quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Pílulas de informações sobre a rodada da Copa do Brasil na quarta-feira

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Palmeiras 3 x 2 Internacional
O zagueiro Vítor Hugo, do Palmeiras, foi outra vez o melhor jogador em campo. Incrível sua regularidade, mesmo que o Palmeiras seja sempre irregular defensivamente e insista em levar gols pelo alto, como o de Lisandro López. O Inter reagiu depois de estar perdendo por 2 x 0 — o pênalti não existiu — depois de pé alto de Anderson. A soma dos dois jogos registrou mesmo vantagem palmeirense, que mereceu a classificação, apesar de insistir em complicar jogos depois de ficar perto de vencê-los. Palmeiras 3 x 2 Joinville, Palmeiras 3 x 2 Grêmio, Palmeiras 3 x 3 Corinthians…
Grêmio 1 x 1 Fluminense
A era Ronaldinho começou contra o Grêmio, semanas depois da formação com três garotos funcionar brilhantemente. O Fluminense reage quando tem seus meninos juntos. Scarpa, Gérson e Marcos Júnior, que jogou bem em Porto Alegre e deu o passe para Fred marcar 1 x 0. O Grêmio é um time compacto, mas sente a falta da segurança de Geromel na defesa e dos bons passes de Maicon no meio-de-campo. Pode completar 15 anos em 2016 sem títulos nacionais nem continentais.
Vasco 1 x 1 São Paulo
Até quando vamos dizer no Brasil que um time é fraco porque não tem bons jogadores e passar a elogiar os talentos quando os resultados aparecem? O elenco do Vasco é médio, não é para estar na zona de rebaixamento, nem para ser exaltado, porque veterano demais. Mesmo assim, dá jogo sempre que a equipe se apresenta de maneira estruturada, como Jorginho tem conseguido fazer. Juan Carlos Osório tem errado na medida dos jogadores poupados, mas acertou no Maracanã. Descansar Ganso podendo empatar a partida valeu a pena. Mesmo que o São Paulo tenha passado seus sustos.
pvc

CBF pede prazo para dar resposta
sobre realização da Sul-Minas-Rio

Representantes deixam reunião com entidade otimistas. Executivo-chefe da Liga,
Kalil fala em encontro "surpreendentemente espetacular", e Bandeira prega união


Representantes dos clubes participantes da Liga Sul-Minas-Rio participaram nesta quinta-feira de uma reunião na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para tentar o seu apoio. Depois do encontro, dirigentes de Atlético-MG, Atlético-PR, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, Coritiba e Avaí saíram otimistas quanto à realização com o aval da CBF, apesar de a entidade ter pedido um prazo de dois dias para dar uma resposta. Para o executivo-chefe da Liga, Alexandre Kalil, a competição deve nascer com a chancela.
– A reunião foi surpreendentemente espetacular. A Liga está formada, e temos que colocá-la em cinco ou seis datas no primeiro semestre. O problema era político, não jurídico. O assunto está na rua, é legal e histórico, então o presidente (da CBF, Marco Polo Del Nero) ficou de me comunicar (a resposta). Ele falou que está de acordo, que é um avanço – disse Kalil, explicando como cuidará do torneio. – Vou tomar conta da Liga, ou seja, trabalhar e vender esse produto. Os clubes passam por um momento difícil, e a Liga é um passo histórico e definitivo. 
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, mostrou-se menos empolgado que o ex-presidente do Atlético-MG, mas acredita que Del Nero veja com bons olhos a ideia da Copa Sul-Minas-Rio.

– Ele recebeu a documentação e a confecção da competição, comprometendo-se a estudar em conjunto com a área jurídica para se posicionar. Foi uma reunião muito tranquila. O presidente reconhece que existe uma experiência boa com a Copa do Nordeste e com a Copa Verde. Nós temos que evitar o conflito que muitas vezes acontece, por isso nos colocamos à disposição. É cedo dizer que será aprovado, mas ele vai estudar em conjunto com alguns departamentos.
Os presidentes de Flamengo e Fluminense ressaltaram mais uma vez a necessidade de os clubes se unirem, criticando mais uma vez o modelo dos estaduais.
– Entregamos os estatutos e o pedido de autorização da CBF. A recepção foi ótima. É a criação de um instrumento para valorizar o futebol, e ela (CBF) prometeu dar a resposta em 48 horas. O presidente pediu o prazo, mas não existe nada que possa impedir esse projeto. Não queremos substituir os estaduais. (A Liga) será jogada paralelamente, e Flamengo e Fluminense optaram por jogar o estadual com times mistos. Em 2016, ele não é prioridade para o Flamengo. Vamos disputar porque somos obrigados, então precisamos lutar pelos nossos valores – disse Eduardo Bandeira de Mello, mandatário rubro-negro.
Peter Siemsen, do Tricolor, ainda lembrou do potencial econômico do torneio.
– É bom ver os clubes unidos trabalhando para melhorar o futebol. O foco era falar com o presidente. Ele (Del Nero) gostou porque existe uma união entre os clubes. Ele me pareceu muito favorável. Podemos trabalhar com a TV, pois são jogos com apelo. Está todo mundo empolgado com a competição. 
A Liga Sul-Minas-Rio conta com 15 clubes: América-MG, Avaí, Atlético-MG, Atlético-PR, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Fluminense, Flamengo, Internacional, Joinville, Grêmio e Paraná. A primeira edição, no entanto, contaria apenas com 10 participantes – Paraná e América-MG, que se filiaram por último, se juntariam a Chapecoense, Criciúma e Joinville, o grupo que ficaria fora em 2016.
globo.com

Súmula relata ofensas de Argel para auxiliar após derrota: "Não tem índole"

Treinador do Inter protesta após revés de 3 a 2 que tirou Colorado da Copa do Brasil


A súmula de Wilton Pereira Sampaio trouxe o relato de ofensas de Argel a um dos auxiliares após a derrota por 3 a 2 diante do Palmeiras, na noite de quarta, pelas quartas da Copa do Brasil. De acordo com o documento, o treinador do Inter disse que Fabrício Vilarinho "não tem índole" e que agiu de "má-fé".
Nas palavras do árbitro, não há detalhes sobre em qual lance especificamente residia a reclamação de Argel. O fato é que o Inter deixou o gramado descontente, sobretudo com o pênalti marcado de Alex sobre Lucas, no primeiro tempo. O presidente Vitorio Piffero alegou que o Wilton Pereira Sampaio mudou o resultadocom essa marcação.
De acordo com o vice de futebol Carlos Pellegrini, o clube ainda irá analisar os termos do documento para decidir sobre possíveis medidas a serem tomadas.
- Temos que verificar o que saiu para tomar alguma medida - resumiu o dirigente no desembarque do Inter em Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira.
argel sumula internacional palmeiras (Foto: Reprodução)Súmula registra bronca de Argel (Foto: Reprodução)


MEIA ENCARNADA




Terminada a aventura gaúcha na Copa do Brasil, com colorados e gremistas morrendo abraçados, chamaram a atenção as reações antagônicas dos rivais, manifestadas imediatamente nas redes sociais, este consultório virtual que serve de termômetro para avaliar o estado psico-anímico do torcedor a cada quarta e domingo. Pode não ser o tratamento mais adequado para entender a própria mágoa, mas certamente é mais barato do que uma hora recostado em um divã real.

Ao fim e ao cabo, mais uma vez foi adiado o sempre aguardado embate gaúcho além do Rio Mampituba. A última grande expectativa reinara em 2011, quando se esperava um Gre-Nal nas quartas da Libertadores, sonho amputado de forma sádica por Peñarol e Universidad Católica naquela quarta-feira que trucidou as quimeras vários clubes brasileiros (Cruzeiro e Libertad também bailaram). A última vez que os grandes gaúchos se enfrentaram em âmbito nacional foi em 1999, na bizarra seletiva para a Libertadores, e além das fronteiras brasileiras o duelo mais recente aconteceu em 2008, na Sul-Americana. Grêmio e Inter tombaram, sofrendo mas ao mesmo tempo aliviados, pois Gre-Nal é sempre uma possibilidade de TRAUMA irreversível (até o próximo Gre-Nal).
A queda teve resultados práticos semelhantes para ambos, mas as reações de vermelhos e azuis foram bem diferentes. De forma surpreendente, os gremistas estavam mais compreensivos diante da eliminação. Surpreendente porque era a última chance de um grande título antes de que se complete 15 anos de seca (a contar de 15 de junho de 2001, quando venceu a Copa do Brasil contra o Corinthians). São temporadas e temporadas de quase conquistas, tropeços inesperados e fracassos múltiplos. Dentre os grandes clubes, a aridez de títulos gremista só é menor que o tabu botafoguense.

Mas, apesar de estar prestes a DEBUTAR em termos de grandes conquistas, ontem a maioria dos gremistas acreditava que a eliminação diante do Fluminense teve tons distintos em comparação a outras derrocadas. Agora, realmente parece haver um trabalho de longo prazo em curso no Tricolor, sob a batuta de Roger. E, além do mais, este ano começou com a promessa de poucas emoções positivas e nenhum resultado, pois todos sabiam da necessidade de colocar ordem nas contas. O fato de estar praticamente garantido na Libertadores já é uma vitória diante das circunstâncias, e os gremistas parecem estar irmanados nesta empreitada, deixando um pouco de lado sua compreensível obsessão para levantar uma taça. Não parece resignação diante das derrotas, mas compreensão com a situação que o clube vive. Porque é na dificuldade, e não é nos momentos felizes, que aparece a oportunidade de ser solidário.

Do outro lado do espectro anímico, os colorados mostraram-se inconformados após o tombo diante do Palmeiras, reação que também causou espanto, afinal de contas a eliminação era vista não como certa, mas natural diante da atual fase dos dois times e do resultado e desempenho obtidos pelo Inter na primeira partida. A raiz da indignação, no entanto, não está no enfartante jogo de ontem. Os colorados enfrentam um período bipolar, vivendo em questão de meses a expectativa de um temporada dourada que se transformou na realidade de um ano a ser lamentado. Certa noite dormiram sonhando com o River Plate e acordaram abraçados de conchinha com o Ituano.

De um quase tricampeonato da Libertadores para uma depressão cavernosa, sem direito a escalas. Porque mesmo o clássico Gre-Nal, que durante anos foi o PROZAC colorado, em 2015 passou a não fazer mais efeito – ou, pior, começou a detonar doloridos efeitos colaterais. De campeão gaúcho sobre o rival a um impiedoso e histórico atropelamento de 5 a 0, se passaram apenas alguns meses, mas parece outra realidade. E talvez 2015 seja lembrado justamente como o ano em que o Inter deixou de frequentar seu esquizofrênico mundo de fantasia, porque há cinco anos o clube não vence nada de relevante, mas até hoje se nega a acreditar que sua fase dourada acabou, e que outro ciclo vitorioso só vai aparecer quando este complexo de eterno favorito passar a ser medicado. Viver em delírio pode ser muito prazeroso, mas a vida de verdade só acontece quando se abre a porta e se encara o mundo real, e na maior parte do tempo ele está longe de ser bonito.

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