Virtualmente rebaixado para alguns, dono de campanha incontestavelmente pífia, o Vasco da Gama faz feio na volta à primeira divisão. Mas não está sozinho no vexame. A solidariedade carioca, acredite, existe.
Flamengo e Fluminense têm o mesmo número de derrotas dos vascaínos, na lanterna do Brasileiro: 16 cada. Os três cariocas perderam 48 nas 96 vezes que foram a campo, ou seja 50%. Derrotados em metade das partidas. Deprimente.
Se o hino rubro-negro aborda o "vencer, vencer, vencer", o slogan dos três em 2015 deveria ser "perder, perder, perder". Trajetórias pífias que envergonham as torcidas e mostram que há várias maneiras de se fazer as coisas erradas.
O Flamengo paga dívidas e é exemplo de gestão, mas passa longe disso no futebol. Reformulou e qualificou o elenco, se desfez de jogadores que não davam retorno e contratou um candidato a ídolo. Mas o time perde e parece nem ligar.
Falta de "DNA vencedor"? Pouco empenho? Conformismo? Um pouco de cada. Fato é que embora não tenha time para ser campeão, o elenco rubro-negro deveria não perder tanto. Assim lutaria pelo menos pelo quarto lugar, que se distancia.
A exemplo do rival, o Fluminense também se reestrutura administrativamente, faz belo trabalho de base, aproveita os meninos e sobrevive bem sem a Unimed a apoiá-lo. Mas ainda assim tem campanha que sequer o livra do risco de queda.
Sim, pode faturar a Copa do Brasil, o elenco é capaz, apesar de contratações ruins simbolizadas pela aventura "R10". Mas troca de técnico mais do que o Flamengo, que já chegou a três em 2015. Eduardo Baptista é o quarto no ano tricolor.
O Vasco vendeu ilusão à torcida. A idéia do respeito que teria voltado, maquiada pela conquista do cada vez menos relevante estadual. Luta contra o terceiro rebaixamento em sete anos e vive o choque de realidade imposto pela Série A.
Cada um a seu jeito, os três erram e envergonham seus torcedores. São 16 derrotas para cada, enquanto o Corinthians perdeu quatro vezes em 32 rodadas, o Sport sete, Atlético Mineiro e Grêmio oito cada, e Ponte Preta nove.
Há elencos mais baratos, bem colocados e que não perdem com o gosto que os cariocas parecem demonstrar pelo fracasso neste ano. Não admitir isso será mais uma derrota, que prepararia para outras tantas em 2016. Seja la em que série for.
A matemática vascaína
Em 2014 os times do chamado "Z4" tinha mais pontos somados do que os quatro últimos do momento, na rodada 32. Eram 128 contra os atuais 124, número idêntico ao de 2009, ano do "milagre tricolor" que levou o Fluminense a escapar com uma incrível arrancada final.
A questão para os vascaínos hoje é: qual será a pontuação necessária para sobreviver na primeira divisão? Se for como em 2009, a luta será terrível, pois o Fluminense escapou com 46 pontos. Já no ano passado míseros 40 bastaram para livrar o Palmeiras de nova queda. Drama até o final.
Mauro Cezar Pereira, blogueiro do ESPN.
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Levir Culpi fala em vencer o Corinthians por uma questão de honra. Para mostrar que o Campeonato Brasileiro manchado de 2015 seria de igual para igual. Se não fossem os juízes…
Levir Culpi fala em honra. Não só pela última tentativa remota de vencer o Brasileiro. Ele sabe que se for derrotado pelo Corinthians, no próximo domingo, em Belo Horizonte, o campeonato estará acabado. A equipe de Tite chegaria a 73 pontos contra 62 do seu Atlético Mineiro. 11 pontos de diferença, faltando cinco rodadas. Seria caótico.
Mas Levir está muito mais motivado do que ganhar ou perder um torneio na sua longa carreira de 29 anos como técnico. O que será disputado no Independência, às 17 horas, do próximo domingo será a capacidade de Levir.
Ele terá de provar que o Brasileiro está mesmo manchado.
E se não fosse os erros dos árbitros, o Corinthians não estaria tão disparado na Liderança. E que o caminho da conquista de Tite é injusta.
É simples. Quando alguém usa os microfones para expor sua opinião de maneira tão firme, dura, precisa dar uma resposta em campo.
"O Campeonato Brasileiro de 2015 já está manchado pela arbitragem. Não me lembro de ter havido tanta comoção em torno de arbitragem. Realmente causa desconfiança porque são situações repetidas.
"Ficamos desconfiados porque vivemos em um país desonesto. Todos somos desonestos. Não temos uma educação dirigida para a honestidade e queremos tirar vantagem das coisas. O Corinthians acha que vai vencer os adversários encharcando o gramado.
O Atlético acha que vai acuar os adversários jogando no Independência. Os gaúchos dão palestras para os gandulas. O Goiás acha que leva vantagem jogando num estádio maior. O que se espera da arbitragem, dos jogadores, dos técnicos? O problema é geral, a cultura é essa. Mas temos lei e precisamos provar, como em 2005. Pegaram o cara e ele sumiu do mapa."
Diante deste cenário que Levir descreveu, ficou evidente. Seu time precisa justificar que foi a nódoa provocada pelos árbitros que colocou o Corinthians em tão privilegiada situação. Por isso não teria cabimento perder nos seus domínios para o time que enxarca gramado. E que foi tão bem tratado pelos árbitros durante o torneio.
Sabe que o Atlético Mineiro não pode nem se dar ao luxo de empatar a partida. Ele exige um trio de juízes vivido. Árbitro e bandeiras da Fifa. Afinal, será o jogo que colocará frente a frente líder e vice líder. Os dois times que lutam pelo título.
O treinador ficou revoltado com o cartão amarelo que tirou Jemerson do confronto. Ele tomou nos acréscimos. Em uma falta boba. E que ficou a critério de Sandro Meira Ricci. O juiz não teve dúvidas. Jogará Ed Carlos.
Não é só Levir que tem a convicção que o Corinthians foi beneficiado. Os jogadores atleticanos estão ensandecidos, alucinados com o jogo. Prometem se preparar como se estivessem indo para uma trincheira.
"Domingo é guerra. Vale o título. Precisamos vencer. Vamos marcar bem eles, bem humildes, buscando a vitória. É uma semana boa para trabalhar, fortalecer a equipe e fazer um grande jogo. Queria que o jogo fosse logo amanhã", disse o veterano Leandro Donizete.
Levir falou em vencer por honra. É um motivo importantíssimo. E um caminho que ele vai trilhar é mostrar que o Corinthians não é imbatível. Recordar 15 de outubro de 2014. Quando o Atlético Mineiro goleou o Corinthians por 4 a 1, pela Copa do Brasil.
Lógico que, em um ano, muita coisa mudou. Mano Menezes era o técnico rival. A estrela atleticana era Diego Tardelli. Mas o que pesa é a necessidade de superação. O time havia sido derrotado por 2 a 0 em São Paulo. E Mano se dispôs a uma dança ridículo com a vitória consolidada.
No retorno, no Mineirão, o time suou sangue e venceu por 4 a 1. Com direito a todos os jogadores atleticanos dançarem, imitando Mano.
Tite não é dado a tripudiar adversários vencidos. E nem dar declarações que acabem motivando rivais. Os corintianos foram orientados a ser calar.
Daí a motivação de Levir é mesmo o sentimento de mostrar que, se não fossem os juízes, simpáticos ao Corinthians, ambos estariam cabeça a cabeça disputando o título.
O treinador atleticano só precisa se lembrar que perdeu a partida do primeiro turno no Itaquerão. O Corinthians venceu por 1 a 0, gol de Malcon. Jogo que não houve qualquer polêmica. O gaúcho da Fifa, Anderson Daronco, teve ótima atuação. E pode ser confirmado no confronto de domingo.
a segunda colocada tirou oito pontos de vantagem do líder.
Levir sabe disso. Mas precisa fazer sua equipe se apegar em algo.
Fazer com que o time doe a alma no domingo.
Porque sabe que uma derrota ou empate e tudo se acaba.
E escolheu o alegado favorecimento ao rival.
O homem que garantiu que torneio está manchado terá de provar.
Vencer o Corinthians ao treinador virou obrigação.
Ou, como bem colocou, uma questão de honra...
Cosme Rimolí
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Perdas ou ganhos
POR LUIZ GUILHERME PIVA
1.
Ele é parte do seu time. Tão entrosado que você nem o nota. Faz sua função sem brilho, mas, ali no meio, é de grande utilidade.
Ele é parte do seu time. Tão entrosado que você nem o nota. Faz sua função sem brilho, mas, ali no meio, é de grande utilidade.
Ainda mais nesses torneios no terrão. É duro. Cada um é um soldado.
Mas ele se machuca. Sai. Fica encostado. Não sara.
Mais: encerra a carreira. No meio do torneio. Não dá pra inscrever outro – é o regulamento.
Seu time tem que jogar com um a menos, contando com o esforço redobrado do outro meia.
A esta altura, você já sabe que nem vai ser campeão nem vai ser eliminado.
Então, é segurar a posição, com dignidade.
O ruim é que, mesmo jogando normalmente, alternando pontos a mais e a menos, você tem a sensação – ou a certeza – de que seu time perdeu algo mais do que aquele jogador.
Alguma coisa que não consegue descrever.
Nem sabe direito o que é.
Mas perdeu.
2.
Ele começou a ver coisas.
Ele começou a ver coisas.
No meio dos jogos, via mulheres horrendas na arquibancada. Pareciam bruxas.
No barraco que usavam como vestiário, um velho de chapéu encostado na porta.
Crianças de olhos vazados correndo junto com o bandeirinha.
Dentro do gol, um túnel.
O juiz de rabo e chifres.
Adversários virando anjos.
Cada jogo uma visão diferente.
Não falou nada pra não o tirarem do time – vai que achavam que estava ficando louco, melhor ficar quieto.
Acabava o jogo, tudo normal. Nada de visões, nem pensava naquilo.
Mas foi se agravando.
Até que a bola, vindo pra ser amortecida no peito, de repente abriu os braços.
Envolveu-o, oferecendo o ombro à sua cabeça aturdida.
Acabou desmaiando.
Ficou meses pra recobrar os sentidos e se recuperar.
Quer dizer, nem se recuperou totalmente. Parou de jogar. Ficou meio lento, distraído, calado.
Segundo ele, ninguém sabe de nada disso. Garantiu que só pra mim ele contou sua história.
Sem nunca nos termos visto antes.
Estava ao meu lado, assistindo a uma pelada de garotos, e começou a falar.
Depois parou. Olhou-me espantado. Sumiu.
Talvez ele ache até hoje que eu sou mais uma visão que ele teve.
Porque eu mesmo não sei se isso tudo ocorreu ou se foi uma visão que eu tive.
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Luiz Guilherme Piva publicou “Eram todos camisa dez” (Editora Iluminuras).
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Luiz Guilherme Piva publicou “Eram todos camisa dez” (Editora Iluminuras).
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Pílulas de informações sobre a 32a rodada do Campeonato Brasileiro
Qual é a data?
Você já percebeu que aqui há a percepção de que o Corinthians será campeão brasileiro e, embora ainda não seja, falta saber em que partida será. Se o Corinthians empatar contra o Atlético, em Belo Horizonte, se o Atlético ganhar quatro pontos fora de casa contra Figueirense e São Paulo, e o Corinthians vencer Coritiba e Vasco, a partida do título será Corinthians x São Paulo em Itaquera. De certo modo, é o que de melhor pode acontecer para o Campeonato Brasileiro, exceto se o Atlético reagir a ponto de levvar a decisão até a última rodada: ter o duelo Corinthians x São Paulo e a rivalidade até a última semana antes de decidir.
Melhor ataque, melhor defesa
Só em 2007, só o São Paulo, houve o campeão com o melhor ataque e a melhor defesa. Continua sendo esta a situação do Corinthians no Brasileirão. Classificado matematicamente para a Libertadores, desde que o grupo dos quatro classificados por meio do Brasileirão persista. Se um clube do Brasil ganhar a Copa Sul-Americana, o Corinthians ainda pode perder a vaga. Digo, pela matemática. Pelo futebol, é impossível.
Fluminense pior do que o Vasco
Na 13a rodada do primeiro turno, o Vasco perdeu para o Grêmio em Porto Alegre. O desempenho ridículo era de 9 pontos em 13 jogos. O Fluminense é o lanterna do segundo turno com sete pontos em 13 partidas. Pior do que o Vasco. Mas é improvável brigar contra o rebaixamento, porque o Fluminense já tem 40 pontos na soma dos turnos e neste momento a nota de corte parece mais baixa do que isso. Uma vitória pode livrar o Flu matematicamente do risco de rebaixamento.
Três com 50 pontos
A disputa da Libertadores é feroz e tem Santos, Internacional e São Paulo com 50 pontos. Na próxima rodada, até o oitavo colocado, o Palmeiras, pode entrar no grupo dos classificados para a Libertadores, dependendo da combinação de resultados. Mas o equilibrio não é novidade. No ano passado, havia quatro clubes empatados com 54 pontos na quarta posição, separados apenas pelos critérios de desempate: Fluminense, Atlético Mineiro, Grêmmio e Corinthians tinham 54 pontos na 32a rodada de 2015.
Os tabus do Palmeiras
O Palmeiras não ganha do Internacional pelo Brasileirão desde 2010, não vence o São Paulo no Morumbi desde 2002, agora também não ganha do Sport no Brasileiro desde 2012. Ah, claro… O Sport era o único clube sem vitória fora de casa até sábado à noite. Esse tabu o Palmeiras quebrou.
O time sem 1 x 0
Na conquista do Campeonato Brasileiro de 2011, na Libertadores de 2012, no Brasileirão 2013, reclamava-se do desempenho dos times de Tite. Era Empatite ou o time do 1 x 0. Pois o Corinthians não vencia por 1 x 0 desde a 14a rodada do Brasileirão. Um turno quase inteiro, com 18 jogos, até ganhar do Flamengo por 1 x 0 em Itaquera. O último 1 x 0 tinha sido contra o Atlético Mineiro, em Itaquera, no dia 18 de julho.
PVC
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São Paulo recusou troca de Pato por Rodrigo Caio e Michel Bastos
Cerca de 40 dias antes de renunciar à presidência do São Paulo, Carlos Miguel Aidar recusou a proposta de um conselheiro corintiano para trocar Pato por Rodrigo Caio e Michel Bastos.
Com o aval do presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, o membro do conselho deliberativo telefonou para Aidar a fim de sugerir o negócio.
O presidente são-paulino respondeu com uma contraproposta. Disse que trocaria Rodrigo Caio por Pato e mais 5 milhões de euros.
Aidar sustentou que seu zagueiro valia 15 milhões de euros, pois o Atlético de Madrid esteve perto de pagar esse valor por ele. E lembrou que o Corinthians estava pedindo 10 milhões de euros por Pato. Assim, chegou nos 5 milhões. A sugestão foi rechaçada pelo conselheiro corintiano, que insistiu na proposta inicial. O são-paulino, então, disse que apesar de ser contra a ideia, consultaria seu departamento de futebol e telefonaria para dar uma resposta. Nunca mais ligou.
Hoje, a direção corintiana não tem interesse numa troca com o São Paulo, pois dá como certa a venda de Pato para o exterior, provavelmente para a uma equipe inglesa.
Perrone
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Timão tem 98,7% de chance de levar o título! Já pode entregar a taça? Dos outros grandes paulistas, o Santos é o que tem mais possibilidade de conseguir a vaga na Libertadores! E o Vasco já está quase com o corpo inteiro na Série B de 2016!
BRIGA PELO TÍTULO
É, meus amigos, o tempo vai passando, os jogos vão acontecendo, e não tem jeito de a diferença do Corinthians para o vice-líder Atlético-MG cair.
Tanto que cálculos publicados hoje pelo site “Chance de Gol” apontam que o Timão tem 98,7% de chance de levar o caneco.
Muita coisa, né?
Para adiantar o trabalho, não seria melhor já mandar a taça para o Parque São Jorge?
Eu acho que não!
Afinal, o Galo, que hoje tem 1,4% de chance de vencer o Brasileiro, deverá bater o Corinthians na próxima rodada, no Horto.
Aí, a briga vai esquentar!!!
BRIGA PELO G-4
Sobre a possibilidade de terminar o campeonato no G-4, os cálculos do site “Chance de Gol” apontam que o Grêmio, terceiro colocado, tem 92,6%, o Santos possuí 60,8%, o Palmeiras, mesmo em oitavo lugar, tem 13,3%, o São Paulo possuí 12,1%, e o Inter tem 11%.
BRIGA PARA ESCAPAR DO Z-4
Segundo os cálculos, o Vasco já está quase que com o corpo inteiro na Série B de 2016.
O Cruzmaltino tem 95,7% de chance de cair, o Joinville tem 89,7%, o Goiás 69,6%, o Coritiba 65,7%, o Avaí 57,7%, e o Figueirense possuí 20,2%.
COMO FUNCIONAM OS CÁLCULOS?
De acordo com o “Chance de Gol”, as possibilidades são feitas “com base nas probabilidades de vitória, empate e derrota calculadas para cada um dos jogos ainda não realizados do campeonato em questão. A partir de milhares de simulações de todos esses jogos, são contabilizadas todas as possibilidades de cada uma das equipes”.
Milton Neves
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Corinthians “espanholiza” o Brasil
A cada dia, o Corinthians fica mais próximo daquilo que se sabe há semanas: é o campeão brasileiro de 2015. O sexto título em 25 anos. Cada dia, se cristaliza a percepção de que números e recordes serão quebrados.
E, como a notícia já é velha – Corinthians campeão – busca-se novas maneiras de encarar o assunto. E o que me salta aos olhos é um dado que havia sido levantado pelo moderado Tony Soares de Melo em seu fb: “a distância do Corinthians para o quarto colocado é a mesma distância do quarto colocado para o lanterna''.
Sim, o Corinthians chegou aos 70 pontos. O quarto colocado – Santos – tem 50 pontos, assim como Inter e São Paulo. A Ponte pode chegar aos mesmos 50, mas escrevo antes de seu jogo contra o Galo.
Para incomodarem o Corinthians, precisariam de um bônus de 20 pontos. Mas, se alguém, em vez de lhes presentear com 20 pontos, resolvessem tirar 20, o trio ficaria junto com o Vasco na lanterna.
É uma diferença enorme.
É uma constatação assustadora. São Paulo, Inter e Santos estão próximos do Corinthians da mesma maneira que estão próximos do Vasco. Os números mostram a realidade do futebol? Não sei, isso não se mede. O que se sabe é que não há como tirar méritos do Corinthians. Quem quiser chegar próximo, que estude o rival e tente melhorar.
Esses números estão destruindo a tese de que o Brasileiro é bom porque é equilibrado. Acabou o equilíbrio, amigos. Quem quiser ser campeão em 2016, precisa começar enfrentando esse fato.
O Brasileiro 2015 é jogado ao ritmo espanhol: dois times disputam o título com grande vantagem sobre os outros.
Vejamos:
2014 – 1 – Atlético de Madrid – 90 pontos 4 – Bilbao – 70 pontos (20 de dif)
2013 – 1 – Barcelona – 100 pontos 4 – Real Sociedad – 66 pontos (34 de dif)
2012 – 1 – Real Madrid – 100 pontos 3 – Málaga – 58 pontos (42 de dif)
2011 – 1 – Barcelona – 96 pontos 4 – Valladolid – 71 pontos (25 de dif)
2010 – 1 Barcelona – 99 pontos 4 – Sevilla – 63 pontos (36 de dif)
Agora, uma análise sobre o Brasileiro
2014 – 1 Cruzeiro – 80 pontos 4 – Corinthians 69 (11 de dif)
2013 – 1 Cruzeiro – 76 pontos 4 – Botafogo 61 (15 de dif)
2012 – 1 Fluminense 77 pontos 4 – São Paulo 66 (11 de dif)
2011 – 1 Corinthians 71 pontos 4 – Flamengo 61 (10 de dif)
2010 – 1 Fluminense 71 pontos 4 Grêmio 63 (8 de dif)
É só comparar os númer0s. A vantagem do Corinthians para o quarto colocado é muito mais factível na Espanha do que no Brasil.
Quem não perceber isso e ficar buscando explicações fora do campo, vai continuar comendo poeira.
Menon
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Polícia de SP investiga ataque de palmeirenses à sede de torcida tricolor
As polícias civil e militar estão investigando, desde o início da tarde desta segunda-feira, a invasão de torcedores na sede da uniformizada são-paulina Dragões da Real, ocorrida na manhã do último sábado. Os policiais receberam a informação de que integrantes de uma organizada do Palmeiras foram responsáveis pelo ataque seguido de agressão. E que o ato foi uma vingança de uma emboscada ocorrida no dia 12 de julho em Recife.
Naquela data, torcedores do Sport Recife – de uma facção co-irmã da Dragões – cercaram e agrediram sócios da Mancha. A represália foi planejada porque os agressores de Recife estariam na sede da uniformizada tricolor.
O presidente da Dragões, André Azevedo, tentou desmentir a informação da invasão. “Não é verdade. Tem muito boato rolando'', disse ao Blog do Boleiro. Porém, na sequência, ele completou: “Não dá para acusar a Mancha''.
Para o promotor Paulo Castilho, do Jecrim (Juizado Especial Criminal), o dirigente da Dragões está tentando “baixar a poeira'' do caso. “Está confirmada a invasão'', afirmou.
A história da invasão à sede da Dragões começou a vazar nas mídias sociais, com sócios da uniformizada tricolor contando o que aconteceu e, em dois casos, dizendo terem sido agredidos com pauladas na cabeça.
André Azevedo confirmou ter ouvido estes depoimentos, mas insinuou que se trata de boatos espalhados para criar um clima de guerra. “Eu ouvi as gravações. Até dei risada. Não teve nada disso'', repetiu.
Não é o que a Delegacia do Torcedor, da qual Paulo Castilho também faz parte, acha. “Estou esperando pelo relatório da polícia civil e também da militar. Se houver indícios suficientes vamos pedir o afastamento da Mancha Alviverde que será proibida de frequentar os estádios como tal'', falou o promotor.
Desde que a Secretaria de Segurança Pública deu poderes e recursos para a Delegacia do Torcedor, ficou estabelecida uma política de tolerância zero com as organizadas.
Em quatro meses, 98 torcedores uniformizados já foram presos, afastados dos estádio ou processados. “É linha dura mesmo''. disse Castilho.
Luciano Borges
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Renda do Corinthians supera a soma das outras nove da rodada
A vitória sobre o Flamengo, ontem, por 1 x 0, na Arena Corinthians, registrou o maior público em jogos do clube no seu estádio (43 942 pagantes). Além disso, o jogo teve uma renda muito alta (R$ 2.747.175,00), que superou a soma das rendas de todas as outras nove partidas da rodada (R$ 2.714.640,00).
Público e renda da 32ª rodadaCorinthians 1 x 0 Flamengo – 42.943 / R$ 2.747.175
Palmeiras 0 x 2 Sport – 19.395 / R$ 483.670
Inter 1 x 0 Joinville – 19.132 / R$ 462.580
Vasco 0 x 0 Grêmio – 17.442 / R$ 578.910
Coritiba 1 x 2 São Paulo – 15.002 / R$ 298.755
Atlético-MG 2 x 1 Ponte Preta – 13.232 / R$ 347.325
Goiás 0 x 0 Cruzeiro – 12.393 / R$ 112.740
Chapecoense 0 x 0 Avaí – 7.919 / R$ 85.160
Figueirense 0 x 0 Santos – 7.634 / R$ 120.180
Fluminense 0 x 1 Atlético-PR – 7.012 / R$ 225.320
Palmeiras 0 x 2 Sport – 19.395 / R$ 483.670
Inter 1 x 0 Joinville – 19.132 / R$ 462.580
Vasco 0 x 0 Grêmio – 17.442 / R$ 578.910
Coritiba 1 x 2 São Paulo – 15.002 / R$ 298.755
Atlético-MG 2 x 1 Ponte Preta – 13.232 / R$ 347.325
Goiás 0 x 0 Cruzeiro – 12.393 / R$ 112.740
Chapecoense 0 x 0 Avaí – 7.919 / R$ 85.160
Figueirense 0 x 0 Santos – 7.634 / R$ 120.180
Fluminense 0 x 1 Atlético-PR – 7.012 / R$ 225.320
Até a 32ª rodada, o Palmeiras ainda segue como o clube com mais renda bruta na soma dos jogos, com pouco mais de 32 milhões de reais em 16 partidas, seguido por Corinthians e Flamengo.
Total de renda acumulada no BrasileirãoPalmeiras (R$ 32.088.159,94)
Corinthians (R$ 30.349.644,83)
Flamengo (R$ 24.353.634,50)
Grêmio (R$ 14.298.696,55)
Atlético-MG (R$ 13.721.248,50)
Cruzeiro (R$ 11.853.990,29)
Fluminense (R$ 11.523.925,00)
São Paulo (R$ 9.298.612,00)
Vasco (R$ 8.098.960,00)
Internacional (R$ 7.485.385,00)
Sport (R$ 7.034.285,00)
Atlético-PR (R$ 6.518.735,00)
Coritiba (R$ 4.925.285,00)
Santos (R$ 4.244.890,00)
Ponte Preta (R$ 2.835.220,00)
Joinville (R$ 2.933.460,00)
Avaí (R$ 3.092.670,00)
Figueirense (R$ 2.897.260,00)
Goiás (R$ 2.687.797,50)
Chapecoense (R$ 2.551.245,00)
Corinthians (R$ 30.349.644,83)
Flamengo (R$ 24.353.634,50)
Grêmio (R$ 14.298.696,55)
Atlético-MG (R$ 13.721.248,50)
Cruzeiro (R$ 11.853.990,29)
Fluminense (R$ 11.523.925,00)
São Paulo (R$ 9.298.612,00)
Vasco (R$ 8.098.960,00)
Internacional (R$ 7.485.385,00)
Sport (R$ 7.034.285,00)
Atlético-PR (R$ 6.518.735,00)
Coritiba (R$ 4.925.285,00)
Santos (R$ 4.244.890,00)
Ponte Preta (R$ 2.835.220,00)
Joinville (R$ 2.933.460,00)
Avaí (R$ 3.092.670,00)
Figueirense (R$ 2.897.260,00)
Goiás (R$ 2.687.797,50)
Chapecoense (R$ 2.551.245,00)
Rodolfo Rodrigues
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Longe do título, confortável no G-4: a perigosa “ilha” do Grêmio
Início sem perspectivas com Luiz Felipe Scolari, reação surpreendente sob o comando de Roger Machado. Futebol atual: coletivo, tático, intenso. O Grêmio e seu treinador novato são as grandes surpresas lutando no topo da tabela do Brasileiro.
Como mandante ou visitante, uma equipe com setores próximos e valorizando a posse de bola, seja na criação de espaços ou no jogo reativo, quando necessário. O primeiro gol nos 2 a 0 sobre o Atlético no Mineirão foi um primor de construção do contragolpe finalizado por Douglas.
O bom trabalho em equipe atraiu holofotes para destaques individuais como Galhardo, Geromel, Walace, Douglas, Giuliano e Luan, além do selecionável Marcelo Grohe. Mas sempre deixando a impressão de que no time ajustado o jogador de nível técnico fraco parecia médio, o médio parecia bom e o bom, craque.
Ótima campanha para a capacidade técnica do elenco e pelas projeções pessimistas no início da competição. Mas para quem chegou a sonhar com o título que não vem desde 1996, a terceira colocação, a 14 pontos do líder Corinthians, pode parecer decepcionante.
Mas não é. Merece ser valorizada e administrada. A desconcentração na inacreditável virada imposta pela Chapecoense na Arena gremista e o empate sem gols no Maracanã contra o lanterna Vasco, cedendo 57% de posse e 20 finalizações ao time carioca, ligam o sinal de alerta.
Porque a impossibilidade, na prática, de levar a taça para Porto Alegre e a vantagem de seis pontos sobre o São Paulo, quinto colocado, associada à eliminação na Copa do Brasil para o Fluminense, criam uma espécie de “ilha” que isola o Grêmio numa zona de conforto. Morna, sem maiores ambições.
Um convite ao deslize nas seis últimas rodadas – Flamengo, Fluminense e Atlético-MG em casa; Sport, o Gre-Nal no Beira-Rio e Joinville longe de seus domínios. Confrontos que merecem mais atenção de um time que, se não está acomodado, parece disperso ou menos atento.
Sem competir, trabalhar taticamente e jogar no limite, o Grêmio produz pouco mais que o comum. Insuficiente para se manter na zona de classificação direta para a fase de grupos da Libertadores, mesmo com a matemática e os concorrentes ajudando.
A quinta colocação soaria como milagre em maio, mas em dezembro pode ser bem frustrante.
(Estatísticas: Footstats)
André Rocha
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