Cruzeiro ressurge com vitória imponente sobre o Galo, que vinha sendo melhor do campeonato. Líder Atlético-PR mostra mais uma vez que não deve ser menosprezado
Era o jogo para o Galo ficar ainda mais Doido. Mas foi o jogo da redenção do bicampeão brasileiro. A sexta rodada do Brasileirão marcou o renascimento do Cruzeiro e um choque de realidade para o Atlético-MG. Nada melhor do que uma vitória imponente, apimentada por uma quebra de tabu, para colocar a Raposa no campeonato. O triunfo por 3 a 1 no Independência dá uma injeção de ânimo no time celeste e freia a euforia do Galo, que vinha como time mais intenso do campeonato. Mas nenhum deles sequer está no G-4. Quem manda até agora no Brasileirão é o Atlético-PR.
O Furacão mostrou mais uma vez que a Arena da Baixada é sua fortaleza. Até cambaleou contra o Vasco, mas se impôs sem medo no segundo tempo. Os cavalos paraguaios ainda estão do outro lado da Ponte da Amizade. É bom não menosprezar o time de Walter e companhia. Assim como os invictos Ponte Preta, que luta para manter Renato Cajá, e o Sport. No meio de tudo isso, ainda há o São Paulo. Osorio estreou com tranquilidade no comando do Tricolor na fácil vitória diante do
Grêmio.
O jogo em 140 caracteres
Santos e Ponte não empatavam há quatro anos, ou nove jogos. O último havia sido no dia 2 de fevereiro de 2011, por 2 a 2, no Paulistão.
Lucas Lima continua preciso e participativo. Acertou todos os 39 passes que fez no jogo. Mas faltou ser mais eficiente e objetivo.
O jogo na Vila Belmiro teve apenas 48 minutos de bola rolando. Bem abaixo dos 60 minutos recomendados pela Fifa.
Os altos e baixos do SANTOS neste Brasileirão se refletem também nos momentos do time em campo. O Peixe foi muito instável no empate com a Ponte Preta. Foi intenso nos minutos iniciais, abriu o placar com um golaço de Geuvânio e criou pelo menos quatro chances claras para fazer o segundo. Não fez e levou o empate em contra-ataque. Robinho faz muita falta para manter a agressividade durante todo o jogo. Seu substituto, Gabriel, vacilou na marcação – foi em suas costas que Rodinei avançou para cruzar para o gol de Cajá – levou vaias ao ser substituído. São tais erros que impedem a evolução do Santos que, pelo visto, ficará mais um ano no meio da tabela. A última vez que o Peixe esteve no G-4 foi na longínqua 31ª rodada de 2010. E há poucas perspectivas para que esse jejum se finalize em 2015.
O termômetro da PONTE PRETA contra o Santos foi Renato Cajá. Enquanto seu meia esteve mal, o time pouco rendia e via sua primeira derrota chegar. Mas quando acordou, o artilheiro do Brasileirão ajudou a Macaca a manter sua invencibilidade ao participar do primeiro gol e marcar o segundo. A Ponte não foi tão brilhante como nas últimas rodadas. Cautelosa demais, principalmente na primeira etapa. Mas intensa e objetiva na segunda. E com um padrão de jogo. O time campineiro não se acua como visitante e, mais uma vez, mostrou poder de reação. Contra Grêmio e Cruzeiro, a equipe de Campinas também saiu atrás e buscou o empate. Dos três jogos que fez fora de casa até agora, a média de finalizações é de 17 finalizações – foram 16 contra o Peixe. Dá para acreditar que a Ponte vá se manter no topo. Desde que também mantenha seu principal jogador, que é sondado pelo Cruzeiro, no elenco.
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Além de marcar o gol, Gabriel foi quem mais finalizou (cinco de 16 finalizações do Fla) e o que mais recebeu faltas no time, com três.
Com uma postura muito defensiva, a Chapecoense fez 47 desarmes contra apenas oito do Flamengo em toda a partida.
Foi a primeira vez que o Flamengo abriu o placar neste Brasileirão. Nos cinco jogos anteriores, o Rubro-Negro saiu atrás.
Motivação, confiança, otimismo, boa técnica, futebol convincente e animador. Tudo isso ainda falta ao FLAMENGO, mas o que faltava mais era a vitória. E o Rubro-Negro se limitou a sanar tal carência. Não foi nada empolgante. O 1 a 0 contra a Chapecoense foi magro. O time dominou com folga e sem dificuldade. Até criou muito, o que faltava nas últimas partidas. Foram 16 finalizações, mas apenas três chances reais de gol. O Fla resumiu seu jogo às laterais. Foram 15 ao todo, sendo oito pela direita, e sete pela esquerda. Quem caiu muito pelas pontas foi Marcelo Cirino, que foi discreto, mas provocou a expulsão de Vilson. Pode ser uma boa notícia para a sequência do Brasileirão. Outra boa notícia foi que Eduardo da Silva suportou os 90 minutos. Com a saída de Alecsandro, o atacante terá que ser usado mais vezes. Foi uma vitória simples, mas que pode mudar o destino do Flamengo daqui para frente.
É oito ou 80 com a CHAPECOENSE. Em seis rodadas, a Chape venceu os três jogos que fez em casa e perdeu os três como visitante. E fora de casa a postura é sempre a mesma. Marcação forte e tome contra-ataque com Ananias e Edmilson e bolas levantadas na área. Mas, é claro, nem sempre essa tática dá certo. Tudo bem que a expulsão de Vilson dificultou a vida da equipe catarinense, mas o time criou apenas uma chance real de gol no jogo inteiro em cinco finalizações. Pouco para quem pode arrancar pontinhos fora de casa. Mas qualquer coisa muito além disso será surpresa para a Chapecoense. A má notícia foi a atuação do goleiro Danilo, que era o destaque do time até agora. Pouco seguro, o camisa 1 saiu mal no lance do gol de Gabriel. A seguir pelo ritmo atual, agora é esperar uma vitória contra o São Paulo na Arena Condá na próxima rodada.
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Foi a primeira vitória do Cruzeiro contra o Atlético-MG no Independência pelo Brasileiro. Antes, o Galo havia vencido três e houve um empate.
O clássico foi movimentado. O Galo finalizou 12 vezes, com oito oportunidades claras. O Cruzeiro finalizou 11 e teve seis chances reais.
A derrota no clássico foi a sétima do Atlético-MG em 100 jogos no Independência desde a reabertura do estádio, em 2012.
Justo agora, ATLÉTICO-MG? Após atuações vibrantes, o Galo decidiu oscilar no clássico. Os 15 primeiros minutos do duelo com o Cruzeiro foram aquilo que todos esperavam. Marcação em cima, time pilhado, pressão e gol. Mas o time se abalou, principalmente após a virada. Não dá pra dizer que chances não foram criadas. Foram 12 finalizações, oito claras de gol, mais que o rival. Faltou a eficiência das rodadas anteriores. Houve uma visível queda, principalmente na defesa. O primeiro gol celeste surgiu a partir de uma falha de posicionamento, e os outros dois em erros individuais de Patric e Giovanni Augusto. Mas está muito cedo para dizer que o Atlético-MG não seja um dos favoritos. Até mesmo porque fez uma boa partida.
Sabe aquela intensidade, velocidade e marcação firme do Galo que até dava inveja? Pois é, assim foi o CRUZEIRO no clássico, principalmente no segundo tempo. Os minutos iniciais da Raposa no clássico pareceram que seriam uma repetição dos jogos mornos que o time vinha fazendo, optando pela perigosa tática de aproveitar o contra-ataque. Mas o gol de Luan transformou a equipe. O Cruzeiro foi o time criativo e agressivo que a torcida espera e que tem condições de ser. E com um detalhe importante: a estrela de Fábio. O goleiro fez pelo menos duas defesas que valem como gol. Luxemburgo tem sua segunda vitória no comando da Raposa, e a torcida bicampeã brasileira já pode voltar a ficar otimista.
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O São Paulo conseguiu a 12ª vitória seguida no Morumbi, melhor sequência em casa da história. A maior série era de 2005 com 11 triunfos.
O público total do jogo foi de 16.952 pessoas e uma renda de R$: 529.630,00, o maior público do São Paulo neste Brasileirão.
Carlinhos foi um dos mais participativos no jogo. Líder disparado no número de passes dados, com 80, sendo 75 certos.
Não foi tão difícil como se esperava. O SÃO PAULO mostrou mais uma vez que está na caça pela liderança e se impôs no Morumbi. Teve amplo domínio, principalmente no primeiro tempo, quando terminou com 60% de posse de bola e 10 finalizações, contra apenas duas do Grêmio. Mas o Tricolor paulista foi diferente, com marcação adiantada, mais variações de jogadas e mais agressivo em um dia de participação efetiva de todo o time. Agradou a torcida. Claro que a postura ousada abriu espaço para os contragolpes do adversário, principalmente nas costas de Carlinhos, que não perde a chance de avançar. Isso é um destaque para a caneta azul – usada para pontos a serem observados – de Juan Carlos Osorio. Mas o torcedor são-paulino pode se animar.
Foi um baque. Aquele time que abafou o Corinthians na última rodada não entrou em campo. O GRÊMIO foi inofensivo e facilmente dominado pelo São Paulo no Morumbi. Roger improvisou Fellipe Bastos na direita, e ali foi principal problema gremista na partida. O jogador foi o pior do time em campo, e em seu setor o São Paulo criou suas principais chances. Luan, que poderia ser uma válvula de escape para um bom contragolpe ou jogada de velocidade e furar o bloqueio são-paulino, esteve mal. Foram apenas duas chances de gol em oito finalizações. O pênalti de Marcelo Oliveira foi até discutível. Mas a apatia da equipe gaúcha foi evidente. Um desempenho que evidenciou ao Grêmio que sua realidade deve ser mesmo a zona morta do meio da tabela.
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Nos pontos corridos, o Vasco nunca havia chegado à sexta rodada com um gol feito. O pior ano era 2004, quando tinha quatro após seis jogos.
O Atlético-PR teve o seu melhor público do ano na Arena:16.750 presentes, 15.177 pagantes. Após o jogo, a torcida cantou "o Furacão voltou".
Em Curitiba, o Vasco não vence o Atlético-PR há oito anos - cinco jogos. No Brasileiro, o Furacão nunca perdeu para o Cruz-Maltino na Arena.
O primeiro tempo do ATLÉTICO-PR chegou a ser até preocupante. Era a pior partida do Furacão no Brasileiro até ali. O Vasco tinha maior posse de bola e empatava nas finalizações, mas acordou no segundo tempo. Walter foi o mais interessado do time e decisivo novamente, com as melhores finalizações e a assistência para o gol de Ytalo. As laterais não foram tão eficientes. Eduardo e Natanael deram espaço e foram pouco efetivos na frente. O time perde com isso. Mas a defesa se segurou e se manteve como a segunda melhor no campeonato e deixa o Atlético-PR tranquilo. A dupla Gustavo e Kadu atuou bem. Kadu foi o jogador com mais desarmes no jogo, oito. O Furacão mostrou mais uma vez que tropeçar na Arena da Baixada vai ser difícil.
Nada de novo na Colina. Mais uma derrota, a terceira seguida, e poucas esperanças de melhoras. Ao menos em curto prazo. O principal problema no VASCO está nítido. O Cruz-Maltino tem o pior ataque da competição, com um gol marcado em seis jogos. Sem conseguir marcar, a equipe se entrega ao nervosismo quando se vê atrás do placar. Foi o que aconteceu, novamente, na Arena da Baixada. O time de Doriva até finalizou mais que o Furacão. Foram 13 finalizações contra 12 da equipe da casa. Mas tentar o chute não quer dizer muito se você não acerta o gol. Das 13 vezes que foi à meta de Weverton, o Vasco criou apenas uma chance real de balançar as redes. O Atlético-PR, por sua vez, fez dois gols e teve outras cinco oportunidades boas de ampliar. Para não ficar apenas com más notícias, o torcedor vascaíno pode se apegar à boa atuação de Riascos. O colombiano entrou em campo aos 16 minutos da segunda etapa e, mesmo assim, foi quem mais finalizou no time: três vezes.
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