigida, e que, nesse tempo, todos os pontos divergentes precisam ser rediscutidos amplamente para que se possa, então, votar validamente e sem atropelos o projeto de alteração do Estatuto do Clube, ainda que seja com a possibilidade de os associados votarem alguns temas divergentes, isoladamente.Diretoria Executiva do Clube Náutico Capibaribe”
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NÁUTICO
Náutico se inspira em triunfo improvável contra Paysandu para repetir feito diante do Vitória
Mais uma vez desacreditado, Alvirrubro tem chance de se recuperar diante de vice-líder
A semana começou para o Náutico com uma leve sensação de déjà vu. Para entender, é preciso voltar no tempo um pouco mais de um mês. Sem vencer há cinco jogos, e a oito pontos do G4, muitos já davam o time fora da disputa pela Série A. Principalmente porque teria pela frente o Paysandu, então vice-líder, em pleno Mangueirão. Porém, o improvável triunfo aconteceu (1 a 0), o que deu novo fôlego ao Timbu na Série B.
Agora, volte ao presente. Apesar de não viver um jejum de vitórias, os alvirrubros vem de uma humilhante goleada por 4 a 1 para o Botafogo, na Arena Pernambuco, e estão a cinco pontos da zona de classificação. Mais uma vez, o retorno à elite parece improvável, com sites especializados dando de 5% a 9% de chance de acesso. E pela frente, novamente o vice-líder, fora de casa. Dessa vez o Vitória, no Barradão. Mais uma oportunidade de renascer na competição. Ou aumentar o número de incrédulos no sucesso do clube.
De volta ao time após cumprir suspensão diante do Botafogo, o atacante Bergson é um dos que enxergam semelhanças nas duas situações. O que para ele, só aumenta a motivação para o confronto diante dos baianos. "O futebol dá a oportunidade de inverter os papéis e as opiniões de um jogo para o outro. Vejo semelhanças nos dois jogos. Isso não significa que iremos ganhar o jogo, mas que temos que ter uma vontade de vencer igual ou ainda maior do que tivemos naquela partida em Belém", pontuou.
Vale lembrar que contra o Paysandu, Bergson ainda não havia conquistado a vaga de titular da equipe (entrou no segundo tempo). Já para o jogo diante do Vitória, o jogador aposta na estratégia de jogo do técnico Gilmar Dal Pozzo. "Contra o Paysandu deu certo a nossa estratégia de jogar nos contra-ataques, assim como foi também contra o Santa Cruz Mas o Gilmar sabe escalar a equipe de acordo com cada adversário", finalizou.
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