Leão de recurso merecia ter saído da Turquia com os três pontos. Falta de eficácia penalizou equipa de Jorge Jesus
Lembra-se daquele Jorge Jesus que queria tudo de forma desenfreada? Que hipotecava campeonato por não hesitar, como chegou a dizer um dia, pôr a carne toda no assador? Pois é. Esse Jorge Jesus já não existe. Pelo menos não neste Sporting.
O leão é de consumo interno. Movido e obstinado pela ânsia do campeonato, e, por isso mesmo, parece pouco interessado em arriscar-se por selvas alheias.
Esta quinta-feira, Jorge Jesus voltou a promover uma revolução no onze. No total, foram sete as entradas (e saídas, claro está) relativamente ao jogo do último fim de semana com o Boavista.
CONFIRA O FILME E A FICHA DO JOGO
William Carvalho regressou ao onze leonino quatro meses e um dia depois da última aparição, na final da Taça de Portugal contra o Sp. Braga. Slimani e Montero ficaram no banco; lá na frente, Teo Gutiérrez, Mané e Matheus Pereira (estreia pelos leões em jogos oficiais) davam corpo a um pouco usual 4x3x3, pelo menos na era de Jorge Jesus.
Razões para suspeitar das probabilidades de sucesso do Sporting na deslocação a Istambul? Talvez, mas este leão de recurso conseguiu rugir bem alto em terras turcas durante boa parte do jogo com o Besiktas. E até merecia regressar a Portugal com os três pontos no porão do avião.
Seguro e personalizado, o Sporting entrou mandão no jogo. E foi sem surpresas que aos 16 minutos abriu a contagem. Matheus tirou o cruzamento da direita e a bola acabou por chegar a Bryan Ruiz. O costa-riquenho encheu o pé esquerdo e atirou a contar para o primeiro do jogo.
Escrevemos que foi sem surpresas porque, por essa altura, os leões até já tinham beneficiado de uma boa oportunidade, por intermédio de Teo Gutiérrez. Foi a primeira de várias ocasiões falhadas pelo avançado cafetero ao longo da partida.
O leão é de consumo interno. Movido e obstinado pela ânsia do campeonato, e, por isso mesmo, parece pouco interessado em arriscar-se por selvas alheias.
Esta quinta-feira, Jorge Jesus voltou a promover uma revolução no onze. No total, foram sete as entradas (e saídas, claro está) relativamente ao jogo do último fim de semana com o Boavista.
CONFIRA O FILME E A FICHA DO JOGO
William Carvalho regressou ao onze leonino quatro meses e um dia depois da última aparição, na final da Taça de Portugal contra o Sp. Braga. Slimani e Montero ficaram no banco; lá na frente, Teo Gutiérrez, Mané e Matheus Pereira (estreia pelos leões em jogos oficiais) davam corpo a um pouco usual 4x3x3, pelo menos na era de Jorge Jesus.
Razões para suspeitar das probabilidades de sucesso do Sporting na deslocação a Istambul? Talvez, mas este leão de recurso conseguiu rugir bem alto em terras turcas durante boa parte do jogo com o Besiktas. E até merecia regressar a Portugal com os três pontos no porão do avião.
Seguro e personalizado, o Sporting entrou mandão no jogo. E foi sem surpresas que aos 16 minutos abriu a contagem. Matheus tirou o cruzamento da direita e a bola acabou por chegar a Bryan Ruiz. O costa-riquenho encheu o pé esquerdo e atirou a contar para o primeiro do jogo.
Escrevemos que foi sem surpresas porque, por essa altura, os leões até já tinham beneficiado de uma boa oportunidade, por intermédio de Teo Gutiérrez. Foi a primeira de várias ocasiões falhadas pelo avançado cafetero ao longo da partida.
Depois do golo de Ruiz, esperava-se que o Besiktas acordasse do sono profundo com que tinha entrado na partida. No fundo, esperava-se que a equipa turca, com Ricardo Quaresma no onze (saiu já em período de descontos), entrasse no jogo.
Mas o que se viu com um leão adulto, capaz de sair em segurança e com perigo para o ataque e sem dar o flanco. Aos 37’, William Carvalho descobriu Teo nas costas da defesa adversária. O colombiano, divorciado dos golos há mais de um mês (último foi ao CSKA a 26 de agosto), voltou a desperdiçar.
O Sporting chegava ao intervalo a justificar a vantagem e talvez a merecer mais do que o 1-0. Devia ter matado quando teve oportunidade para isso, mas os tiros eram de pólvora seca…
No início da segunda parte, a antecipar o crescimento do Besiktas e tempos de sofrimento para o leão, Jorge Jesus lançou Adrien para o lugar de Matheus Pereira. Queria muscular o meio-campo. Acrescentar mais um peão para a frente de batalha.
O Sporting reforçava-se no meio campo e parecia estabilizado, mas esta coisa dos jogos controlados quando a vantagem é mínima não existe, já se sabe.
Apetece dizer que o Besiktas chegou ao empate quase sem o justificar, mas a nota artística da jogada não merece tamanha heresia. Sosa tocou de calcanhar para o segundo poste e Töre (de longe o melhor dos turcos) rematou sem hipóteses para Rui Patrício naquela que foi a primeira jogada digna de registo da equipa anfitriã.
O futebol é assim. Cruel.
O golo aos 61 minutos antecipava meia hora de sofrimento para o Sporting. Mas nem isso chegou. Um ou outro calafrio, mas tudo quase sempre bem resolvido. Por Rui Patrício ou pela defesa leonina.
Depois da derrota em casa frente ao Lokomotiv Moscovo, o leão não conseguiu equilibrar, na Turquia, os pratos da balança.
E como assentavam bem os três pontos a um Sporting que talvez até tenha mais soluções do que se pensava. Que mostrou, no fundo, que até pode aventurar-se por outras selvas. Mesmo com leões mancebos.
Mas o que se viu com um leão adulto, capaz de sair em segurança e com perigo para o ataque e sem dar o flanco. Aos 37’, William Carvalho descobriu Teo nas costas da defesa adversária. O colombiano, divorciado dos golos há mais de um mês (último foi ao CSKA a 26 de agosto), voltou a desperdiçar.
O Sporting chegava ao intervalo a justificar a vantagem e talvez a merecer mais do que o 1-0. Devia ter matado quando teve oportunidade para isso, mas os tiros eram de pólvora seca…
No início da segunda parte, a antecipar o crescimento do Besiktas e tempos de sofrimento para o leão, Jorge Jesus lançou Adrien para o lugar de Matheus Pereira. Queria muscular o meio-campo. Acrescentar mais um peão para a frente de batalha.
O Sporting reforçava-se no meio campo e parecia estabilizado, mas esta coisa dos jogos controlados quando a vantagem é mínima não existe, já se sabe.
Apetece dizer que o Besiktas chegou ao empate quase sem o justificar, mas a nota artística da jogada não merece tamanha heresia. Sosa tocou de calcanhar para o segundo poste e Töre (de longe o melhor dos turcos) rematou sem hipóteses para Rui Patrício naquela que foi a primeira jogada digna de registo da equipa anfitriã.
O futebol é assim. Cruel.
O golo aos 61 minutos antecipava meia hora de sofrimento para o Sporting. Mas nem isso chegou. Um ou outro calafrio, mas tudo quase sempre bem resolvido. Por Rui Patrício ou pela defesa leonina.
Depois da derrota em casa frente ao Lokomotiv Moscovo, o leão não conseguiu equilibrar, na Turquia, os pratos da balança.
E como assentavam bem os três pontos a um Sporting que talvez até tenha mais soluções do que se pensava. Que mostrou, no fundo, que até pode aventurar-se por outras selvas. Mesmo com leões mancebos.
Jesus: «Tivemos dificuldades com os meninos»
Besiktas-Sporting, 1-1 (reportagem)
Jorge Jesus, treinador do Sporting, em declarações à SIC após o empate contra o Besiktas:
«Golos falhados? Não foi só azar. Faltou mais experiência. Tivemos uma equipa com muitos jovens. Nestas provas nota-se isso nos momentos de decisão. A primeira parte foi brilhante. Esperava o Besiktas mais forte na segunda, mas pensei matar o jogo. E pusemo-nos a jeito».
«Jogámos contra uma grande equipa. Os jogadores do Sporting estão de parabéns. Faltou alguma competitividade e isso paga-se caro na Europa. Tivemos algumas dificuldades com os meninos».
«Golos falhados? Não foi só azar. Faltou mais experiência. Tivemos uma equipa com muitos jovens. Nestas provas nota-se isso nos momentos de decisão. A primeira parte foi brilhante. Esperava o Besiktas mais forte na segunda, mas pensei matar o jogo. E pusemo-nos a jeito».
«Jogámos contra uma grande equipa. Os jogadores do Sporting estão de parabéns. Faltou alguma competitividade e isso paga-se caro na Europa. Tivemos algumas dificuldades com os meninos».
Sporting divulga o que gastou e ganhou no mercado, mais comissões
As contas dos leões
Sporting divulgou no jornal de clube os valores que ganhou e que gastou no mercado. Foram 7,6 milhões de euros em contratações, a que acrescem os valores pagos em comissões. E cerca de 10 milhões de euros ganhos com os nove jogadores que saíram em definitivo.
Os dados revelam que Téo Gutierrez foi o jogador por quem o Sporting mais pagou, 3,4 milhões de custo de aquisição e um valor de comissão que começa nos 340 mil euros mas tem mais 470 mil euros por cada época no colombiano em Alvalade. Como Gutierrez tem contrato até 2018 com mais um de opção, poderão ser no limite mais 2,2 milhões em comissões.
A seguir na lista surge Naldo, cuja contratação custou 3 milhões de euros. Bryan Ruiz custou 1,2 milhões de euros, ficando o Fulham ainda com direito a 10 por cento de mais valias de uma futura transferência.
Quanto a Aquilani, chegou a custo zero mas os leões pagaram um milhão de euros de comissão. Também o negócio de João Pereira implica uma comissão no valor de 5 por cento das remunerações do jogador, um valor não especificado.
Na lista não constam os valores relativos a Ciani, apenas uma referência ao facto de o jogador ter sido contratado a 18 de julho e ter saído a 17 de agosto para o Espanhol, ficando o Sporting com 25 por cento dos seus direitos económicos.
Quanto a Bruno Paulista, os leões colocam como clube de origem do jogador o Bahia, tal como comunicaram originalmente. Não há referência ao Recreativo Cáala, o clube angolano propriedade de António Mosquito cuja intervenção no negócio foi avançada por alegados documentos publicados pelo site recém-criado Football Leaks.
Sobre este assunto, fonte oficial do Sporting disse aoMaisfutebol que o clube tem uma parceria com o Recreativo Caála, a qual está «devidamente identificada em diversos documentos oficiais» e nomeadamente no relatório e contas. Defende a mesma fonte que António Mosquito é «parceiro de vários clubes no que respeita à compra de jogadores através do seu clube».
Quanto aos termos do negócio e à existência de um intermediário até agora não público, a posição dos leões é esta: «O Sporting reafirma a sua contestação à utilização de fundos mas sempre foi apologista do uso de parcerias financeiras claras, transparentes, legais e publicitadas oficialmente.»
Contas de mercado do Sporting, divulgadas pelo clube:
Contratações
Téo Gutierrez (River Plate): 3,4 milhões custo aquisição; 340 mil de comissão, mais 470 mil por época de contrato, no limite 2,2 milhões
Naldo (Udinese): 3 milhões; 10 mil euros comissão
Bryan Ruiz (Fulham) 1,2 milhões; 120 mil euros comissão; Fulham com 10 por cento mais valias futura transferência
João Pereira: referência apenas à comissão, no valor de 5 por cento das remunerações do atleta
Aquilani (Livre): 1 milhão comissão
Azbe Jug (Livre)
Bruno Paulista (EC Bahia), cedência temporária com direito de preferência
Saídas definitivas:
Cédric (Southampton): 5,5 milhões, mais 15 por cento mais valias futura transferência; 600 mil euros de comissão
Naby Sarr (Charlton): 1,999 milhões, mais transfer fee por objetivos, Sporting mantém 15 por cento do passe; 125 mil euros de comissão
Rabia (Al Ahly): 750 mil euros, Sporting mantém 15 por cento do passe; 10 por cento de comissão
Shikabala (Zamalek): 650 mil dólares, Sporting tem 15 por cento mais valias de futura transferência; 10 por cento de comissão
Rubio (Valladolid): 400 mil euros, Sporting tem 70 por cento mais valias de futura transferência
Enoh (Lokeren): 300 mil euros mais transfer fee variável de 50 mil euros, Sporting mantém 20 por cento passe
Betinho (Belenenses): 250 mil euros, Sporting mantém 60 por cento passe
Diego Capel (Génova): Transfer fee por objetivos, máximo 1,3 milhões de euros; Sporting mantém 50 por cento do passe
Wilson Eduardo (Sp. Braga): transferência sem valor, Sporting mantém 45 por cento do passe
Os dados revelam que Téo Gutierrez foi o jogador por quem o Sporting mais pagou, 3,4 milhões de custo de aquisição e um valor de comissão que começa nos 340 mil euros mas tem mais 470 mil euros por cada época no colombiano em Alvalade. Como Gutierrez tem contrato até 2018 com mais um de opção, poderão ser no limite mais 2,2 milhões em comissões.
A seguir na lista surge Naldo, cuja contratação custou 3 milhões de euros. Bryan Ruiz custou 1,2 milhões de euros, ficando o Fulham ainda com direito a 10 por cento de mais valias de uma futura transferência.
Quanto a Aquilani, chegou a custo zero mas os leões pagaram um milhão de euros de comissão. Também o negócio de João Pereira implica uma comissão no valor de 5 por cento das remunerações do jogador, um valor não especificado.
Na lista não constam os valores relativos a Ciani, apenas uma referência ao facto de o jogador ter sido contratado a 18 de julho e ter saído a 17 de agosto para o Espanhol, ficando o Sporting com 25 por cento dos seus direitos económicos.
Quanto a Bruno Paulista, os leões colocam como clube de origem do jogador o Bahia, tal como comunicaram originalmente. Não há referência ao Recreativo Cáala, o clube angolano propriedade de António Mosquito cuja intervenção no negócio foi avançada por alegados documentos publicados pelo site recém-criado Football Leaks.
Sobre este assunto, fonte oficial do Sporting disse aoMaisfutebol que o clube tem uma parceria com o Recreativo Caála, a qual está «devidamente identificada em diversos documentos oficiais» e nomeadamente no relatório e contas. Defende a mesma fonte que António Mosquito é «parceiro de vários clubes no que respeita à compra de jogadores através do seu clube».
Quanto aos termos do negócio e à existência de um intermediário até agora não público, a posição dos leões é esta: «O Sporting reafirma a sua contestação à utilização de fundos mas sempre foi apologista do uso de parcerias financeiras claras, transparentes, legais e publicitadas oficialmente.»
Contas de mercado do Sporting, divulgadas pelo clube:
Contratações
Téo Gutierrez (River Plate): 3,4 milhões custo aquisição; 340 mil de comissão, mais 470 mil por época de contrato, no limite 2,2 milhões
Naldo (Udinese): 3 milhões; 10 mil euros comissão
Bryan Ruiz (Fulham) 1,2 milhões; 120 mil euros comissão; Fulham com 10 por cento mais valias futura transferência
João Pereira: referência apenas à comissão, no valor de 5 por cento das remunerações do atleta
Aquilani (Livre): 1 milhão comissão
Azbe Jug (Livre)
Bruno Paulista (EC Bahia), cedência temporária com direito de preferência
Saídas definitivas:
Cédric (Southampton): 5,5 milhões, mais 15 por cento mais valias futura transferência; 600 mil euros de comissão
Naby Sarr (Charlton): 1,999 milhões, mais transfer fee por objetivos, Sporting mantém 15 por cento do passe; 125 mil euros de comissão
Rabia (Al Ahly): 750 mil euros, Sporting mantém 15 por cento do passe; 10 por cento de comissão
Shikabala (Zamalek): 650 mil dólares, Sporting tem 15 por cento mais valias de futura transferência; 10 por cento de comissão
Rubio (Valladolid): 400 mil euros, Sporting tem 70 por cento mais valias de futura transferência
Enoh (Lokeren): 300 mil euros mais transfer fee variável de 50 mil euros, Sporting mantém 20 por cento passe
Betinho (Belenenses): 250 mil euros, Sporting mantém 60 por cento passe
Diego Capel (Génova): Transfer fee por objetivos, máximo 1,3 milhões de euros; Sporting mantém 50 por cento do passe
Wilson Eduardo (Sp. Braga): transferência sem valor, Sporting mantém 45 por cento do passe
Nenhum comentário:
Postar um comentário