quinta-feira, 6 de agosto de 2015

OPINIÃO DOS BLOGUEIROS ! BRASIL

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Juca Kfouri

Três gols dão o tri ao River


O que se viu no frenético Monumental de Nuñez durante os primeiros 43 minutos da decisão da Libertadores entre River Plate e Tigres?
Pouco, pouquíssimo futebol, invariavelmente apresentado pelo time mexicano, e muita, muita violência, tanta que em meia hora houve cinco cartões amarelos, curiosamente apenas um para os argentinos.
Possibilidade de gol só duas vezes, mas Rafael Sóbis matou mal a bola na primeira e o francês Gignac bobeou na segunda.
Aquino, o mexicano que infernizou o Inter, inexistia, desaparecido em Buenos Aires.
Aí, aos 44, Leonel Vangione deu uma caneta nas imediações da intermediária e cruzou na cabeça de Alario que fez 1 a 0, num belíssimo gol, desses destinados a fazer parte da história de um clube. O River estava na frente.
Como é sabido, um gol nessa altura de um jogo tem o dom de desnortear quem o recebe e muda completamente os planos de um treinador com discurso já pronto para o intervalo.
O que era um empate até cômodo para os visitantes passa a ser a derrota que precisa ser contornada.
Chovia tudo que pode chover e o River voltou para o segundo tempo ainda mais com a faca entre os dentes.
O tricampeonato não era um sonho, era uma imposição.
Em 10 minutos, mais dois cartões amarelos, ambos para o River.
Aos 22 minutos, Aquino cabeceou o empate por cima do gol. Indesculpável.
Aos 27, Carlos Sanchez foi derrubado na área e fez o 2 a 0 ao bater o pênalti que confirmou o tri, o 24º título argentino, sete a mais que o futebol brasileiro, e manteve o mexicano virgem de Libertadores em sua terceira decisão, para sorte da taça que terá seu campeão no Mundial de Clubes.
Menos técnico que o Tigres, o River ganhou o título porque teve mais coração e ainda fez 3 a 0 entre as canetas do goleiro Gusmán, em cabeçada de Funes Mori. 
Conquista indiscutível.
Se você comparar a decisão da Libertadores com a da Liga dos Campeões, entre Barcelona e Juventus, a diferença técnica é abissal.
Assim como o comportamento da torcida, muito mais vibrante na Argentina.

Não é o campeão mais poderoso da história. Mas o River teve fibra demais

El más grande sigue siendo River Plate…
El campeón más poderoso de la história…
O hino do River Plate começa com estes versos. O título da Libertadores não foi conquistado com eles. Mas que o River é um time forte como já se sabia desde a Copa Sul-Americana da temporada passada, isso sim.
O River Plate não é um time assim tão poderoso, mas de muita fibra. Apesar de ter havido um momento do primeiro tempo em que o time argentino errava 29% dos passes.
Desesperador.
Tinha pressão, posse de bola, o Monumental de Nuñez lindo e apoiando. Até chegar ao gol que abriu o marcador no último minuto do primeiro tempo.
“O jogo estava bom para nós naquele momento'', disse Rafael Sóbis. “E mataram o jogo com o pênalti.''
Batido por Carlos Sánchez, que terminou goleador da campanha, superando Téo Gutiérrez e Mora, decisivos nas quartas e semifinais, ausentes na decisão.
O River não é o campeão mais poderoso da história.
Mas é um campeão de fibra.
5/agosto/2015
RIVER PLATE 3 x 0 TIGRES – 22h
Local: Monumental de Nuñez (Buenos Aires); Juiz: Dario Ubriaco (Uruguai); Mauricio Espinoza, Nicolás Taran; Gols: Alario 44 do 1º; Carlos Sánchez (pênalti) 29, Funes Mori 33 do 2º; Cartão amarelo: Alario (8’), Gignac (21’), Rivas (24’), Funes Mori (1’), Cavenaghi (10’), Torres Nilo (26’)
RIVER PLATE: 1. Barovero (6), 18. Mayada (6,5), 2. Maidana (6), 6. Funes Mori (6,5) e 21. Vangioni (7); 8. Carlos Sánchez (7), 5. Kranevitter (6) (27. Lucho González 36 do 2º (sem nota)), 23. Ponzio (5,5) e 19. Bertolo (5); 9. Cavenaghi (5) (15. Pisculichi 31 do 2º (6,5)) e 22. Alario (6,5) (22. Driussi 20 do 2º). Técnico: Marcelo Gallardo
Banco: 26. Chiarini, 3. Balanta, 27. Lucho González, 15. Pisculichi, 22. Driussi, 10. Gonzalo Martínez, 29. Saviola
TIGRES: 1. Guzmán (5), 2. Jiménez (4) (8. Guerrón 32 do 2º (sem nota)), 3. Juninho (6), 24. Rivas (5) e 6. Torres Nilo (5); 19. Pizarro (5,5) e 5. Arévalo Rios (5) (29. Dueñas 19 do 2º); 27. Damm (6,5), 9. Rafael Sóbis (5) e 20. Aquino (4); 10. Gignac (4). Técnico: Ricardo Ferretti
Banco: 22. Palos, 29. Dueñas, 25. Briseño, 18. Torres, 15. Viniegra, 11. Damián Alvarez, 8. Guerrón
PVC

Superar média de público do Palmeiras vira obsessão no Corinthians


Superar a média de público do Palmeiras no Campeonato Brasileiro virou obsessão para a diretoria do Corinthians. O fato de estar atrás do rival é visto no clube como um foco de críticas da torcida e da oposição em relação à administração da arena alvinegra.
No Brasileirão, o Palmeiras tem média de 33,8 mil pagantes por jogo como mandante. É a melhor do campeonato. O Corinthians aparece em terceiro com 27,1 mil, atrás ainda do Flamengo (31 mil).
Esse resultado fere não só o orgulho, mas também os argumentos do grupo que está no poder no Corinthians. Durante a construção de sua arena, os cartolas defenderam diante de seus críticos que o clube teria o melhor estádio do país e que seria capaz de atrair receita e público superior aos dos rivais. Assim, era possível justificar os gastos com a obra, que ainda não ficou pronta. O custo da Arena Corinthians está na casa de R$ 1,2 bilhão, contando juros de empréstimos bancários. O Allianz Parque saiu por R$ 630 milhões.
A principal esperança dos dirigentes para tentar ultrapassar o alviverde é o plano de venda de ingressos lançado nesta semana com redução de preços.
O desejo de bater o Palmeiras foi um impulso para a redução de preços, mas não o fator principal. Os descontos estavam sendo discutidos desde o ano passado pelo fato de o Corinthians não conseguir lotar seu estádio e pela necessidade de aumentar a arrecadação a fim de pagar a arena.
Em seu site oficial, o clube explicou que a mudança nos preços foi feita após estudo sobre a frequência no estádio desde a inauguração e com base em pesquisa com seus torcedores.
Dentro do novo plano, outra arma para tentar alavancar a média de público é a venda de cadeiras cativas, que começou no final de abril.
De acordo com mapa disponível aos interessados em adquirir os assentos, em quatro setores com cadeiras cativas, foram vendidas, desde o início da comercialização 44,5% das cadeiras disponíveis. São 321 de 724 colocadas à disposição dos torcedores nesses setores. Até a noite desta quarta, 180 assentos estavam reservados.
Segundo dirigentes do clube, a negociação das cativas tem sido prejudicada pelo fato de as obras não terem sido concluídas. A falta de restaurante, entre outras melhorias, prejudica a venda. O mesmo acontece com os camarotes. Isso, em tese, atinge a média de público.
Perrone

Cartolas e parceiros do COI ficam com 20% dos ingressos da Rio-2016


Com Vinícius Konchinski
O Comitê Organizador do Rio-2016 e o COI (Comitê Olímpico Internacional) destinaram 20% dos ingressos da Olimpíada para seus parceiros, cartolas e patrocinadores. Esse total não poderá ser negociado com o público em geral. É fatia similar a separada na Olimpíada de Londres-2012.
Nesta quarta-feira, no festejo de um ano para os Jogos, o Rio-2016 anunciou que metade dos 7,5 milhões de ingressos tinham sido vendidos. Para o torcedor comum, no entanto, foram negociados entre 2,2 milhões e 2,3 milhões.
O restante composto por cerca de 1,5 milhão foi entregue a “parceiros internacionais''. Na prática, isso inclui a família olímpica (cartolas, técnicos, atletas e seus convidados), patrocinadores, parceiros locais, comitês olímpicos nacionais e mídia. Esses grupos têm que pagar pelas entradas, com exceção de esportistas, treinadores, jornalistas e alguns agregados do COI.
Pelo manual técnico de ingressos de Londres-2012, foi destinada exatamente a fatia de 20% dos bilhetes para esses parceiros. Eram 9% para comitês olímpicos, 3,3% para patrocinadores, 2,9% para a família olímpica, etc. Muitas dessas entradas foram adquiridas e nunca usadas, o que gerou um buraco em assentos em eventos com ingressos esgotados.
Os lugares vazios causaram revolta no público inglês, e o COI teve que se virar colocando soldados para preencher lugares. Uma parte dessa carga foi, posteriormente, entregue para ser negociada com o público. Agora, a Rio-2016 garantiu ter um sistema eficiente para devolução desses bilhetes caso não sejam utilizados.
Houve ainda escândalo de revenda no mercado negro de ingressos que pertenciam a comitês olímpicos nacionais. Algo similar ao que aconteceu na Copa-2014 com bilhetes ligados a cartolas da Fifa. O COI tenta reprimir esses comércio ilegal.
No Rio, o contrato de cidade-sede -assinado entre COI, prefeitura e o comitê organizador -, dá ao movimento olímpico total poder sobre o sistema de distribuição de ingressos, cuja operação é feita pelos organizadores locais.
Como em edições anteriores, o comitê internacional tem a prerrogativa de escolher lugares nos melhores eventos, e descontar os valores pagos por eles de repasses que faz à Rio-2016. Essas determinações são feitas até antes da venda para o público em geral.
Os Jogos do Rio até agora tem uma venda de ingressos abaixo da expectativa do COI. Mas eventos mais disputados -como finais de atletismo, natação, futebol, abertura – tiveram forte procura e sorteios nas primeiras fases de ingressos. É justamente a esses eventos que os parceiros e cartolas do comitê internacional têm acesso privilegiado.
Com Vinícius Konchinski



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