quarta-feira, 24 de junho de 2015

RÁPIDINHAS DO FUTEBOL BRASILEIRO

Resultado de imagem para BANDEIRA BRASIL

Um jogo para testar os chilenos donos da casa


Juca Kfouri

No Estádio Nacional lotado, o Chile recebe o Uruguai, hoje, às 20h30,  pelas quartas de final da Copa América.
É matar ou morrer.
O Chile, por tudo, é o favorito.
Assim como, quatro anos atrás, também pelas quartas de final, também em casa, a Argentina era a favorita e quem se classificou foi o Uruguai.
Mas o Chile tem Aránguiz, tem Vidal, tem Valdivia, marcou 10 gols em três jogos e está tomado por um entusiasmo que dá gosto.
Só que o Uruguai tem uma camisa celeste que já assombrou o Brasil e a Argentina, duas vezes campeã olímpica, duas vezes campeã mundial.
Falta a Celeste assombrar o Chile.
Será que vai ser hoje?

Gilmar Rinaldi confundido. Toninho Cerezo entra na Copa América por um dia

Reunião entre o diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, e Marcelo Messina, diretor-executivo da Sadia para a América do Sul — a empresa é uma das patrocinadoras da seleção brasileira.
De repente, Gilmar Rinaldi chega ao saguão e imediatamente Marcelo Messina se levanta: “Não acredito! Não é possível!'', disse Messina, olhando fixamente e admirado para Gilmar Rinaldi.
“Eu preciso tirar uma fotografia com você! Você está aqui: Toninho Cerezo!''
A fotografia de fato aconteceu, mas antes Ratto e Gilmar tiveram de convencer Messina de que Cerezo não está na Copa América do Chile.
PVC

Procurador-Geral da República investiga se Andrés cometeu crime tributário

Após receber denúncias contra o deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, entendeu que há necessidade de instauração de outro inquérito envolvendo o ex-presidente do Corinthians. Agora para apurar se ele cometeu delitos contra a ordem tributária, o que a defesa do parlamentar rechaça.
Já havia um inquérito para determinar se ele omitiu bens em sua declaração à Justiça eleitoral, também por conta de denúncias.
No dia 27 de maio, como mostrou o blog, o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Federal Tribunal), havia determinado que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestasse sobre se o inquérito a respeito da suposta omissão de bens deveria continuar.
O procurador-geral decidiu que sim, além de abrir investigação sobre possíveis crimes tributários. As denúncias de irregularidades, nos dois casos, foram feitas por Rolando Wohlers, sócio do Corinthians.
Segundo o despacho de Janot, o associado atribui a Andrés a prática de diversos crimes eleitorais durante a campanha do ano passado e de crimes contra a ordem tributária, referente à suposta sonegação de tributos de empresas das quais Andrés Sanchez integra o quadro societário”.
O advogado do deputado, João de Oliveira, nega as acusações. “O Andrés está tranquilo porque não houve crime nenhum. Fizeram uma denúncia, então o procurador está fazendo a função institucional dele, que é instaurar o inquérito. Mas qualquer pessoa pode denunciar alguém. Isso não significa que seja verdade. Nenhuma prova foi apresentada, e a declaração de imposto de renda do Andrés é pública, qualquer um pode ver”, disse Oliveira. Ele também afirmou que entregou à procuradoria documentos que desqualificam o denunciante, com detalhes do passado dele. O blog, no entanto, não conseguiu falar por telefone com Rolando na noite desta terça sobre o assunto.
Por sua vez, Janot escreveu que “as imputações estão lastreadas em farto material que em tese comprovam as alegações formuladas” contra Andrés.
O procurador pediu para que um ofício seja encaminhado à Receita Federal para que ela informe se existe procedimento fiscal contra o deputado e suas empresas. Ele também pede ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo que envie cópias do registro de candidatura de Andrés, da prestação de contas do deputado e de eventuais representações contra o superintendente de futebol do Corinthians.
No trecho em que detalha as acusações, Janot afirma que, segundo a denúncia, “o congressista foi sócio de diversas pessoas jurídicas que obtiveram empréstimos na rede bancária nacional para após declarar falência e não saldar tais dívidas. Essas pessoas teriam sonegado também expressivas somas em tributos federais, bem como teriam deixado tal passivo em nome de interpostas pessoas, para não sofrer restrições em seu patrimônio, entre outras condutas”. As irregularidades são negadas pelo advogado de Andrés.
Abaixo, leia na íntegra o despacho do procurador-geral da República. Andrés é citado como André.



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Perrone

Domingo, conheci pessoalmente Don Osorio, no Mesa Redonda do Flavinho que se estendeu à mesa do Alfama dos Marinheiros até o início da madrugada, em agradável tertúlia, como se dizia antigamente.
Sujeito gentil, bem humorado, receptivo, apesar de seu evidente conhecimento sobre as coisas do futebol e da engenharia humana, muito ao contrário da maioria dos nossos treinadores que se consideram verdadeiros professores numa área em que não passariam de ano na prova de história e e das teorias do futebol.
Há lacunas na galeria de conhecimentos de Don Osorio, próprias dos técnicos de sua idade, fruto talvez da falta de informações mais precisas sobre o que se passava nos campos antes de abrirem os olhos para o jogo e suas nuances.
A maioria dos técnicos e comentaristas, no máximo, era menino no início dos anos 70, a partir de quando realmente começou  a ser montado um acervo visual, em cores, do que ocorria nos campos de futebol do mundo todo.  Antes disso, as imagens se escasseiam e as informações impressas se resumem praticamente às coleções de jornais e revistas das respectivas épocas, que cometiam erros atrozes, diga-se, no tocante a sistemas e escalações adotadas. Isso, sem falar nos que nasceram muito depois.
Ainda agora há pouco estava lendo um texto naGazeta Esportiva.net sobre Zizinho, o Mestre Ziza, uma raridade, diga-se, pois ninguém fala de Zizinho há séculos. Claro, afinal, quem tem acesso às pálidas imagens que restaram de sua bola mágica?
A não ser este que lhe fala- modestamente, como diria Vittório Gassman, em Il Sorpasso ao colher o ar de agradável surpresa da dama ao ser cingida na dança lenta e sensual. A ponto de ter merecido certa vez uma mensagem do saudoso Ivan Lessa, um dos mais deliciosos textos do jornalismo brasileiro de sempre, que me elegia o melhor cronista esportivo do Brasil. Não por eventuais talentos superiores. Mas, simplesmente, porque era o único que vivia lembrando Zizinho, seu ídolo maior, o que farei até o último suspiro.
Pois, se Pelé foi um fenômeno da natureza como nenhum outro, Zizinho foi o mais completo craque do mundo em todos os tempos. De uma inteligência prodigiosa, marcava, armava, driblava, lançava, controlava a temperatura do jogo a seu bel prazer, e fazia gols, com os pés, a cabeça e em bolas paradas. Fazia tudo sim sem ter um físico privilegiado, nem abdicar da noite, sua amiga de sempre.Basta dizer que foi chamado pelos italianos que vieram à Copa de 50 de O Leonardo da Vinci da Bola, ou seja: o gênio da Renascença que transitava com talento único em várias áreas das artes e conhecimentos.
O amigo haverá de se perguntar: onde esse cara quer chegar exumando um cadáver já seputaldo na memória dos técnicos, mídia e torcida?
Quero mostrar em como Zizinho, que reinou nos nossos campos do início da década de 40 ao final dos anos 50, está tão vivo e atual que seria o futuro ainda a ser atingido pelo nosso futebol de hoje. Se nossos experts  o tivessem visto em campo, por certo, estariam acenando Mestre Ziza como um exemplo para a chamada modernização do arcaico futebol brasileiro destes dias, seja nos clubes, seja na Seleção: aquele meia-armador que marca, arquiteta as jogadas e chega pra participar do lance final. O substituo certo pro tal segundo volante, essa maldição que embota toda a nossa criatividade há décadas.
Claro que não há e possivelmente jamais haverá outro Mestre Ziza. Mas, depois dele, vieram Didi, Gérson, Ademir da Guia, Dirceu Lopes, sei lá quantos outros tantos meias capazes de cumprir essas três funções com classe e eficiência. Mas, se quisermos descer as escadas do Panteão do Futebol Brasileiro, encontraremos nos degraus abaixo uma infinidade de outros jogadores com essas características que funcionaram muito bem, mantendo o padrão brasileiro de jogar bola.
Agora mesmo, na Seleção, há jogadores, que, mesmo sem a genialidade dos citados, podem cumprir essa função melhor dos que os atuais e intocáveis segundos volantes de praxe. Refiro-me a Everton Ribeiro e Willian.
Willian desenvolveu no Shaktar a capacidade de marcar e a aprimorou no Chelsea. E Everton Ribeiro, um lateral-esquerdo de origem, sempre a teve.
Só falta coragem e discernimento para Dunga ousar além do estabelecido. Além, claro, da convicção de Mestre Ziza, que, quando de sua breve passagem como treinador, anunciava o óbvio: monto o meu time pra jogar, o adversário que corra atrás.
por 

Luxemburgo? Eurico? Pega, mata, esfola….

A trilogia de Lira Neto sobre Getúlio Vargas é monumental. Conta a vida do presidente, sem ódio e sem adulação, e traça um painel da política brasileira do final dos Oitocentos até o início dos 900. Pelo menos é assim, nas 200 primeiras páginas do primeiro livro. São três volumes de 600 páginas.
O senador Pinheiro Machado está no livro. Com grande influência no governo de Hermes da Fonseca, tornou-se o depositário de todo o ódio dos adversários quando Wancelsau Brás assumiu a presidência. Em um ato público no Rio, Pinheiro Machado quase foi linchado. A ordem que deu ao seu motorista para sair do meio da turba tornou-se um clássico da sagacidade do político brasileiro. “Nem tão devagar, que pareça afronta, nem tão depressa que pareça medo''.
Era necessário terminar com Pinheiro Machado, o pior dos brasileiros.
O deputado José Gonçalves Maia, de Pernambuco, expressou essa aversão, sugerindo em uma entrevista, o envio de um PL ao Congresso, com sucinta e truculenta redação.
Artigo 1º – Fica extinto o senhor Pinheiro Machado;
Artigo 2º – Revogam-se as disposições em contrário.
Pinheiro Machado foi assassinado em 8 de setembro de 1915, aos 64 anos.
Quando falamos de esporte, um século após, vejo tanta intransigência apenas em relação a dois homens: Vanderlei Luxemburgo e Eurico Miranda. Vende-se a panaceia de que o futebol brasileiro estaria bem melhor sem os dois. Estaria salvo. A Eurico, imputam o epíteto de “câncer do futebol brasileiro''.
Quanto a Luxemburgo, é fundamental que ele não arrume emprego. Vejamos um caso recente.
1) Luxemburgo, depois de um bom trabalho, em 2014, estava muito mal no Flamengo. O time não reagia. Nada indicava que iria reagir com a manutenção do treinador.
2) Marcelo Oliveira, depois de dois anos ótimos, estava muito mal no Cruzeiro. O time não reagia. Nada indicava que iria reagir com a manutenção do treinador.
Os dois clubes recorreram à demissão dos treinadores.
A “intelligentsia'' brasileira considerou a demissão de Marcelo um crime lesa-futebol. E a demissão de Luxembugo, um ato divino. A salvação da lavoura.
E o Cruzeiro de Luxemburgo está melhor que o Cruzeiro de Marcelo. E o Flamengo de Cristóvão está tão ruim como o Flamengo de Luxemburgo.
Amigos, eu sei que Luxemburgo não é mais o técnico que foi. Seus dias de glória já vão longe. Há tempos não faz um trabalho que se guarde na memória. Mas não é o culpado de tudo. Sua demissão não salva. Sua contratação não afunda. E ele merece o mesmo tratamento de tantos outros. Osorio, por exemplo. Eu escrevi que o treinador errou contra o Avaí. Minha crítica foi tratada como um incentivo à falta de inovação, como um basta aos novos tempos. Osorio é “incriticável''? Não erra?
Eurico, bem Eurico nada acrescenta ao futebol brasileiro. Mas não pode ser tratado como se fosse a única coisa errada. Basta ver o que ocorreu com o Vasco em sua ausência.
Pensar que o afastamento de Luxa e Eurico vai salvar o Brasil, é esquecer de milhares de outros…..
Menon


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