STOICHKOV
Nascimento: 08 de Fevereiro de 1966, em Plovdiv, Bulgária.
Posição: Atacante
Clubes: Maritza Plovdiv-BUL (1982), Hebros-BUL (1982-1984), CSKA Sofia-BUL (1985-1990 e 1998), Barcelona-ESP (1990-1995 e 1996-1998), Parma-ITA (1995-1996), Al-Nassr-ARS (1998), Kashiwa Reysol-JAP (1998-1999), Chicago Fire-EUA (2000-2002) e DC United-EUA (2003-2004).
Principais títulos por clubes:
3 Campeonatos Búlgaro (1986-1987, 1988-1989 e 1989-1990), 3 Copas da Bulgária (1986-1986, 1987-1988 e 1988-1989) e 1 Supercopa da Bulgária (1989) pelo CSKA Sofia.
1 Liga dos Campeões da UEFA (1991-1992), 1 Recopa da UEFA (1996-1997), 2 Supercopas da UEFA (1992 e 1997), 5 Campeonatos Espanhol (1990-1991, 1991-1992, 1992-1993, 1993-1994, 1997-1998), 2 Copas do Rei (1996-1997 e 1997-1998) e 4 Supercopas da Espanha (1991, 1992, 1994 e 1996) pelo Barcelona.
1 Recopa da Ásia (1997-1998) pelo Al-Nassr.
1 Copa dos EUA (2000) pelo Chicago Fire.
Principais títulos individuais e Artilharias:
Artilheiro do Campeonato Búlgaro: 1988-1989 (23 gols) e 1989-1990 (38 gols)
Artilheiro da Recopa da UEFA: 1988-1989 (7 gols)
Chuteira de Ouro da Europa: 1990
Onde d´Or: 1992
Chuteira de Ouro da Copa do Mundo da FIFA: 1994 (6 gols)
Eleito para o All-Star Team da Copa do Mundo da FIFA: 1994
Bola de Ouro da revista France Football: 1994
Don Balón Award de Melhor Estrangeiro do Campeonato Espanhol: 1994
Eleito para o All-Star Team da Eurocopa: 1996
Eleito o 29º Melhor Jogador do Século XX pela revista Placar: 1999
FIFA 100: 2004
Eleito entre os 100 Melhores Jogadores do Século XX pela revista World Soccer: 2007
“C(H)risto existe”
Ele foi um baixinho marrento, endiabrado, craque, letal com a bola nos pés, autor de obras primas e carregou uma seleção inteira nas costas na Copa do Mundo de 1994. Você deve ter pensado instantaneamente no brasileiro Romário, não é? Pois errou. Essa é a descrição de Hristo Stoichkov Stoichkov, repetido duas vezes mesmo, o maior jogador búlgaro de todos os tempos e um dos mais geniais atacantes da história do futebol mundial. Falastrão, polêmico e brincalhão, o craque encantou a Europa no final dos anos 80 vestindo a camisa do CSKA Sofia e depois partiu para o estrelato com o azul e grená do Barcelona, campeão de quase tudo nos anos 90. Seu auge aconteceu em 1994, quando não só brilhou intensamente pelo time catalão como também fez da Copa do Mundo dos EUA um palco para o seu debute e consagração mundial. Quem viu jamais se esqueceu das apresentações de gala daquele baixinho rápido, habilidoso e fora de série, que deixava companheiros na cara do gol ou partia ele mesmo enfileirando zagueiros e assinando obras primas maravilhosas. Stoichkov marcou seis gols que levaram a Bulgária a uma incrível semifinal, perdida por pouco para a Itália de Roberto Baggio. Depois do mundial, o craque foi perdendo a intensidade aos poucos, mas não o poder de decisão, marcando gols importantes em finais pelos outros clubes que defendeu até encerrar a carreira. É hora de relembrar a carreira do deus búlgaro da bola.
Nada santo
Nascido na cidade de Plovdiv, segunda maior da Bulgária, Hristo Stoichkov começou a carreira no pequenino Maritsa Plovdiv e perambulou por várias outras equipes menores no começo dos anos 80. Temperamental, o jovem sempre arrumava confusões dentro e fora de campo por saber de seu talento e por não aturar provocações ou lances duvidosos da arbitragem. Foi então que seu pai, que trabalhava no Ministério da Defesa na época, decidiu colocá-lo no CSKA Sofia, um dos titãs do futebol da Bulgária e também equipe do exército do país. A atitude do Sr. Stoichkov tinha cabimento, afinal, parecia certo que o filho tomaria jeito jogando em um ambiente disciplinador e sério. Mas tudo não passou de sonho. Em 1985, logo em seu primeiro ano no CSKA, Stoichkov fez um dos gols da vitória por 2 a 1 sobre o Levski Sofia, pela final da Copa da Bulgária, e arrumou uma grande confusão ao trocar socos com jogadores do time rival, entre eles o goleiro Mihailov, que seria companheiro de Hristo na seleção búlgara anos depois. A bagunça trouxe sérios problemas para os clubes e para Stoichkov. O CSKA e o Levski foram banidos do futebol búlgaro e tiveram que mudar de nome. Stoichkov também foi banido, mas tanto ele quanto os times conseguiram a anistia dos líderes comunistas do país um ano depois.
Quando voltou pra valer, na temporada 1986-1987, Stoichkov mostrou rapidamente seu lado goleador e de craque genial. Com dribles, jogadas de efeito, lançamentos maravilhosos e, claro, gols, o atacante foi ganhando mais espaço e se tornou uma estrela no país, ajudando o CSKA a conquistar três campeonatos nacionais, três copas e uma supercopa. Suas atuações lhe rederam em 1987 a primeira de muitas convocações para a seleção. Em 1989 e 1990, o craque deu show ao marcar 23 e 38 gols, respectivamente, no Campeonato Búlgaro, vencendo até uma Chuteira de Ouro europeia. Ainda em 1989, Stoichkov marcou sete gols que levaram o seu clube a uma incrível semifinal de Recopa da UEFA. Nela, a equipe teve de enfrentar o poderoso Barcelona-ESP, que venceu por 4 a 2 o primeiro jogo e por 2 a 1 o segundo. Os três gols do CSKA nessa fase foram de Stoichkov, que despertou um ávido interesse do time catalão, em especial do técnico Johan Cruyff. E foi para a Catalunha que o búlgaro se foi em 1990.
Ídolo instantâneo
Na temporada 1990-1991, Stoichkov começou a escrever a página mais brilhante e notável de sua carreira. Com a camisa do Barcelona, o búlgaro iria viver seu auge e protagonizar momentos mágicos no Camp Nou. Extremamente identificado com a cidade e a torcida e jogando ao lado de craques como Michael Laudrup, Ronald Koeman, Josep Guardiola e muitos outros, o atacante faturou em sua chegada o Campeonato Espanhol, que seria o primeiro dos cinco do craque pelo Barça. No entanto, Stoichkov só iria brilhar mesmo na temporada seguinte, por conta de um afastamento de dois meses depois de pisar no pé de um juiz após ser expulso em um jogo contra o Real Madrid.
Passada a suspensão, Stoichkov voltou com tudo e marcou 17 gols na campanha do título espanhol de 1992, sendo o terceiro na lista dos artilheiros do torneio. Mas aquele ano ficaria marcado, mesmo, pela glória inédita do clube catalão: a Liga dos Campeões da UEFA.
Caminhada rumo à glória
Campeão espanhol, o Barcelona pôde voltar a disputar a Liga dos Campeões da UEFA na temporada 1991-1992. Depois de eliminar Hansa Rostock e Kaiserlautern, ambos da Alemanha, os blaugranas foram para a fase de grupos, que aparecia pela primeira vez no formato de disputa da Liga dos Campeões. Eram dois grupos com quatro equipes cada, sendo que o líder de cada um iria para a final. No Grupo B, o Barcelona mostrou força e ficou na primeira posição, com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota em seis jogos. Stoichkov despertou no torneio e marcou um gol na vitória sobre o Dinamo Kyiv (RUS) por 2 a 0 na Rússia e outros dois na goleada por 3 a 0 no Camp Nou, além de anotar o primeiro gol da vitória por 2 a 1 sobre o Benfica-POR. Era hora da grande final, contra a Sampdoria-ITA.
Haja coração!
O jogo, como esperado, foi um duelo muito equilibrado. A Sampdoria contava com a maior geração de craques de sua história e nunca mais teve tantos bons jogadores como Mancini, Pagliuca (goleiro da Itália na Copa de 1994), Vierchowod, o brasileiro Toninho Cerezo e Vialli. Do lado do Barça, o esquadrão já conhecido pelos torcedores e também rivais, com nomes de peso como Zubizarreta, Ferrer, Ronald Koeman, Guardiola, Bakero, Salinas, Laudrup e Stoichkov. Com tantos bons jogadores, o jogo ficou no 0 a 0 durante os 90 minutos do tempo regulamentar, placar mantido por boa parte da prorrogação. Todos achavam que aquela partida iria para os pênaltis. Até surgir uma falta para o Barcelona, batida com maestria por Ronald Koeman, que decretou a vitória por 1 a 0 e o primeiro título da Liga para o Barcelona.
Títulos e mais títulos
Stoichkov venceria depois da Liga uma Supercopa da UEFA, com triunfo sobre o Werder Bremen, da Alemanha, por 3 a 1 no placar agregado (empate em 1 a 1 na Alemanha e vitória na Espanha por 2 a 1, com um gol do búlgaro). Antes da conquista, porém, Stoichkov viajou até o Japão em busca do Mundial Interclubes. Na final contra o São Paulo-BRA, o craque abriu o placar com um golaço de fora da área, mas o time brasileiro virou o jogo e ficou com o título. Passado o revés, o craque seguiu tinindo e, em 1993, venceu mais um campeonato espanhol, marcando 20 gols e ficando outra vez na terceira posição da artilharia, atrás de Zamorano (26) e Bebeto (29). Naquele ano, Stoichkov ficou um pouco ressabiado quando o time espanhol anunciou a contratação do brasileiro Romário. Com mais de três estrangeiros no grupo (limite imposto na época para equipes europeias), o técnico Cruyff se viu obrigado a fazer um rodizio com seus craques, o que não agradou nem um pouco ao temperamental Stoichkov, que seguia acumulando cartões amarelos e consequentes suspensões sempre por reclamação, fazendo-o um dos recordistas no quesito na liga espanhola, além de pegar três suspensões superiores a um mês.
A concorrência com Romário, no entanto, logo virou saudável e a dupla foi referência máxima no ataque catalão na temporada 1993-1994. Com 30 gols de Romário e 16 de Stoichkov, o Barça foi outra vez campeão nacional com absurdos 91 gols marcados, com direito a uma goleada inesquecível de 5 a 0 diante do rival Real Madrid no Camp Nou. Quem esperava por brigas entre os dois, se enganou, pois Stoichkov e Romário se tornaram amigos, fizeram uma parceria histórica com o azul e grená do Barça e mostraram que dois marrentos num time era, sim, possível – para azar dos rivais e alegria dos torcedores da Catalunha. Stoichkov, inclusive, comentou sobre esse episódio:
“Pra mim, o Romário foi o melhor jogador brasileiro da história. Jogamos dois anos juntos no Barcelona. Pra mim ele era o melhor dentro da área. E também sempre tive uma boa relação com ele, com os filhos, com a ex-mulher Mônica. Então, pra mim, o Romário era o melhor amigo, o melhor profissional, o melhor na área. Muito melhor que qualquer outro”. –Stoichkov, em entrevista ao iG Esporte em setembro de 2009.
Outra chance europeia
Novamente campeão nacional, o Barcelona disputou a Liga dos Campeões da UEFA de 1993-1994 como favorito, ainda mais com a dupla Stoichkov-Romário. Na primeira fase, o clube perdeu por 3 a 1 em Kiev para o Dínamo, mas venceu em casa por 4 a 1 e conseguiu a classificação. Na segunda fase, o time eliminou o Austria Viena com duas vitórias: 3 a 0 e 2 a 1 (dois gols de Stoichkov). Classificado, o time sobrou no Grupo A e terminou invicto, com 4 vitórias e 2 empates, passando fácil por Galatasaray, Spartak Moscow e Monaco. Na sequência, o Barça enfrentou o Porto nas semifinais e venceu por 3 a 0, em jogo único no Camp Nou, com dois gols de Stoichkov e um de Koeman. O time estava na final e era o favorito absoluto diante do Milan-ITA.
Apagão
O estádio Olímpico de Atenas, na Grécia, recebeu duas equipes bem distintas na final da Liga dos Campeões de 1994: de um lado, o grande Barcelona, com suas estrelas que dominavam a Espanha e queriam conquistar a Europa mais uma vez. Do outro, o Milan, que não era mais aquele time sensacional do início da década de 90, mas ainda tinha ótimos jogadores, comandados pelo estrategista Fabio Capello. O clube de Milão havia sido vice-campeão na temporada anterior, e queria o título para apagar a decepção. Do lado do Barça, era a chance de colocar aquele time de vez na história como um dos melhores de todos os tempos. Mas o favorito clube espanhol pareceu não ter entrado em campo naquele dia e perdeu por 4 a 0. Ali, terminaria o Dream Team do Barcelona. Mas Stoichkov ainda teria muito trabalho pela frente, mais precisamente nos EUA, com sua seleção.
O ano do craque
Se nos primeiros meses de 1994 Stoichkov teve altos e baixos com o Barcelona, pela seleção a história foi diferente. Depois de se garantir na Copa do Mundo dos EUA, a Bulgária chegava como zebra ao mundial. No entanto, Stoichkov iria comandar uma geração de ouro na terra do Tio Sam. Depois de uma estreia horrível (derrota por 3 a 0 para a Nigéria), os búlgaros fizeram 4 a 0 na Grécia, com dois gols de Stoichkov (2), um de Letchkov e outro de Borimirov. Era a primeira vitória da história da Bulgária em Copas. Sinal de bom presságio…
O último jogo da equipe era decisivo, contra a Argentina. Ninguém apostava na Bulgária, mesmo com os hermanos desfalcados de Maradona, pego no exame antidoping e expulso do mundial. Foi então que o estádio Cotton Bowl, em Dallas, viu a Bulgária comandar as ações (principalmente no meio de campo) e marcar dois gols no segundo tempo, com Stoichkov e Sirakov, vencendo a Argentina de Chamot, Redondo, Batistuta, Caniggia, Simeone e Balbo por 2 a 0. A equipe se classificou para as oitavas de final em segundo no grupo.
Na segunda fase da Copa, a Bulgária teve pela frente o México de Jorge Campos. O jogo começou e a Bulgária foi logo abrindo o placar aos seis minutos com o craque Stoichkov marcando um belo gol após receber um passe em profundidade na medida. O México não se abalou e empatou aos 18´com García Aspe cobrando pênalti. O jogo seguiu equilibrado e depois de 120 minutos de partida, a decisão da vaga foi para os pênaltis e deu Bulgária: 3 a 1.
A maior das vitórias
Nas quartas de final, ninguém acreditava em mais uma zebra. A Alemanha, então tricampeã mundial, era favorita ao extremo para aquele jogo contra a Bulgária. Depois de um primeiro tempo morno, logo aos dois minutos da segunda etapa, o capitão alemão Matthäus marcou de pênalti o primeiro gol do jogo. Pronto. Ali era o início do fim da Bulgária, que não teria forças debaixo daquele sol escaldante para virar a partida contra os sempre competitivos e precisos alemães. Mas… Quem disse que não? Aos 30 minutos, cobrança de falta para a Bulgária. Stoichkov bateu e provou mais uma vez que estava iluminado nos EUA: golaço e 1 a 1 no placar. Três minutos depois, Yankov avança pela direita e cruza para Letchkov. O carequinha acerta o ângulo de Illgner e marca outro golaço: 2 a 1 para a Bulgária! Ninguém acreditava! A equipe conseguia a virada pra cima da campeã mundial e ficava perto de uma semifinal histórica. Depois de muita pressão, a Bulgária se segurou e garantiu a vitória. A festa em Sófia, capital da Bulgária, foi enorme e milhões de pessoas saíram às ruas para comemorar aquela que, para muitos, é a maior vitória da história do futebol do país. A antes zebra era, pelo menos naquele dia 10 de julho de 1994, uma das quatro melhores seleções do planeta. E teria a chance de chegar a uma incrível final.
Na semifinal, a Bulgária teve pela frente outra seleção tricampeã mundial: a Itália. Era o encontro entre dois craques que levavam nas costas as suas seleções: Stoichkov, pela Bulgária, e Roberto Baggio, pela Itália. No duelo entre ambos, porém, o italiano se saiu melhor. O craque marcou aos 21´e aos 25´do primeiro tempo e deixou a Itália com dois gols de vantagem. No final da primeira etapa, Stoichkov marcou seu sexto gol na Copa, de pênalti, e deixou a seleção viva para o segundo tempo. Mas o calor, aliado ao excelente sistema defensivo italiano, impediu a Bulgária de conseguir uma proeza gigantesca. O placar de 2 a 1 se manteve e a Azzurra foi para a final. Estava terminado o sonho búlgaro de tentar conquistar o mundo. Na disputa do terceiro lugar, os búlgaros perderam para a Suécia por 4 a 0 e ficaram na quarta posição. Mas Stoichkov já havia entrado para a história. Com seis gols, o craque ganhou a chuteira de ouro, foi eleito para o All-Star Team do mundial e ainda por cima iria faturar a Bola de Ouro de melhor jogador europeu de 1994. Prêmios justíssimos para um craque fora de série.
Títulos, declínio e o fim
Depois do ano mágico em 1994, Stoichkov começou a perder espaço no Barcelona com constantes brigas com o técnico Cruyff e foi jogar no Parma, da Itália, mas sem brilho. Ele voltou em 1996 ao Barça, já sem Cruyff, mas ficou boa parte do tempo no banco de reservas devido à concorrência com Ronaldo e, posteriormente, Rivaldo. Depois de faturar mais algumas taças pelo clube catalão, o búlgaro jogou em 1998 na Arábia Saudita e deu ao Al-Nassr o título da Recopa da Ásia ao marcar o gol do título na final contra o Suwon Bluewings, da Coreia do Sul. Stoichkov passou ainda pelo CSKA Sofia, pelo futebol japonês e pelos EUA, fazendo outro gol importante na final da Copa dos EUA que deu o título ao seu clube, o Chicago Fire, em 2000.
Pela seleção, o craque participou da Eurocopa de 1996 e de mais uma Copa do Mundo, em 1998, mas não conseguiu repetir a proeza de 1994 e viu sua equipe ser eliminada na primeira fase de ambas as competições. O craque se despediu da Bulgária em 1999, aos 33 anos, depois de 83 jogos disputados e 37 gols marcados. Stoichkov pendurou as chuteiras em 2004, mesmo ano em que recebeu da UEFA o prêmio de melhor jogador búlgaro da história no aniversário de 50 anos da entidade.
Hristo histórico
Após dar adeus aos gramados, Stoichkov se arriscou na carreira de técnico de futebol, passando pelo Barcelona e até pela seleção búlgara, mas seu temperamento e opiniões controversas causaram vários problemas com jogadores e geraram resultados muito abaixo do esperado. Hoje, Stoichkov ainda comanda times, mas longe dos holofotes, lá em sua terra natal. O legado deixado em campo, porém, permanece intacto, sublime, marcante e inesquecível. Hristo Stoichkov foi um talento único, brilhou diante de centenas de milhares de torcedores pela Europa e pelo mundo, fez jogadas de gênio e mostrou que um país com tradição zero no futebol como a Bulgária poderia, sim, ter craques imortais. É como o próprio Stoichkov dizia:
“Existe um Cristo lá em cima e outro aqui embaixo. Ambos fazem milagres”.
E os milagres não foram poucos. Foram muitos, para o bem do futebol, da Bulgária e do Barcelona. Bendito seja o Hristo. Amém.
Números de destaque:
Disputou 83 jogos pela Bulgária e marcou 37 gols.
Disputou 336 jogos pelo Barcelona e marcou 162 gols.
Futebolinterior
Nenhum comentário:
Postar um comentário