Como a corrupção no futebol tomou conta do noticiário político e internacional, a CPI em processo de instalação no Senado sobre o tema provoca correria entre parlamentares. Eles querem dobrar o número de membros da comissão, cuja primeira reunião oficial será no próximo dia 15.
O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) quer que a CPI seja composta por 15 parlamentares, 13 membros além do presidente e relator. Hoje, porém, ela está em processo de formação por nove integrantes (sete membros).
O impasse surgiu porque este é o momento em que as bancadas estão indicando seus representantes. A bancada de apoio ao governo, composta por PT, PDT e PP, tem direito a duas vagas. O bloco da maioria (PMDB e PSD) conta com outras duas. As outras três vagas são para aoposição (PSDB e DEM), a bancada de esquerda (PC do B, PPS, PSB e PSol) e para a bancada "União e Força" (PTB, PSV, PR e PRB).
Algumas bancadas entendem que parlamentares interessados no tema e que podem contribuir nos debates e no andamento das investigações podem ficar de fora dado o reduzido número de membros. Seria uma maneira, também, de manter-se nos holofotes, já que o assunto tem grande apelo de mídia, diz respeito ao futebol, e aida está em alta no noticiário. A CPI tem a estimativa de durar até 180 dias. Ou seja, até o final do ano.
Os interessados, no entanto, esbarram na retranca armada por Romário (PSB-RJ). Ele é o autor do requerimento para instalação da CPI e já disse ter a a intenção de ocupar a relatoria, que é a função responsável por pautar a comissão.
Por ser dele o pedido de CPI, somente Romário tem poder para alterar o quórum e abrir vagas para companheiros de parlamento. O ex-jogador, no entanto, se mostra irredutível e não abre mão de manter a CPI com sete integrantes.
Ele já fez movimento semelhante na semana passada, quando deixou claro que não gostaria de compartilhar a comissão com a Câmara dos Deputados. O Baixinho entende que quanto maior o número de participantes na CPI, maior a quantidade de representantes da Bancada da Bola, com interesses semelhantes aos da CBF, contra quem o senador já declarou guerra.
Uol
Namoradas de Del Nero entram na mira da CPI do Futebol no Senado
A CPI do Futebol no Senado deve chamar para depor algumas das namoradas do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. O cartola tem uma longa lista de namoradas que já brilharam em capas de revistas masculinas no país. Os senadores querem informações sobre algumas atitudes de Del Nero, como por exemplo a aquisição de uma lancha de luxo de uma fabricante inglesa.
Todas aquelas que apareceram nas fotos com o cartola estão na mira da CPI. O caso mais notório é da modelo Carol Muniz, que postou diversas fotos com Del Nero na embarcação suspeita de ter sido adquirida com propina.
De acordo com a investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Klefer (empresa de Kleber Leite) e a Traffic (de J.Hawilla), pagaram US$2 milhões em propina referentes a contratos para a Copa do Brasil (torneio de clubes no país) aos cartolas da CBF.
A investigação dos EUA identificou que a Klefer realizou depósito de parte deste montante a uma fabricante inglesa de iates de luxo. Coincidentemente, Del Nero deixou se fotografar ao lado de suas famosas namoradas em um iate, de fabricante inglês com 52 pés de comprimento.
A comissão está em fase de indicação dos membros. O senador Romário (PSB-RJ), autor do requerimento, pretende ocupar a relatoria, que funciona como o cargo que pauta a CPI. As bancadas elegerão seus representantes e no próximo dia 15 de junho haverá a primeira reunião com os membros oficiais da comissão.
uol
Del Nero 'prestará esclarecimentos' aos deputados em Brasília nesta terça
O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, confirmou, nesta segunda-feira, 8, sua primeira visita ao Congresso Nacional desde a eclosão da crise administrativa na qual o futebol brasileiro e a Fifa estão afundadas. O cartola participará da Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados, às 14h desta terça-feira, 9.
Segundo informou a secretaria da comissão, ele "prestará esclarecimentos sobre os últimos acontecimentos". Del Nero terá de responder sobre as suspeitas de corrupção nos contratos da CBF para a Copa das Confederações-2013, a Copa do Mundo-2014 e a Copa do Brasil (torneio entre clubes). Por este motivo, a Justiça dos Estados Unidos determinou a prisão, há mais de 10 dias de José Maria Marín, ex-presidente da CBF, quando este estava em Zurique para a eleição da Fifa.
A comissão é composta por parlamentares que fizeram carreira no mundo esportivo, especialmente o futebol. O ex-presidente do Corinthians, Andres Sanchez (PT-SP), desafeto declarado de Del Nero, é um dos membros. O ex-árbitro Evandro Rogério Roman (PSD-PR) também faz parte da comissão, assim como o ex-meia do Fluminense e Atlético-PR, Deley (PTB-RJ) e o ex-goleiro do Grêmio, Danrlei (PSD-RS).
Del Nero também poderá contar com aliados na Comissão do Esporte nesta sessão, como por exemplo Marcelo Aro (PHS-MG), diretor de ética e transparência da CBF. José Rocha (PR-BA) durante muito tempo manteve ligações com a CBF, e já declarou ter recebido doações de campanha da confederação. E o presidente da Federação Amapaense de Futebol, Roberto Góes (PDT-AP), também faz parte da comissão.
A Câmara, assim, antecipa o movimento do Senado, que está em fase de estruturação da CPI do Futebol. O primeiro a depor, declarou o senador Romário (PSB-RJ) ao UOL Esporte, seria Del Nero. As bancadas ainda estão em fase de indicação de membros para compor a CPI. A primeira reunião oficial com todos os participantes está marcada para 15 de junho.
uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário