segunda-feira, 30 de maio de 2016

Djalma… um ato imprudente

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Djalma Bezerra dos Santos, o Djalma que defendeu o Sport, o Vasco e o Bangu, nasceu em Recife (PE) no dia 19 de dezembro de 1918.
Oriundo das categorias amadoras do Sport Club do Recife, Djalma fez sua estréia na equipe principal marcando o gol do empate por 1×1 contra o Santa Cruz, no campo da Jaqueira, pelo campeonato pernambucano de 1937.
No ano seguinte, já conquistava o seu primeiro título estadual. Ainda em 1938, jogou pela primeira vez ao lado do grande Ademir Menezes, companheiro com quem atuou durante boa parte de sua carreira, em clubes e seleções.
1942 - Ataque da seleção pernambucana: Pirombá, Pinhegas, Orlando, Ademir e Djalma.
1942 – Ataque da seleção pernambucana: Pirombá, Pinhegas, Orlando, Ademir e Djalma.
Djalma: Do sucesso no Sport ao “Expresso da Vitória”.
Djalma: Do sucesso no Sport ao “Expresso da Vitória”.
Em 1941, Djalma foi campeão pernambucano novamente. No final daquela temporada, foi peça importante do time que excursionou ao Sul/Sudeste e encantou o Brasil com seu belo futebol.
Durante sua passagem pela Ilha do Retiro, Djalma jogou também pela seleção pernambucana, disputando o campeonato brasileiro de seleções estaduais de 1941 e 1942, com boas apresentações e 5 gols marcados.
Mesmo perdendo vários de seus jogadores para times do Sudeste, o “Leão da Ilha” conseguiu o bicampeonato pernambucano em 1942. E Djalma, o seu terceiro título estadual. Seria o último do atacante pelo Sport antes de ser negociado com o Vasco da Gama em 1943.
Partindo da esquerda: Santo Cristo, Elgen, Alfredo, Djalma e Friaça.
Partindo da esquerda: Santo Cristo, Elgen, Alfredo, Djalma e Friaça.
O Vasco em 1944. Em pé: Beracochéia, Oncinha, Dino, Sampaio, Rafagnelli e Argemiro. Agachados: Djalma, Lelé, Alfredo, Ademir e Chico.
O Vasco em 1944. Em pé: Beracochéia, Oncinha, Dino, Sampaio, Rafagnelli e Argemiro. Agachados: Djalma, Lelé, Alfredo, Ademir e Chico.
Ao todo, Djalma anotou 44 tentos durante o período de seis temporadas em que atuou no time principal do Sport.
Ponteiro direito de origem, também jogava em outras posições do ataque e até como médio. Fazia um papel tático importante no surgimento do “Expresso da Vitória”, fechando o meio campo e dando mais liberdade Ademir pelo meio e para os deslocamentos do veloz Isaías pelo setor direito.
Pelo clube de São Januário conquistou os Torneios Relâmpagos de 1944 e 1946, o tetra municipal em 1944/45/46/47 e o campeonato carioca de 1945 e 1947, além do importante Sul-Americano de 1948.
Crédito: revista Esporte Ilustrado número 465 – 6 de março de 1947.
Crédito: revista Esporte Ilustrado número 465 – 6 de março de 1947.
Foi titular em grande parte dos jogos de todas essas campanhas. Pela seleção brasileira, participou do Sul-Americano de 1945, quando fez contra o Chile sua única partida pelo selecionado nacional.
No final da temporada de 1948 deixou o Vasco quando foi contratado pelo Bangu na grande equipe que o Dr. Silveirinha estava montando. Djalma fez sua estréia no time de “Moça Bonita no empate em 2×2 com o Flamengo, em 31 de março de 1949.
Inicialmente, jogou como atacante, mas depois foi recuando, atuou como meia e em algumas oportunidades até como zagueiro. Vice campeão carioca de 1951, sua última partida pelo Bangu aconteceu em 16 de janeiro de 1954, na vitória por 2×1 contra o América.
Djalma e Maneca. Crédito: revista Esporte Ilustrado.
Djalma e Maneca. Crédito: revista Esporte Ilustrado.
Djalma teve um fim trágico. Faleceu durante os festejos do carnaval de 1954, resultado de um ato de imprudência, fato muito reportado pela imprensa. O jornal O Globo, publicado no dia 3 de março daquele ano, relatou o que ocorreu naquele triste dia:
Na tarde de segunda-feira, Djalma participava do baile dos casados na Associação dos Empregados do Comércio. Estava na companhia de Ivone Santos e de sua irmã, Dulce. Durante o baile, alguém pisou no pé de Dulce.
Interpretando o gesto como proposital, Djalma protestou e o acontecimento virou um grande conflito. Na luta, Djalma sofreu um ferimento na cabeça e recebeu atendimento no Hospital.
Formação do Bangu em 1949. Em pé: Irani, Mirim, Pinguela, Rafagnelli, Gualter e Mão de Onça. Agachados: Djalma, Menezes, Moacir Bueno, Ismael e Cardoso. Crédito: museudosesportes.blogspot.com.br.
Formação do Bangu em 1949. Em pé: Irani, Mirim, Pinguela, Rafagnelli, Gualter e Mão de Onça. Agachados: Djalma, Menezes, Moacir Bueno, Ismael e Cardoso. Crédito: museudosesportes.blogspot.com.br.
Crédito: revista Esporte Ilustrado número 612.
Crédito: revista Esporte Ilustrado número 612.
Recuperado, voltou para continuar participando da festa. Estava muito animado, inteiramente entregue na folia. Cerca de 22hs, Dulce sugeriu para Djalma que fossem até sua residência.
No entanto, quando lá chegaram, as chaves não funcionaram na fechadura. Por sugestão de uma vizinha, Djalma tentou entrar no apartamento da amiga, no segundo andar, descendo por uma corda de persiana de um apartamento do terceiro andar.
Entretanto, o cordel não suportou o peso do seu corpo e arrebentou. Djalma caiu na rua, batendo com sua cabeça no meio-fio. Levado para o hospital não resistiu e faleceu quando o relógio marcava 13h30m do dia 2 de março de 1954.
Zizinho e Djalma. Crédito: revista Esporte Ilustrado número 684 – 17 de maio de 1951.
Zizinho e Djalma. Crédito: revista Esporte Ilustrado número 684 – 17 de maio de 1951.
Crédito: revista O Cruzeiro – Encarte ídolos do futebol brasileiro.
Crédito: revista O Cruzeiro – Encarte ídolos do futebol brasileiro.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar, revista Esporte Ilustrado, revista do Esporte, revista O Cruzeiro – Encarte ídolos do futebol brasileiro, Jornal o Globo,futurosportrecife.blogspot.com.brcampeoesdofutebol.com.brbangu.net,kikedabola.blogspot.com.brosgigantesdacolina.blogspot.com.br,museudosesportes.blogspot.com.bralbumefigurinhas.no.comunidades.net.

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