Emerson Gonçalves
Se às 11h00 foi um sucesso, por que não aos domingos às 10h30?
Os 34 jogos realizados iniciados às onze horas da manhã de vários domingos foram um sucesso: mais de oitocentos mil torcedores ou, precisamente, 836.787torcedores pagaram para ver seus times jogarem no domingão cedo.
Alguns estádios tiveram lotações espetaculares. Um bom exemplo é o público de quase sessenta mil torcedores – 59.842 – presentes ao Morumbi para ver São Paulo x Coritiba. Ou os 55.987 que foram ao Mineirão assistir Atlético Mineiro x Joinville. No Maracanã, 53.793 foram assistir a Flamengo x Joinville.
Outro exemplo do sucesso: 24.611 pagantes por partida, em média, para esse horário, contra uma média geral do campeonato de apenas 17.186 pagantes, ou seja, uma média 43,2% maior que a média do campeonato até a 31ª rodada. Se subtrairmos o público das onze da manhã do público total do campeonato, a média dos demais horários cai para 16.022 pagantes por jogo. Ou seja, a média por partida dos jogos das onze horas, é 53,6% maior que a média dos demais horários somados (sem, naturalmente, o público dos jogos das onze – para deixar claro).
Mais um bom exemplo: depois do nariz torcido quando a CBF anunciou que esse horário entraria na tabela, houve uma verdadeira onda de pedidos de clubes para mudar alguns de seus jogos para esse horário. O resultado foi a Confederação passar de um para dois jogos por rodada no horário.
Durante toda a competição e em todos os jogos, houve monitoramento de vários parâmetros, como já comentado no post “Quando 11 horas são 10 horas”, sem que em nenhuma partida tivesse havido alguma quebra dos limites de segurança.
Apesar disso, nesse último domingo, 18 de outubro, tivemos os últimos dois jogos da temporada nesse horário.
Justamente no dia em que começou o horário de verão 2015.
Ora, no horário de verão 11 horas se transforma em 10 horas, ou seja, o jogo das “onze” começaria às “dez”, com o Sol e a temperatura das dez horas da manhã, terminando pouco antes do meio-dia, embora os relógios marcassem 1 hora da tarde.
O que conta para o corpo e para o sistema fisiológico não é o horário oficial e sim o horário solar e suas condições de temperatura, umidade, luminosidade, etc.
Verão é verão, entretanto e, vá lá, não custa um pouco mais de cuidado, certo?
Pois bem, como a Confederação, acertadamente, está disposta a experimentar novos horários para os torcedores, por que não marcar alguns jogos nesse final de temporada para as 10h30 da manhã? Nesse horário de verão, isso significaria o início dessas partidas ao Sol das nove e meia da manhã e seu término, quando muito, às onze e meia da manhã pelo horário real, o horário solar.
Talvez essa meia hora de antecipação tire dos estádios os mais dorminhocos, talvez não. O que eu acredito é que valeria muito a pena fazer a experiência.
Algumas objeções podem ser levantadas porque, com esse horário, os jogadores precisariam acordar meia hora mais cedo, se alimentarem meia hora mais cedo.
Bom, vamos & convenhamos, há vários fatores que contribuem para que isso não seja um problema. O primeiro deles é que dormir mais cedo na véspera para acordar mais cedo no dia seguinte, mal não fará. Outro ponto: ouvi profissionais ligados à área esportiva chamando a isso de sacrifício.
Hummmmm...
Sacrifício, mesmo, é levantar às quatro da manhã e pegar ônibus e trens lotados para chegar ao trabalho às sete horas e no final do mês receber pouco mais que um salário mínimo.
Sem querer ser chato, diria que atletas profissionais de times que disputam a Série A do Brasileiro são, no mínimo, bem pagos. Muitos são muito bem pagos. Muitos são muitíssimo bem pagos. E muitos, e não meia-dúzia, são regiamente pagos. Um pequeno “sacrifício” como esse não deve ser nada demais, né?
Vale o mesmo para o pessoal das comissões técnicas.
É isso. Como se diz nesses tempos modernos, fica a dica.
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Juca Kfouri
Zico desiste da Fifa e “caso Platini” tem nova versão
Zico não conseguiu as cinco assinaturas de associações nacionais de futebol para se candidatar à presidência da Fifa e anunciou sua desistência.
Disse que, ao menos, deixou seu recado sobre a necessidade de um futebol limpo.
A entrada na disputa do secretário geral da União Europeia de Futebol, o suíço Gianni Infantino, acabou de vez com as pretensões de Zico.
O caso de Michel Platini, favorito até que se viu envolvido no caso de um mal explicado dinheiro que recebeu por serviços prestados à Fifa, tem agora uma nova versão: ele não teria recebido tudo que acertara com Joseph Blatter e só quando o presidente da entidade pediu seu apoio à nova reeleição pôde cobrá-lo para receber o restante.
Suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa dificilmente Platini poderá ser candidato e a solução encontrada pelos europeus é a candidatura de Infantino.
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Perrone
Santos lidera movimento para adiar final da Copa do Brasil
Antes mesmo de serem conhecidos os finalistas, o Santos lidera um movimento para adiar a decisão da Copa do Brasil. Os dois jogos que vão decidir o título estão previstos para os dias 4 e 25 de novembro. Um pedido já foi feito à CBF para que no dia 25 aconteça a primeira partida da final e no dia 2 de dezembro a segunda.
São Paulo, Palmeiras e Fluminense são os outros semifinalistas.
A ideia dada pela direção santista é evitar um intervalo tão grande entre os dois jogos, considerado pelo clube ruim para o trabalho dos times, além de esfriar a empolgação das torcidas finalistas. A alteração daria mais tempo para as equipes se prepararem para o primeiro jogo da final.
A CBF ainda não respondeu se irá atender à solicitação.
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Ele já foi chamado de “Pelé do século 21″, mas fracassou em 8 países
O “Pelé do século 21″ só não passou os últimos três anos sem marcar um mísero gol graças à quarta divisão do Campeonato Finlandês.
O time B do modesto KuPs foi o único que viu norte-americano Freddy Adu balançar as redes como um jogador profissional de futebol nos últimos tempos.
Aos 26 anos, o garoto que conquistou o mundo nos Mundiais sub-17 e sub-20 de 2003 e virou celebridade teen só acumula decepções.
Já são 12 clubes como profissional, inclusive o Bahia, onde esteve em 2013. Em nenhum deles, deixou saudades.
A carreira do meia é praticamente um checklist de decepções. Ele flopou nos Estados Unidos, em Portugal, na França, na Grécia, na Turquia, no Brasil, na Sérvia e até na Finlândia.
Atualmente, defende o Tampa Bay Rowdies, que disputa a NASL (North American Soccer League), algo equivalente à segunda divisão do soccer norte-americano. Apesar de titular, não tem tido brilho nenhum.
Adu é mais famoso do que qualquer dos seus companheiros de equipe, mas apenas pelo que fez no passado. Em um passado já bastante distante.
Imigrante ganense que se mudou para os EUA aos 8 anos porque a mãe ganhou o “green card'' em uma loteria, o garoto virou a sensação do futebol mundial ao brilhar mesmo enfrentando adversários de quatro a sete anos mais velhos nos Mundiais de base de 2003.
Rapidamente, começou a ser tratado como fenômeno. Comparado a Pelé, assinou contrato de US$ 1 milhão de patrocínio com Nike e virou reportagem no “New York Times''. Tudo isso com apenas 13 anos.
Aos 14, profissionalizou-se com o maior salário entre todos os jogadores da MLS (Major League Soccer), a principal competição de futebol nos EUA. Foi seu auge.
Desde então, nada mais deu certo na carreira de Adu. Ele até teve esporádicas participações na seleção principal entre 2006 e 2011. Sempre mais pelo nome do que pelo futebol que apresentava.
Em 2012, teve uma temporada até que decente pelo Philadelphia Union, time do país que o acolheu ainda na infância. Em 32 partidas, marcou oito gols. Foram seus últimos. A menos que você considere a quarta divisão do futebol da Finlândia.
“Não acho que sou só mais um bom jogador. Acredito que sou mesmo especial. Sou tão bom quanto todo mundo achava que eu era. E ainda posso ser aquele jogador que todos esperavam'', disse o meia, em entrevista a mim, publicada em 2012 pela “Folha de S. Paulo''.
É, meu caro Adu, pode esquecer. o “Pelé do século 21″ foi apenas uma ilusão.
Rafael Reis
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Zico foi muito ingênuo. Acabou fora da eleição para a Fifa. Abandonado por Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné Equatorial e Guiné Bissau. CBF não precisou dar seu fingido apoio à candidatura….
Desde os tempos de Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero é conhecido como uma pessoa vingativa. Ele não esquece as ofensas que recebe. Mas não compra as brigas diretamente. Com ofensas. Ele sabe manipular o poder que possui. Além de ter assistentes maquiavélicos, experientes, vividos.
E a noite de ontem foi exultante para o presidente da CBF. Ele pôde economizar seu precioso voto na eleição da Fifa, marcada para o dia 26 de fevereiro.
Como Marco Polo tinha a certeza que aconteceria, Zico não conseguiu se lançar como candidato. Para tentar ser o sucessor de Blatter, era necessário a pessoa ter ao menos o apoio de cinco países. Ele deveria ser por escrito. Em uma carta enviada à entidade.
Depois de inúmeras viagens pelo mundo, o maior jogador da história do Flamengo estava animado. Tinha o apoio de países sem representatividade no futebol. Mas se confirmassem seus votos, Zico poderia brigar na eleição.
Eram eles Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné Equatorial e Guiné Bissau. Estava tudo combinado verbalmente. Fechados com esses cinco, Zico faria a CBF cumprir a sua promessa e apoiá-lo na eleição.
Só que as federações de Angola e São Tomé e Príncipe mudaram de ideia. Chegaram à conclusão que o brasileiro não teria a menor condições de vencer. E abandonaram Zico. Moçambique e as duas Guinés também desistiram. Sem apoio algum, ele não poderia exigir que a CBF o apoiasse. Marco Polo havia proposto um acordo indecente.
Se Zico tivesse o apoio de quatro países, o Brasileiro seria o quinto. Sem isso, nada feito.
Marco Polo sabia que ele não teria respaldo. No mundo da Fifa, craques não têm prestígio para comandar o futebol. Burocratas e milionários com grande fonte de relacionamento são os favoritos.
"Não foi possível conseguir as cinco cartas para ter a candidatura. Conversei com diversas pessoas e pelo menos umas seis quase que garantiram isso. Mas hoje houve uma reviravolta na questão da Uefa e não vejo que nada pode mudar. Principalmente por aqueles que lá vão estar, não vejo esperanças de que vai vir uma coisa nova. Lamento tudo isso que vem acontecendo. Pelo menos demos nosso recado e mostramos o que precisa ter para clarear", Zico usou um programa de rádio para confirmar que está fora da eleição.
Os candidatos. Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa; o príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia; o francês Jerome Champagne; o ex-jogador David Nakhid, de Trinidad e Tobago; o sul-africano Tokyo Sexwade; o liberiano Musa Bility; e Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol.
Gianni Infantino é o favorito. Substituiu ontem Michel Platini. O francês, presidente da Uefa, resolveu desistir. Ele está envolvido na acusação de haver recebido 2 milhões de euros, cerca de R$ 8,6 milhões, para não concorrer com Blatter nas eleições da Fifa, em maio passado. Foi suspenso pelo Comitê de Ética por 90 dias. Daria tempo para ainda disputar o cargo. Mas muitos jornalistas europeus garantem que se Gianni foi indicado para ser apenas 'testa de ferro' do próprio Platini.
"Quando Zico anunciou sua candidatura, disse que era uma boa opção, mas acredito que não está pronto. O que é certo é que não está corrompido e por isso meu voto é dele. Mas não terá nenhuma chance, a CBF não o apoia." O resumo é o senador Romário. Ele enxergou bem a situação.
Zico sempre foi um crítico ferrenho da CBF. Principalmente depois que foi coordenador da Seleção em 1998. Atacou Ricardo Teixeira. Depois Marin. E finalmente Marco Polo del Nero.
"O ponto é que o futebol brasileiro hoje vive uma lacuna de comando e se desvia o foco com muita facilidade. Após a eliminação trágica na Copa do Mundo no ano passado, a CBF se apressou em dar uma resposta. Vale lembrar que o presidente da entidade na ocasião está preso na Suíça atualmente. E a estruturação começou por um coordenador de seleções que era empresário até o dia anterior.
"O que tenho é o incomodo com a presença de um ex-empresário no comando das seleções e a percepção de que a nossa equipe principal entra em campo com jogadores jovens que se valorizam rapidamente e nem sempre atuam em campeonatos competitivos. E um treinador obcecado com a geração de 82.."
As críticas foram em carta aberta de Zico, publicada pela imprensa. No dia dois de julho. Lógico que suas palavras repercutiram internacionalmente.
Mas 28 dias depois, Zico estava na sede da CBF pedindo o apoio de Maro Polo. Assessores mostraram ao vingativo Marco Polo o que fazer. Ele seguiu fielmente os conselhos. Disse que apoiaria Zico, se ele conseguisse o apoio de quatro outros países. Zico quis fazer do Brasil, o primeiro a declarar o voto na sua candidatura. Ganhou um sonoro não.
Zico foi ingênuo. Apenas desgastou sua imagem à toa. Faltou visão em analisar o terrível quadro das eleições na Fifa. Sem patrimônio altíssimo ou ligação de anos e anos com dirigentes, o ex-jogador perdeu tempo.
"A gente fez durante a nossa carreira uma vida de credibilidade e honestidade, que a gente queria levar para o futebol. Fico muito feliz por poder ter visto uma campanha neste sentido e torcer que para aqueles que estão lá com uma responsabilidade possam olhar para o futebol com amor e paixão e não com o olhar de dinheiro no bolso."
Zico continuará sua carreira como técnico do FC Goa, na Índia.
Seu sonho de comandar o futebol no mundo não deu em nada.
Em 209 federações, não conseguiu cinco.
Enquanto Zico absorve a derrota.
Marco Polo comemora.
O plano deu certo.
Ele nunca apoiaria de verdade alguém que o criticou.
Zico percebeu da pior maneira possível.
A política esportiva é comparável à de Brasília.
Não há lugar para ingênuos.
Infelizmente, não há outro adjetivo.
Zico foi muito ingênuo.
-------------COSME RIMOLÍ
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