Dátolo e Pratto levaram o Atlético-MG ao vice do Brasileirão. Silva foi bem no Vasco, e Cristaldo roubou a cena no Palmeiras pelo
Cada vez em maior número no futebol brasileiro, seja na Série A, B, C ou D do Campeonato Brasileiro, os jogadores gringos, especialmente os argentinos, são os principais alvos do times brasileiros nas janelas de transferências e vêm correspondendo aos altos investimentos.
Em 2015, dos 43 estrangeiros distribuídos em 16 times da Série A, nomes como o dos argentinos Dátolo e Lucas Pratto, do Atlético-MG, Martín Silva, do Vasco, do peruano Guerrero, que trocou o Corinthians pelo Flamengo e não se deu tão bem assim, e do palmeirense Cristaldo, foram bastante comentados.
Cada vez mais adaptado ao estilo de jogo brasileiro, o estrangeiro parece não usar mais o futebol tupiniquim como ponte para conseguir uma transferência para a Europa. Identificados com as torcidas, alguns resolvem ficar e viram ídolo de uma nação. O maior exemplo disso é o argentino D'Alessandro, que chegou ao Inter em 2008 e virou ídolo da nação Colorada com as boas atuações e, sobretudo, pela raça demonstrada em campo.
URSO NO GALO = SUCESSO
Ainda é cedo, mas a identificação de D'Alessandro com o Inter se assemelha à de Lucas Pratto com a torcida do Atlético-MG. O centroavante, compatriato de D'Ale e apelidado de "Urso" na Argentina, chegou ao Galo em 2015 e logo caiu nas graças da massa atleticana. Titular desde o início da temporada, chamou a atenção pelo seu faro de artilheiro, visto que é bom finalizador tanto dentro como fora da área, aliado à raça habitual dos "Hermanos".
Ainda é cedo, mas a identificação de D'Alessandro com o Inter se assemelha à de Lucas Pratto com a torcida do Atlético-MG. O centroavante, compatriato de D'Ale e apelidado de "Urso" na Argentina, chegou ao Galo em 2015 e logo caiu nas graças da massa atleticana. Titular desde o início da temporada, chamou a atenção pelo seu faro de artilheiro, visto que é bom finalizador tanto dentro como fora da área, aliado à raça habitual dos "Hermanos".
Ao longo do ano, foram 23 gols com a camisa do Galo, sendo 13 deles em 36 partidas pelo Brasileiro. Revelado no Boca Juniors, Pratto, que ainda passou pelo futebol da Noruega e Itália, defendeu a Universidad Católica do Chile e brilhou no Vélez Sarsfield, onde chamou a atenção do Galo, teve como atuação mais marcante em 2015 a vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo, na 16ª rodada. Na ocasião, ele marcou os três gols do triunfo e levou o time mineiro à liderança, "roubada" mais tarde pelo Corinthians.
3º QUE MAIS JOGOU
O Atlético-MG não teve apenas um estrangeiro que se destacou na temporada de 2015. Preterido por Dunga no Internacional, Jesus Dátolo reencontrou o bom futebol da época do Boca Júniors no Atlético-MG, ainda em 2014, quando foi um dos responsáveis pelo título da Copa do Brasil, e, nesta temporada, adaptado ao Galo, brilhou novamente e foi essencial na campanha do vice-campeonato brasileiro.
Revelado pelo Banfield, o jogador alcançou a marca de 100 jogos com a camisa atleticana, o que o transformou no 3º estrangeiro a realizar este feito, se igualando ao goleiro argentino Ortiz. Com 195 partidas, o lateral uruguaio Cincunegui é o estrangeiro que mais atuou pelo Galo.O Atlético-MG não teve apenas um estrangeiro que se destacou na temporada de 2015. Preterido por Dunga no Internacional, Jesus Dátolo reencontrou o bom futebol da época do Boca Júniors no Atlético-MG, ainda em 2014, quando foi um dos responsáveis pelo título da Copa do Brasil, e, nesta temporada, adaptado ao Galo, brilhou novamente e foi essencial na campanha do vice-campeonato brasileiro.
GOLS, CARISMA E AJUDANOIXCom gols, carisma e irreverência, o atacante argentino Jonathan Cristaldo conquistou a torcida palmeirense em 2015 e virou uma espécie de talismã no Alviverde. Quase rebaixado com o Verdão em 2014, o atacante, que foi comprado pelo Palmeiras junto ao Metalist, da Ucrânia, com um suporte financeiro do presidente Paulo Nobre, deu a volta junto com o time em 2015 e foi o 12º jogador da equipe nesta temporada.
"Churry", como ficou conhecido no Brasil, com três gols e muita frieza e categoria nas cobranças de pênalti na semifinal e final diante de Fluminense e Santos, foi fundamental na conquista da Copa do Brasil, e terminou o ano como 3º artilheiro do Palmeiras em 2015. Além da raça e dos gols em campo, o argentino ficou marcado pelo termo "ajudanoix", que virou hashtag em todos os posts do jogador e caiu na boca dos palmeirenses. Pretendido pelo Rubin Kazan, da Rússia, o atacante não sabe se fica em 2016, mas é certo que tem um espaço no coração do palmeirenses, independente de seu destino.
COMEÇO DEVAGAR, DECISIVO NA COPA DO BRASIL E 2016 PROMETE
Não só de Cristaldo se limitou o Palmeiras no que se refere a gringos em seu elenco em 2015. Além do argentino carismático, o Verdão, que já tinha Mouche e Allione, remanescentes do plantel de 2014, apostou, com ajuda da Crefisa, patrocinador master do clube, no argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios para ser o homem-gol do Alviverde.
Com vencimentos extremamente altos - cerca de R$ 700 mil, bancados integralmente pela Crefisa - o centroavante demorou um pouco a se adaptar, especialmente pelo desgaste físico, já que não teve férias em razão da participação da Copa América pela Seleção Paraguaia, que eliminou o Brasil nas quartas e caiu nas semis para a Argentina, e, também, em decorrência da programação dos calendários diferentes - Barrios estava no futebol europeu, no Montpellier, da França, e lá os clubes saem de férias no final de maio, mas Barrios não teve como descansar, já que a Copa América teve início no meio de junho.
Passado um período sem gols, Barrios marcou seu primeiro gol com a camisa palmeirense nas oitavas de final da Copa do Brasil diante do Cruzeiro. Foi na Copa do Brasil, inclusive, que o centroavante se mostrou mais decisivo. Apesar de marcar três vezes contra o Fluminense pelo Brasileiro, o paraguaio brilhou mesmo no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil diante do mesmo Fluminense, contra quem marcou os dois gols palmeirenses.
Na final, Barrios não sentiu a pressão e foi um dos melhores em campo. Começou a jogada do primeiro gol, marcado por Dudu, e deu muito trabalho para os zagueiro santistas. Como mostrou poder de decisão quando o time mais precisava, espera-se que Barrios, descansado, brilhe ainda mais em 2016.
2015 PRA ESQUECERQuem não teve muito o que comemorar em 2015 foi o goleiro Martín Silva, do Vasco. Apesar d a arrancada no ótimo segundo turno vascaíno e das defesas que, em muitos jogos, evitaram derrotas do time, o Vasco foi rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro pela 3ª vez em sua história.
Mesmo assim, o arqueiro, que brilhou, por exemplo, no empate sem gols com Grêmio na 32ª rodada e garantiu um ponto ao time da Colina, garantiu que fica em 2016, ao contrário dos outros seis gringos do time carioca, que devem sair. Apenas Herrera e Guiñazu têm chance, mesmo que pequena, de permanecer em São Januário na próxima temporada.
O que rebaixou o Vasco, mais uma vez, à Série B, foi, de fato, a campanha vexatória do primeiro turno, quando o time de São Januário era comandado por Celso Roth. Sob o comando do treinador, o Vasco conseguiu perder para adversários diretos na briga contra o rebaixamento, como o Figueirense, amargar goleadas humilhantes - 4 a 1 para o Palmeiras, por exemplo - e levou seu torcedor à ira. A fase era tão ruim que até Martín Silva não passou ileso. Justamente na derrota diante do Palmeiras em São Januário, o goleiro falhou em dois dos quatro gols do time paulista e foi substituído por Celso Roth no intervalo. O episódio facilitou ainda mais a saída do treinador do time carioca.
DECEPÇÃO RUBRO NEGRAContratado a peso de ouro pelo Flamengo - R$16 milhões em luvas e R$650, 00 mensais, o que, no final do contrato, rende custo de R$41 milhões ao Flamengo - Guerrero não correspondeu a toda expectativa criada pelos torcedores do Fla em razão dos gols e títulos que conquistou no Corinthians.
Na verdade, o Peruano de 31 anos, revelado pelo Alianza Lima, do Peru, e que ainda tem passagens pelo Bayern de Munique e Hamburgo antes de fazer sucesso no Corinthians, começou bem no Rubro-Negro e colocou fim ao caô por alguns dias marcando nos três primeiros jogos com a camisa do Fla. No entanto, de "salvador do caô", o atacante peruano passou a viver um inferno astral e terminou a temporada, marcada por lesões e suspensões, com apenas 4 gols em 20 jogos - média de um gol a cada 5 jogos.
O último gol de Guerrero com a camisa do Flamengo foi marcado no dia 23 de agosto, em vitória diante do São Paulo, quando o centroavante chorou e desabafou em campo. Apesar do mau rendimento no Rubro-Negro, Guerrero conseguiu ser indicado à pré-lista dos 59 candidatos à Bola de Ouro pela bom início de ano no Timão e pela Copa América que fez com o Peru - foi artilheiro do torneio, com 4 gols em 7 jogos, média de 0,57
Gringos na Série A do Campeonato Brasileiro:
Atlético-MG - Cárdenas, Dátolo e Lucas Pratto
Atlético-PR - Pereirinha, Vilches e Hernández
Avaí - Toshi
Corinthians - Mendoza e Romero
Coritiba - Cáceres
Cruzeiro - Ariel Cabral, De Arrascaete, Joel e Mena
Figueirense - Cereceda
Flamengo - Armero, Cáceres, Cantero e Guerrero
Fluminense - Oliveira
Grêmio - Brian Rodriguez, Erazo e Maxi Rodríguez
Internacional - Aránguiz, D'Alessandro, Nicolás Freitas, Lisandro López e Luque
Joinville - Trípodi
Palmeiras - Allione, Cristaldo, Mouche e Barrios
Santos - Valencia e Ledesma
São Paulo - Centurión, Guisao
Vasco - Emmanuel Biancucchi, Felipe Seymour, Guiñazu, Julio dos Santos, Herrera, Martín Silva e Riascos
FUTEBOL INTERIOR
Atlético-PR - Pereirinha, Vilches e Hernández
Avaí - Toshi
Corinthians - Mendoza e Romero
Coritiba - Cáceres
Cruzeiro - Ariel Cabral, De Arrascaete, Joel e Mena
Figueirense - Cereceda
Flamengo - Armero, Cáceres, Cantero e Guerrero
Fluminense - Oliveira
Grêmio - Brian Rodriguez, Erazo e Maxi Rodríguez
Internacional - Aránguiz, D'Alessandro, Nicolás Freitas, Lisandro López e Luque
Joinville - Trípodi
Palmeiras - Allione, Cristaldo, Mouche e Barrios
Santos - Valencia e Ledesma
São Paulo - Centurión, Guisao
Vasco - Emmanuel Biancucchi, Felipe Seymour, Guiñazu, Julio dos Santos, Herrera, Martín Silva e Riascos
FUTEBOL INTERIOR
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