Bom Senso FC pede a renúncia imediata de Del Nero
POR BOM SENSO FC
A partir da prisão de Marin e da renúncia de Blatter, o torcedor , a comunidade do futebol e a sociedade brasileira cobram mudanças reais no modelo de gestão da Confederação Brasileira de Futebol.
O Bom Senso FC reitera a público as propostas de mudanças estatutárias que visam democratizar a CBF e iniciar o processo de renovação reivindicado pelos torcedores, por ídolos do nosso futebol e por amplas parcelas da mídia e da sociedade.
1) limitação de mandatos, permitindo apenas uma reeleição à presidência da entidade;
O Bom Senso FC reitera a público as propostas de mudanças estatutárias que visam democratizar a CBF e iniciar o processo de renovação reivindicado pelos torcedores, por ídolos do nosso futebol e por amplas parcelas da mídia e da sociedade.
1) limitação de mandatos, permitindo apenas uma reeleição à presidência da entidade;
2) Democratização das instâncias de decisão da CBF, como o Colégio Eleitoral, a Assembleia Geral e os Conselhos Técnicos, garantindo direito proporcional de voto aos atletas, técnicos e gestores;
3) direito a voto a todos os clubes participantes do Campeonato Brasileiro, de todas as divisões, na Assembleia Geral da CBF;
4) diminuição da cláusula de barreira: apoio de uma Federação ou de um clube para inscrição de chapas à presidência da CBF;
5) adoção das medidas de Fair Play Financeiro previstas no texto original da MP 671;
6) banimento do esporte de todos os envolvidos com escândalos de corrupção.
Pelo posicionamento público dos dirigentes da CBF e pelas informações obtidas pela imprensa, não acreditamos que a Assembleia Geral da próxima quinta-feira, dia 11, sob o comando de Marco Polo Del Nero, aprove essas medidas democratizantes.
Diante disso, defendemos a renúncia imediata do presidente Del Nero ao seu cargo e convocação de novas eleições para a CBF até o final do ano, já com as propostas de mudanças estatutárias em curso.
Juca Kfouri
Palmeiras deve definir saída de Oswaldo antes do jogo contra o Fluminense
A saída de Oswaldo de Oliveira do comando do Palmeiras é iminente. A diretoria não bateu o martelo, mas não mais resiste à pressão para trocar o comando técnico. Por princípio, Paulo Nobre é contra as mudanças constantes. Por outro lado, há a convicção de que o clube não pode perder mais um ano e o compromisso é pelo menos lutar por vaga na Libertadores.
Oswaldo só deve voltar à Academia nesta terça-feira, porque a segunda-feira é de folga do elenco. Mas no retorno deve se definir a situação e é quase certo que não seja o treinador na partida contra o Fluminense, no próximo sábado.
Se isso se confirmar nos próximos três dias, começará o processo de sucessão. É possível que Alberto Valentim seja o interino contra o Flu. Nome natural para a sucessão por ser bicampeão brasileiro e ter trabalhado por dois anos com Alexandre Mattos, Marcelo Oliveira tinha salário superior a R$ 500 mil no Cruzeiro. Por esse valor, o Palmeiras não contratará um treinador.
PVC
Relator vai incluir seleção brasileira como patrimônio cultural em MP
O deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) deve incluir no texto da Medida Provisória sobre o refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes a transformação da seleção brasileira em patrimônio cultural. A regra não fez parte do relatório preliminar da MP, mas é sugerida por parlamentares para que o governo possa ter ingerência sobre a CBF.
Diz o artigo 216 da constituição: “O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.” O mesmo artigo determina que “os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei”.
O deputado federal Sílvio Torres (PSDB-SP) criou projeto que põe a seleção brasileira como patrimônio cultural. Assim, contratos da CBF relativos à seleção poderiam ser naturalmente analisados pelo Ministério Público sob o argumento de preservar o patrimônio cultural brasileiro.
No senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), tem projeto para o futebol ser considerado patrimônio cultural brasileiro. Ele acredita que assim o TCU (Tribunal de Contas da União) poderá fiscalizar a CBF.
Já o senador Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente do Cruzeiro, sugeriu em reunião da comissão responsável pela MP que a CBF seja transformada em patrimônio cultural, tornando a vigilância do Estado mais direta.
“O projeto do Sílvio Torres me parece o mais adequado, é esse que devo incluir como uma emenda (à MP)”, disse Leite ao blog.
A Medida Provisória ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. A seleção como patrimônio cultural e outras propostas podem ser cortadas da redação final. Mas, Leite acredita que o escândalo de corrupção na Fifa, com a prisão de José Maria Marin, dará mais força para a aprovação das medidas de fiscalização e transparência da CBF.
Veja abaixo quadro produzido por Otávio Leite que resume o relatório preliminar da MP.
Perrone
Del Nero tenta evitar o ‘efeito Blatter’ sem ceder poder na CBF
Quando dirigentes da Fifa foram presos na Suíça, o presidente Joseph Blatter tentou ignorar e seguir com sua reeleição. A investigação norte-americana fechou um cerco em volta dele, que perdeu o apoio e teve de renunciar. É justamente isso que o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, tenta evitar em reuniões nesta semana ao buscar apoio de clubes e federações.
Assim como Blatter fez durante anos em escândalos na Fifa, o dirigente da confederação não propôs até agora nenhuma alteração significativa na estrutura de poder na confederação após a prisão de seu antecessor José Maria Marin por envolvimento em propina. Nem alterações no colégio eleitoral (dominado pelas federações) nem a criação de uma liga estão na pauta de Del Nero até agora.
É assim que, nesta segunda-feira, ele encontra-se com os clubes da Série A em uma reunião marcada às pressas. Dirigentes das agremiações devem se reunir a sós depois, e há discussões sobre entrarem com um pedido de recuperação do dinheiro de propina na Justiça dos EUA. Não se sabe onde vai parar um movimento que começa com o presidente da CBF enfraquecido.
Aos clubes, Del Nero deve realizar o discurso repetido à exaustão por seus aliados: há uma injustiça com o dirigente ao considerar certo seu envolvimento nas propinas descobertas pelo Departamento de Justiça dos EUA. Seu nome, de fato, não aparece. Mas há a descrição de um conspirador que só se encaixa no cartola. A intenção é que a explicação abafe qualquer possibilidade insurreição.
Após lidar com os times, o presidente da CBF terá a tarefa de reagrupar as federações, rachadas após a proposta de trocar as regras de sucessão eliminando a possibilidade de o mais velho assumir em caso de renúncia. Há uma insatisfação entre cartolas pela forma como Del Nero tratou José Maria Marin.
As informações até agora são de que ele tem apoio majoritário no grupo. Del Nero, no entanto, precisará da aprovação de dois terços das federações presentes para alterar o estatuto da CBF, inclusive com limitação de mandatos, esta, sim, um avanço proposto inclusive pelo governo federal. A mudança não afeta o dirigente que não tem mais idade para se perpetuar na entidade.
Lembre-se: Blatter só aceitou a restrição de mandatos após ter que renunciar – há chance de a Fifa aprovar agora. Após o escândalo, as mudanças podem ser muito mais radicais com discussão até sobre trocas de sedes das Copas. Se quer evitar repetir o presidente da Fifa, Del Nero terá de pensar nas lições deixadas por ele, tanto quanto ficar de olho nas investigações norte-americanas.
Rodrigo Matos
Luis Enrique reconstruiu o Barcelona após se livrar do tiki-taka
De Vitor Birner
Obrigação
Luis Enrique chegou ao Barcelona tentando reproduzir o Tiki-taka de Guardiola.
Era isso que a torcida e provavelmente a direção queriam. A proposta de jogo fez o time conquistar títulos e ser considerado o melhor do mundo.
Além disso, se transformou em algo que identifica a agremiação.
Passou a seu uma espécie de bandeira única para engrenar outra fase de vitórias.
O treinador, ainda fora da lista de renomados, não tinha força para contrapor o desejo da maioria dos catalães.
Precisava tentar até mesmo se não concordasse.
Inclusive porque alguns pilares da obsessão pela manutenção de bola continuam no elenco.
Xavi
Não conseguiu fazer o time jogar o que pode porque Xavi, aos 35 anos, é incapaz de manter o alto nível na marcação e troca de passes na meia.
Talvez o treinador, por causa da história desse craque, tenha esperado o campo mostrar durante meses que não se trata de má fase técnica e sim da queda natural de produção por causa da idade.
É difícil descartar apenas pelos treinamentos e algumas dezenas de jogos medianos quem ganhou a Copa do Mundo, duas Eurocopas, três Uefa Champions League, dois Mundiais de Clubes, oito campeonatos da Espanha (contando o atual) - a maioria como um dos principais jogadores nas conquistas - e mais um monte de títulos pessoais e pela equipe da Catalunha.
A torcida precisava se convencer.
Virtudes
As maiores virtudes individuais, hoje, são outras.
Tinha que juntá-las em prol do coletivo.
Conta com Messi, Neymar, Suárez e Iniesta, todos muito acima da média.
Os sul-americanos são dribladores, velozes e artilheiros.
O uruguaio tem características de quem joga como centroavante, tal qual faz no Barcelona, ou pelos lados do ataque.
O argentino e o brasileiro podem atuar na meia, mas quanto mais perto da área dos rivais foram acionados maior será a possibilidade de conseguirem assistências e gols.
Proposta
Luis Enrique montou 4-3-3 com Messi na direita, Neymar do outro lado e Suárez centralizado no ataque.
A alteração da proposta aconteceu na inter-temporada européia.
Busquets é o volante de marcação, Raktic o segundo jogador do setor, por isso pode apoiar, e Iniesta tem mais liberdade que ambos.
Diante de times fortes, que conseguem levar a bola ao ataque, Neymar recua para formar o quarteto na marcação quando o Barcelona tem que marcar.
E na parte ofensiva o argentino diversas vezes, como fez em partes da semifinal contra o Bayern de Munique, fica centralizado, na meia, dividindo a criação com Iniesta e Raktic, enquanto Neymar forma a dupla na frente com Suárez.
Treinador
Essas ‘flutuações táticas’ para o 4-4-2, 4-3-1-2 e 4-2-3-1 mostram como o técnico conseguiu implementar as alterações que levaram a equipe à conquista doutro título de Liga dos Campeões.
Messi não apenas reencontrou seu melhor futebol como elevou ainda mais o nível.
Neymar e Suárez foram se adaptando ao estilo barcelonista e se tornaram protagonistas.
O trio se entrosou, o time não perdeu capacidade de se defender e ficou muito mais forte na parte ofensiva.
Até a qualidade do passe no meio de campo ficou melhor que a da tentativa de reimplementar o tiki-taka.
Simples
Aquele Barcelona de Guardiola tinha Xavi e Iniesta, ambos jogadores do meio de campo, como pilares, além da genialidade de Messi,e a posse de bola como principal fundamento.
O de hoje continua com o brilhantismo do hermano e a visão de jogo do espanhol, mas tem nos atacantes o principal ponto do desequilíbrio e joga mais em direção ao gol.
Final
Iniesta mantém o alto nível técnico. Jogou muito diante da Juventus.
Xavi não tem a vitalidade e a força física juntas para colocar em prática aquilo aquilo que pensa e repetir seu melhor futebol.
O meio de campo do Barcelona caiu de rendimento após ele entrar na decisão.
Neymar e Suárez podem ser colocados entre os destaques da final.
Assim como Tévez e Pirlo entre os piores da Juventus.
O confronto foi mais aberto que as últimas decisões do torneio.
Pode ser considerado a antítese do que houve em Real Madrid x Atlético de Madri.
A Juventus quando acertou a marcação no ataque foi melhor que o Barcelona.
Era superior na hora que tomou o gol de Suárez (2×1).
Antes do intervalo, apesar do crescimento da Vecchia Signora, Buffon evitou que o Barcelona resolvesse o jogo.
Aplaudo ambas as agremiações pelo ótimo jogo que proporcionaram.
Futebol
Acho que de agora em diante os catalães da diretoria e da arquibancada perceberão que há outras maneiras de jogar futebol bonito e de ser campeão.
O tiki-taka deve esperar outro elenco capaz de mostrá-lo de maneira competente.
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