Apenas uma vez, diferença de cinco pontos para G4 foi retirada nas seis rodadas finais. Feito pertence ao Figueirense, em 2013
Os resultados da 32ª rodada deixaram tricolores e alvirrubros mais longe do acesso. Há três jogos sem vencer, o Santa Cruz tem entre 15% e 12% de chances de classificação à Série A, de acordo com os principais sites especializados em projeções. Percentuais ainda menores para o Náutico. Após ser goleado, em casa, pelo Botafogo, o Timbu alimenta de 5,5% a 9% de possibilidade de sucesso. No entanto, não é apenas a matemática que reflete o cenário desfavorável. A história da Série B também joga contra os pernambucanos.
Empatados com 49 pontos (com os tricolores levando vantagem nos critérios de desempate), Santa Cruz e Náutico estão a cinco do Bahia, equipe que fecha a zona de classificação. Uma diferença considerável, tendo somente mais 18 pontos em disputa. Basta dizer que em apenas uma das nove edições da Série B em pontos corridos, uma equipe conseguiu retirar uma diferença tão grande, restando apenas seis jogos para o término da competição. A inspiração para corais e timbus vem de Santa Catarina.
Há dois anos, o Figueirense fechava a 32ª rodada na 10º colocação, após perder fora de casa para o Icasa, ficando a sete pontos do G4. Diferença maior que a atual para alvirrubros e tricolores. Porém, o acesso veio após uma arrancada incrível, com a equipe somando 14 dos 18 pontos ainda em disputa (77,7% de aproveitamento). A reação teve início justamente no confronto direto contra o Avaí, que ocupava a 4ª colocação. A goleada por 4 a 0, fora de casa, mudou o destino dos dois catarinense. Enquanto o Figueirense acumulou mais três vitórias e dois empates, o Avaí incrivelmente somou apenas mais três pontos até o término da competição, terminando a Série B em 10º lugar, trocando de posição com o rival.
Nas outras duas edições em que uma equipe conseguiu acesso, mesmo após fechar a 32ª rodada fora do G4, a queda de rendimento do 4º colocado também foi decisiva. Em 2011, o Guaratinguetá, então na 4ª posição, fez apenas seis pontos nas seis últimas rodadas, abrindo espaço para a ascensão do Sport, que fez 13 de 18 possíveis (72% de aproveitamento) e assumiu o posto. Já em 2008, foi a vez do Vila Nova perder fôlego na reta final, com apenas quatro pontos somados. Em seu lugar, entrou o Barueri, que somou 12.
No entanto, vale lembrar que em nenhum dos dois casos a diferença para o quarto era semelhante a atual de Santa e Náutico. Em 2011, o Sport estava a apenas dois pontos do G4, após a 32ª rodada. Diferença que era de três em relação ao Barueri, em 2008.
As arrancadas nas seis rodadas finais
2008
Classificação após a 32ª rodada
1º) Corinthians - 70 pontos
2º) Avaí - 59
3º) Santo André - 55
4º)Vila Nova - 54
5º)Barueri - 51
Classificação final
1º) Corinthians - 85 pontos
2º) Santo André - 68
3º) Avaí - 67
4º) Barueri - 63
6º) Vila Nova - 58
2011
Classificação após a 32ª rodada
1º) Portuguesa - 67 pontos
2º) Ponte Preta -57
3º) Náutico - 53
4º) Guaratinguetá - 50
5º) Sport - 48
Classificação final
1º) Portuguesa - 81 pontos
2º) Náutico - 64
3º) Ponte Preta - 63
4º) Sport - 61
8º)Guaratinguetá - 56
2013
Classificação após a 32ª rodada
1º) Palmeiras - 69 pontos
2) Chapecoense - 60
3º) Sport - 53
4) Avaí - 53
10º)Figueirense - 46
Classificação final
1º) Palmeiras - 79 pontos
2º) Chapecoense - 72
3º) Sport - 63
4º) Figueirense - 60
10º) Avaí - 56
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NÁUTICO
Lisca explica declaração polêmica contra torcida, critica diretoria e diz que ciclo no Náutico acabou
Treinador lembrou falta de apoio da torcida na Série B e diz que foi tratado como "um cachorro" pelos dirigentes
Uma relação que já foi de lua de mel, acabou em divórcio e agora rende sequelas. Pouco mais de um mês e meio após ser demitido do Náutico, o técnico Lisca, hoje no Ceará, se referiu à torcida alvirrubra de uma forma polêmica, após a vitória do alvinegro por 2 a 1 sobre o Boa, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Em entrevista à imprensa local, o treinador comparou a presença das duas torcidas na Série B. "Olha isso aqui, olha essa massa. Estava com saudade disso. No clube em que eu tava nao tinha isso", desabafou. Em conversa com Superesportes, nesta segunda-feira, o treinador negou que tenha tido a intenção de provocar os alvirrubros. No entanto, voltou a criticar o compartamento da torcida do Náutico nos jogos da Série B. E foi além. Disparou também contra a diretoria do clube e garantiu que seu ciclo no Timbu está encerrado.
Com relação à torcida, Lisca lembrou da baixa presença de público na Arena Pernambuco, mesmo quando a equipe figurava dentro do G4. "Sempre tratei com respeito a torcida do Náutico, mas a verdade é que faltou apoio. Contra o Macaé e Paysandu só tinham 4 mil pessoas, com o time brigando pela liderança. A própria imprensa daí fez várias matérias falando da falta de público do Náutico", destacou. "Aqui no Ceará, a torcida coloca 12 mil com o time brigando para não cair. E apoia o tempo todo. Aí, os poucos que iam ao estádio era para vaiar e criticar o time. A torcida do Náutico é muito preocupada com redes sociais", disparou.
Porém, o tom critico de Lisca ganha força ao falar da diretoria do clube. O treinador afirmou que o Náutico ainda deve dois meses de salário por direito de imagem, um na carteira, além da multa e da rescisão contratual. Segundo Lisca, faltou respeito da diretoria para conduzir a sua saída do clube. "O que se fez, não se faz com um profissional. Teve lado pessoal nisso. Foi uma falta de respeito. Me mandaram embora com uma mão na frente e outra atrás. Ma mandaram embora feito um cachorro", afirmou. "Cadê a transparência que essa diretoria tanto pregou?", perguntou.
Magoado, Lisca disse não enxergar uma terceira passagem dele no Náutico. Mas não descartou uma possível volta ao futebol pernambucano. "Uma volta para o Náutico é muito difícil. Por esse tratamento. No primeiro ano relevei, no segundo ano fica complicado. É um ciclo encerrado na minha carreira. Nos outros dois (Santa Cruz e Sport) aceitaria um convite de boa", finalizou.
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