domingo, 20 de dezembro de 2015

Fla leva R$ 197 milhões da Globo em 2016, mas faz jogo duro para renovar

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Em seu orçamento, o Flamengo prevê R$ 197 milhões em receitas de direito de transmissão para 2016. Esse valor pode ser ainda maior dependendo de circunstâncias em relação a competições como Estadual do Rio e Copa do Brasil. Nem por isso o clube rubro-negro tem sido fácil de negociar a renovação de seu contrato com a emissora para depois de 2019.
A previsão orçamentária inclui uma crescimento de 58% no crescimento de receita de televisão para 2016 com o novo contrato com a Globo. O crescimento é de R$ 72 milhões, próxima da diferença de orçamento do clube de 2015 e 2016.
Para o próximo ano, o clube estima receber R$ 180 milhões do Brasileiro, incluindo o pay-per-view.  O restante viria do Carioca (R$ 7,8 milhões), Copa do Brasil (R$ 3,2 milhões) e publicidade estática. Pelo fluxo de caixa, R$ 184 milhões que vão entrar, de fato, nos cofres já que uma parte do primeiro de contrato ficará para 2017.
“Não temos nenhuma antecipação de televisão, então, o dinheiro da cota entra integral. Apenas partes foram usados como garantias para adiantamentos por meio de empréstimos, mas estamos pagando sempre então não é descontado'', contou o vice-presidente de Finanças do Flamengo, Cláudio Pracowinick.
Segundo o vice de finanças, a estimativa de ganho com televisão é conservadora. Isso porque o clube pode avançar mais na Copa do Brasil e turbinar as cotas, além de não levar em conta renovação do contrato do Estadual do Rio ou qualquer renda pela Primeira Liga. Até o pay-per-view foi calculado pelo mesmo percentual de 2015.
O dinheiro da televisão, aliado a receitas de patrocínio que devem ser mantidos, deixa o Flamengo em uma situação financeira bem mais confortável do que no passado. Ao final de 2016, a expectativa é de que a dívida gire em torno de R$ 400 milhões, desconsiderados os adiamentos, o que seria inferior a receita.
Por isso, o clube não tem pressa de renovar o contrato com a Globo de 2019 e 2020, o que o Corinthians, por exemplo, já aceitou. O blog apurou que foi oferecido um valor similar com direito a um adiantamento, proposta similar a de outros clubes. A ideia, no entanto, é tentar conseguir um valor maior do que o do clube paulista.
A diretoria não fala sobre a proposta, mas informou que, de fato, há uma negociação em curso. “Estão propondo umas luvas que descontaria no futuro. Pode ser que evolua. Poderia ser interessante porque em 2017 deveremos ter uma sobra'', comentou Pracowinick.
Rodrigo Mattos

A ameaça do Corinthians


O Corinthians ameaça não disputar a Libertadores se as cotas para os participantes não aumentarem.
Faz muito bem.
Antes de ganhá-la, em 2012, a ameaça poderia parecer mera desculpa esfarrapada.
Depois, não.
Mas brigar apenas por mais dinheiro, embora justo, é pouco.
Há que brigar, também, por melhores condições logísticas do torneio que peca por ser pouco civilizado.
Jogar na altitude, em gramados horrorosos e sob proteção policial para bater um simples escanteio, são outros motivos para estar no rol de reivindicações.
Seria excelente se os demais clubes brasileiros comprassem tamanha briga.
O grande Santos de Pelé, há mais de 50 anos, virou as costas para o torneio continental e preferiu excursionar pela Europa.
Lembremos ainda que, como a Fifa e a CBF, a Conmebol é uma fonte permanente de escândalos.
Juca Kfouri

Ex-vice de marketing vai se defender com carta de Aidar depois da renuncia

O ex-vice-presidente de marketing do São Paulo vai se defender da acusação de Carlos Miguel Aidar de que cobrava comissões em todas as negociações com uma carta enviada pelo próprio ex-presidente no dia de sua renúncia. Na carta, copiada abaixo, Aidar diz que o fato de um dia ter cruzado com um senhor de nome “Jack'' não o faz aproveitador de coisa alguma.
Aidar também escreve ser testemunha de que Douglas Schwartzmann não pediu comissão nenhuma. Aidar já tinha conhecimento do diálogo gravado por Ataíde Gil Guerreiro e provavelmente se lembrava de ter afirmado, na gravação, que Douglas Schwartzmann cobrava comissões em todos os negócios.
Como ficou claro, o que Aidar diz (ou escreve) não se escreve.
pvc

Bauza lembra mais Tite que Osorio; times dele são quase sempre guerreiros


De Vitor Birner
O São Paulo não tem dinheiro para formar elenco recheado de jogadores renomados e de alto nível técnico.
Precisava contratar o treinador capaz de lidar com esse perfil e fez uma aposta coerente ao optar por Edgardo 'Patón' Bauza. Disciplinador, ganhou duas Copas Libertadores, uma pela LDU e outra no San Lorenzo, ambas com elencos medianos.
Por outro lado, no gigante de Boedo sequer se classificou ao mata-mata na última edição da Libertadores ao ficar em terceiro lugar , atrás de Corinthians e São Paulo, e à frente do Danubio.
Normalmente demora alguns meses para arredondar seus times na parte tática, o que explica as campanhas ruins e medianas nas fases de grupos do torneio, inclusive quando foi campeão nesse que a torcida da agremiação do Morumbi mais almeja.
Propostas coletivas
Taticamente, posicionou seus times de muitas maneiras.
Na LDU, por exemplo, atuou com 3 zagueiros e linha de quatro na defesa.
No San Lorenzo variou 4-2-3-1, 4-1-4-1 e 4-4-2 que, se treinados e assimilados de maneira competente, são complementos um do outro de acordo com as exigências dos jogos.
Não pode ser chamado de retranqueiro e nem de ousado.
É nítido que tenta montar propostas coletivas equilibradas, e inicia isso pelo sistema de marcação.
Comparando…
Nos extremos de Juan Carlos Osorio, adepto de rodízios, e do Tite, que prefere repetir escalações e atletas para acertar seu time [ambas as propostas podem funcionar], lembra muito mais o que labuta aqui.
Foi cotado como substituto de Sampaoli, um dos que recusaram oferta da equipe do Morumbi, na Universidad de Chile e depois para ser auxiliar do treinador na seleção do país andino.
Certeza
A LDU, por exemplo, tinha atletas indisciplinados e Edgardo Bauza montou time guerreiro, unido, competitivo e ganhador.
Se houver o respaldo integral dos cartolas da agremiação do Morumbi, conseguirá encerrar a indisciplina e os individualismos, e a torcida terá, finalmente, time capaz de honrar com garra o manto sagrado.
Isso não significa que conquistará troféus relevantes.
 Dúvida
É impossível, neste momento, afirmar como montará o time, pois o elenco não foi formado.
Profundo conhecedor do mercado de jogadores na América do Sul, tende a solicitar reforços estrangeiros, pois isso pode diminuir o prazo de adaptação.
Jogadores argentinos são mais participativos que os brasileiros na marcação. Há faltas e cartões em nossos gramados que não são nada nas 'canchas'.
O mata-mata de primeira fase da Libertadores é o entrave, mas se conseguir a classificação terá o estadual para elevar o padrão coletivo do do time.
No Arroyito
É um dos maiores ídolos da história do Rosario Central. Torce pela agremiação.
Iniciou nas categorias de base da agremiação como atleta e tem duas conquistas nacionais como zagueiro raçudo, sério e goleador.
Os 'canallas' forneceram a oportunidade para começar como treinador, em 1998. Naquela temporada foram vice da Copa Conmebol, na seguinte ficaram nessa colocação no campeonato argentino, em 2000 chegaram às oitavas de final da Libertadores ao serem eliminado no Pacaembu, diante do Corinthians, na série alternada de pênalti, e em 2001 perderam na semifinal do torneio diante do Cruz Azul.
Foi homenageado pelo cantor e compositor Adrián Abonizio, hincha da agremiação, que compôs a canção 'Patón y Conductor' para reverenciá-lo.
Não funcionou
Saiu com o time correndo risco de ser rebaixado e foi para o Vélez Sarsfield. Fracassou lá e no Colón, antes de ir ao Sporting Cristal e ser campeão peruano.
Teve mais uma breve passagem pelo Colón antes de a LDU buscá-lo em Santa Fe para construir os capítulos mais ricos de sua história.
Único
Nenhuma equipe do Equador havia conquistado a Libertadores.
Ficou o trimestre no saudita Al-Nassr, a LDU o recontratou e ganhou, em quase três anos, mais um torneio nacional.
Elogios
No San Lorenzo quebrou o tabu do único grande argentino que não havia conseguido o troféu
Não conseguiu outro troféu, mas fez campanhas convincentes.
Lembro que a capacidade de investimento do 'Ciclón' é inferior às de Boca Juniors e River Plate.

Televisão sequestra a notícia e pune o consumidor


A Liesa – Liga das Escolas de Samba – do Rio de Janeiro foi avisada pela TV Globo que não há interesse na transmissão do desfile das duas primeiras escolas nos dois dias do carnaval carioca. As partes estão negociando para que as duas escolas “rifadas'' tenham seus desfiles mostrados – em gravação – após a última escola passar.
Não é o único caso em que o evento esportivo – no caso, cultural – não é tratado como noticia e sim como produto comercial. E, como a televisão tem dinheiro e os clubes têm miséria, sujeitam-se a tudo, sem um pio. Se a televisão vender um pacote do Brasileiro para a Ásia e os asiáticos baterem o pé por jogos às 16h de lá, jogaremos às 4 da madrugada daqui.
Há muitos exemplos. A NBB aceitou abrir mão da decisão do campeonato em cinco jogos para apenas uma partida. Em troca, teria exposição na televisão aberta. Nos anos seguintes houve uma evolução e agora a decisão é em melhor de três.
A São Silvestre deixou de ser atração turística da passagem de ano para se transformar em uma morta-viva exibida na manhã do dia 31. E há muitos outros exemplos. Se a televisão não comprou o evento nada noticia. Despedida de Rogério Ceni, por exemplo. Uma festa que mobilizou milhões de pessoas – emocionalmente falando – só houve na FOX. Nas outras, silêncio. Ou murmúrios.
Olimpíada, Pan-Americano e tudo o mais. Quem compra, passa. Quem não compra, chupa o dedo. E quem está em casa, não tem opção. É vítima de um monopólio movido a muito dinheiro.
É bom dizer que a televisão não é a única vilã. O jogo é duro. Eu vou na contramão da grande maioria dos colegas que considera a Globo malvada por não dizer o nome “correto'' dos clubes de vôlei e basquete. Mas, não é uma “malandragem'' do patrocinador. Se ele patrocinasse um clube como Corinthians, Palmeiras ou São Paulo, haveria uma visibilidade enorme e seria bom para o basquete. Como é com o Flamengo. Mas, não. Querem apenas o seu nome aparecendo. De graça. Na Globo. Assim, até eu.
Nessa briga toda, quem se dá mal é o torcedor.
menon

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