Cristaldo é 3º gringo com mais gols em Brasileiros pelo Palmeiras desde 2003
Atacante iguala marca de Gioino com sete gols na era dos pontos corridos. Valdivia lidera
Artilheiro do Palmeiras no ano com 13 gols, Cristaldo chega ao sétimo gol em Campeonatos Brasileiros na era dos pontos corridos e se torna terceiro estrangeiro com mais gols pelo clube no período.
O gol marcado contra o Cruzeiro foi o quinto do atacante argentino na edição atual do Brasileiro. Contratado no ano passado, Cristaldo fez dois gols no nacional de 2014. Mesmo sendo voce-artilheiro do time no torneio, Cristaldo segue na reserva do Verdão.
O gringo com mais gols pelo Palmeiras na era dos pontos corridos é o chileno Valdivia, com 15 gols em quatro edições diferentes. No Brasileiro de 2007 ele marcou sete vezes e foi o segundo estrangeiro com mais gols naquela edição, atrás apenas do uruguaio Acosta, que depois jogaria no rival Corinthians.
O segundo do ranking é o argentino Hernán Barcos, que fez 14 gols na edição de 2012 do nacional e foi o estrangeiro que mais vezes balançou as redes. Mesmo com os gols do 'pirata', o clube acabou rebaixado e o atacante deixou o clube.
Os sete gols de Cristaldo igualam o número de Gioino no Brasileiro de 2005. O argentino cabeludo chegou ao Verdão após jogar pela Universidad de Chile e não agradou. Voltou ao clube chileno em 2006.
Com quatro gols em uma edição, Muñoz e Ortigoza foram os destaques gringos do Palmeiras nas edições de 2004 e 2009, respectivamente. O baixinho colombiano fez mais de cem jogos pelo clube no começo da década de 2000. O paraguaio Ortigoza foi emprestado ao clube e agradou, mas não teve o contrato renovado. Em 2011, foi emprestado ao Cruzeiro.
Na 'barca' argentina que chegou em 2014, Mouche e Tobio fazem parte da lista. O primeiro ainda está no elenco e fez dois gols no ano passado. O zagueiro fez um gol, mas já deixou o Palmeiras.
Antes disso, o zagueiro paraguaio Gamarra fez dois gols, nos Brasileiros de 2005 e 2006. Outro defensor na lista é o colombiano Pablo Armero, que marcou em 2009.
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São Paulo é clube que mais acerta passes no Brasileirão
Lista tem ainda Corinthians, Flamengo, Palmeiras e Santos
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O empate entre São Paulo e Corinthians por 1 a 1 no Morumbi mostrou dois estilos diferentes de jogo. A agressividade do Tricolor contra o Corinthians que deixa o adversário jogar à espera de um contra-ataque.
No total, os donos da casa tiveram 62% de posse de bola. Domínio que se via nitidamente em campo. Com mais tempo com a bola, o Tricolor fez o que mais sabe fazer no torneio, trocar passes. O time é líder no quesito, com precisão de 91,2% das tentativas, sendo 7.014 passes certos. O destaque do Tricolor é Michel Bastos, com 610 passes certos e 90,4% do total.
O segundo é o líder Atlético-MG, com 6.712 passes e 90,9% das tentativas. O Galo tem o melhor jogado do Brasileirão nesta categoria, o volante Rafael Carioca, com 911 passes certos, 95,8% das tentativas.
O Grêmio goleou o Internacional por 5 a 0 no clássico com 92% de passes certos. No campeonato, o Tricolor Gaúcho tem 6.542 passes certos, 90,9% do total.
O Corinthians vem recuperando o bom futebol do início de temporada e a troca de passes entre os jogadores do meio de campo, mas tem o nível de acerto abaixo dos 90%, apesar de ter 6,329 passes certos.
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Sobre Guardiola e o “anti-
futebol” de Tite
Talvez não exista neste mundo alguém que admire e idolatre Pep Guardiola tanto quanto eu. Como técnico do Barcelona, o espanhol revolucionou o futebol mundial e formou uma equipe que, pra mim, foi a maior equipe de futebol da história do planeta Terra (o Corinthians de 2012 era de outro mundo) e entrou para o rol dos imortais no esporte bretão. Desde a primeira conquista da Champions, em 2008/2009, até a “atuação perfeita” diante do Manchester United na final da UCL 2010/2011, passando pelos seis trofeús erguidos em 2009, aquele time encantou o mundo com um futebol vistoso e, ao mesmo tempo, extremamente eficiente.
Os princípios futebolísticos eram simples: manutenção da posse de bola, triangulações, marcação pressão e manter-se no campo de ataque durante 90% das partidas. Como era recheado de craques, jogadores extremamente inteligentes, um dos maiores (pra mim, o maior) gênios da história do futebol e campeão de tudo, aquele Barcelona virou, corretamente, exemplo de como praticar futebol.
O problema, entretanto, é que muita gente confunde ser um exemplo de como jogar futebol com ser a única maneira possível de praticá-lo. Atravessando um momento singular na história, o futebol brasileiro tenta se reerguer do 7 a 1 copiando os modelos de sucesso do Velho Continente, mas, ainda bastante abalado pela humilhação, se mostra bastante perdido. No ímpeto de se reerguer o mais rápido possível, o Brasil não para pra respirar e analisar profudamente o que deve ser feito, apenas tenta reproduzir cegamente aquilo que mais deu certo nos últimos anos: o futebol total de Guardiola.
Entre imprensa, torcedores e alguns treinadores, se tornou consenso que “ser europeu e ser avançado é jogar com a bola nos pés, marcando o adversário por pressão e não abdicando de atacar por um só segundo”. Vende-se a falsa ideia de que quem tem a posse de bola é quem controla a partida e, portanto, joga melhor que o adversário. Como, por exemplo, nos 3 a 0 do Palmeiras sobre o São Paulo, no Allianz Parque, no começo desse ano.
O time tricolor tinha a posse de bola, ocupava o campo de ataque e mantinha os donos da casa presos na entrada da sua própria área. A proposta palmeirense era de aproveitar esse ímpeto são-paulino e, no contra-ataque, resolver a partida. E foi assim que o Palmeiras abriu o placar e fez o adversário desmoronar, transformando o clássico em goleada. O consenso geral era de que o São Paulo dominava a partida, era extremamente superior ao alviverde até tomar o primeiro gol e se perder.
Se voltarmos ao videotape do jogo, porém, veremos que o SPFC criou apenas uma boa chance de gol, em uma jogada individual do Pato pela esquerda. Dentro da sua proposta, o Palmeiras fazia uma partida quase perfeita, fechava os espaços pro ataque tricolor e saía no contra-ataque. Como você é extremamente superior ao seu adversário se você não cria chances de gols? Ter a posse de bola e ter superioridade na partida são coisas diferentes e é isso que o futebol brasileiro precisa aprender.
Ninguém joga melhor apenas porque tem a bola mais tempo no seu pé. Jogar futebol não é obrigatoriamente atacar por 90 minutos, manter a posse de bola e não deixar o adversário jogar. Existem outros estilos de futebol, não só o consagrado por Pep Guardiola e o seu Barcelona (e agora seu Bayern de Munique). E é aí que entram Tite e o estilo de jogo do Corinthians no Brasileirão de 2015.
Depois de um ano estudando futebol na Europa, o técnico gaúcho voltou ao Timão para uma nova passagem depois de ser campeão de tudo entre 2011 e 2013. Até a eliminação para o maior rival nas semifinais do Campeonato Paulista, o Alvinegro praticava um futebol bonito de se ver, com bastante intensidade, pressão na marcação, fazendo muitos gols e convencendo a torcida. As apresentações eram tão boas que chegaram até a convencer torcedores e boa parte da imprensa de que aquele time poderia disputar a Champions League. Afinal, era o que tinha de melhor na Europa.
A desclassificação, porém, trouxe a tona diversos problemas financeiros da equipe. Ainda disputando a Libertadores, o time se mostrou psicologicamente desgastado com toda a situação e foi eliminado para o modesto Guarani do Paraguai, ainda nas oitavas de final, em casa. A nova eliminação desencadeou uma série de medidas que transformaram o ambiente e o elenco alvinegros. Boa parte dos jogadores foram vendidos para sanar os problemas financeiros e Tite teve que se adaptar a nova realidade.
O ídolo Guerrero foi embora e deixou um vazio no ataque e no coração da torcida que Vágner Love não conseguiu preencher. Com menos opções no elenco, o técnico não conseguia mais cobrar a mesma intensidade do primeiro trimestre e, portanto, não podia continuar com aquele modelo de jogo. Decidiu, então, voltar as suas origens e montar um time mais defensivo, menos intenso e que desgastasse menos os seus atletas. Tudo isso somado aos problemas financeiros e o Corinthians começou o Brasileirão de maneira capenga, tropeçando em alguns jogos e, inclusive, perdendo para o Palmeiras em Itaquera.
Da noite para o dia, Tite passou de melhor técnico do Brasil para um simples retranqueiro que não faz um bom trabalho. Depois do empate desse domingo no clássico contra o São Paulo, houve quem pedisse sua demissão com a justificativa de “que se o time jogasse bola, estaria quatro pontos na frente do Galo”. Até mesmo depois de vencer o Atlético por 1 a 0, o técnico foi criticado porque “o Corinthians deixou de jogar bola e só se defendeu no segundo tempo”.
Malcom, a grande promessa da base alvinegra, vem fazendo um ótimo campeonato, mas sofre com as críticas da torcida “porque não aperta a saída de bola do adversário” (isso aqui não é exagero, eu ouço isso todo santo jogo na Arena). Renato Augusto, que disputa o posto de melhor meia do campeonato, é outro que sofre com as críticas porque, teoricamente, corre pouco e não marca a saída de bola do adversário. Love, além da má fase técnica, sofria também por não apertar a marcação quando o Corinthians tinha vantagem no placar.
Quando tinha condições para tal e cobrava da sua equipe um futebol mais próximo das ideias de Pep Guardiola, Tite era unanimidade entre a Fiel Torcida e o melhor técnico do país. Atualmente, o técnico enfrenta uma série de problemas financeiros do clube, tem um elenco bastante reduzido (não só em números como em técnica) em relação ao começo do ano e não conta com um camisa 9 confiável, capaz de decidir partidas e somar pontos que fazem a diferença na classificação final. Ainda assim, o Corinthians é o segundo colocado do Campeonato Brasileiro, apenas dois pontos atrás do Atlético Mineiro, melhor e mais pronto time do Brasil no momento.
Mesmo sendo vice-líder, Tite é criticado constantemente pela torcida porque “o Corinthians não joga futebol”. É preciso aprender que o Timão joga futebol sim, afinal, não é só o estilo de jogo do Guardiola que é jogar futebol ou ser moderno. O que Tite faz não é o “anti-futebol”, é só uma outra maneira de praticá-lo e que dá resultados (ou ser segundo colocado com todos esses problemas não é resultado?).
É isso que o futebol brasileiro em geral precisa entender. Não existe uma única maneira de jogar futebol, se defender quando tem a vantagem ou quando joga fora de casa e tentar vencer o jogo no contra-ataque não é deixar de jogar futebol, é só um outro jeito de fazê-lo. Ter a posse de bola não significa jogar melhor. Marcar pressão na saída de bola do adversário não é a única opção possível e imaginável. Existem outros jeitos para “sermos europeus”, não só copiar o gênio Pep Guardiola.
GUILHERME SACCO-vavel
vavel
Joias de Xerém: Quem são as próximas promessas das categorias de base do Fluminense?
Considerada uma das melhores categorias de base do Brasil, Xerém vem tendo papel fundamental na reestruturação do Fluminense
Marcos Felipe, Ygor Nogueira, Bryan Oliveira, Danielzinho e Matheus Pato são alguns deles (Fotos: Divulgação/FFC)
Não é de hoje que Xerém é considerada uma das melhores categorias de base do Brasil. Dona de boa parte do material humano no elenco profissional do Fluminense, é responsável também por desafogar o caixa do clube com transferências. Gérson e Kenedy foram vendidos a Roma e Chelsea, respectivamente, por cerca de R$ 91,26 milhões em valores somados.
De lá saíram nomes consagrados como Roger, Diego Souza, Carlos Alberto, Thiago Silva, Marcelo, e outros que estão começando a conquistar seu espaço no futebol europeu como Fabinho, Rafael, Fábio, Wellington Nem, Wellington Silva, Wallace, Maicon e Alan.Ano após ano segue sendo o desafogo do Tricolor das Laranjeiras.
Atualmente, o Fluminense conta com Kléver, Antônio Carlos, Marlon, Luiz Fernando, Rafinha, Willian, Gustavo Scarpa, Higor Leite, Robert e Marcos Júnior em seu elenco principal, todos vindo da base.
Conheça as próximas joias de Xerém
• Marcos Felipe (Goleiro)
Herói do Fluminense na Al Kass Cup 2013, onde pegou dois pênaltis na decisão e deu o título ao clube na divisão de base. A trajetória de Marcos Felipe lembra muito a de Fernando Henrique, mas todos o consideram com potencial maior do que o ex-arqueiro tricolor. Atualmente está emprestado ao Macaé.
• Ygor Nogueira (Zagueiro)
Se Marcos Felipe brilhou na Al Kass Cup, o mesmo podemos dizer deYgor Nogueira. Além de destaque, o zagueiro foi o capitão tricolor na ocasião. Vindo da mesma geração de Marlon, é uma das grandes esperanças para o setor defensivo do Fluminense no futuro. Tem bom posicionamento e reação como caractéristicas, assim como seu companheiro que está atualmente entre os profissionais.
• Léo Pelé (Lateral-esquerdo)
Não tem a mesma grife de Marcelo, mas Léo Pelé é especulado como o futuro dono da lateral-esquerda do Fluminense. Foi destaque na última Copa São Paulo de Futebol Júnior e já teve seu nome cogitado entre os profissionais, principalmente devido a carência de jogadores para a posição. É um lateral que chama atenção por subir bastante ao ataque, quase como um ponta.
• Wallace Bonilha (Volante)
Talvez o jogador mais polivalente das categorias de base do Fluminense. Já atuou de volante, meia e até mesmo atacanté.Wallace Bonilha, ou apenas Bonilha como é chamado, foi o autor de alguns gols decisivos nos campeonatos europeus que o clube disputou.
• Douglas (Volante)
Douglas é um volante moderno e se tornou uma das principais promessas do clube. Ele despertou o interesse do PSV durante a última excursão tricolor na Europa. A equipe conquistou os torneios de Teborg, na Holanda, e a Spax-Cup, na Holanda. Douglas foi eleito o melhor jogador e é o atual capitão da equipe.
• Bryan Olivera (Meia)
Bryan Olivera chegou após a ascensão de Dario Conca. Uruguaio, tem características parecidas com o antigo camisa 11 do Fluminense. Canhoto e arisco, sempre aparece como elemento surpresa no ataque. Tem como diferencial o bom chute de fora da área e ser cobrador de bolas paradas. Foi emprestado ao Los Angeles Galaxy.
• Danielzinho (Meia)
Se Bryan Olivera tem características de Conca, podemos relacionar Danielzinho a Thiago Neves. Camisa 10 da equipe sub-20 do Fluminense, é o principal articulador e atua como meia clássico, cadenciando o jogo e apostando em sua inteligência. Tem o drible e velocidade como suas principais armas.
• Pablo Dyego (Atacante)
Pablo Dyego teve uma curta passagem pelos profissionais, mas não engrenou devido a forte concorrência e terminou emprestado ao Legia Warszawa, da Polônia. Começou como um atacante de velocidade, mas encerrou seu último ano nos juniores atuando quase como um ala. Drible e boa finalização são seus pontos fortes.
• Matheus Pato (Atacante)
O típico nove clássico. Assim como Samuel e Michel, Matheus Pato é a principal referência ofensiva do Fluminense. Artilheiro em quase todas as divisões que passou, sabe usar o corpo a seu favor e briga bem com os zagueiros. Tem finalização e cabeceio como armas, fundamental para qualquer centroavante.
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