Presidente da CBF prestou esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre escândalo da Fifa
Convidado por parlamentares para participar de audiência pública sobre denúncias de corrupção no futebol, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, se contradisse nesta terça-feira (9) ao falar sobre sua eventual participação na assinatura de contratos da gestão anterior, quando era vice-presidente de José Maria Marin.
— Eu acompanhava os contratos quando era chamado. [Para] Uns eu fui, outros não. Participava como ouvinte. O presidente permitia que eu opinasse. Mais ou menos estavam determinados os valores. É por aí que eu participava. No regime presidencial, a palavra final é sempre do presidente. De alguns contratos, participei, sim.
No fim do mês passado, logo após retornar da Suíça e conceder entrevista coletiva para falar sobre o escândalo de corrupção na Fifa, Marco Polo Del Nero negou assinar qualquer tipo de contrato.
— Nenhuma participação. Nenhum contrato eu assinei na administração do presidente Marin. A função do vice é de colaborar com a presidência, como qualquer diretor, e era isso o que eu fazia. Procurava, dentro das minhas capacidades, ser um bom diretor. Eu não sabia [das propinas]. Como é que eu vou saber? Não tinha conhecimento, em hipótese alguma. É triste.
Após o esquema de corrupção na Fifa ter sido revelado em operação do FBI, o que resultou na prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, o atual chefão do futebol brasileiro vem sendo questionado sobre um suposto envolvimento em negociação e assinaturas de contratos quando exercia a função de vice-presidente na entidade.
Após o esquema de corrupção na Fifa ter sido revelado em operação do FBI, o que resultou na prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, o atual chefão do futebol brasileiro vem sendo questionado sobre um suposto envolvimento em negociação e assinaturas de contratos quando exercia a função de vice-presidente na entidade.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Del Nero referendou as contas do seu antecessor, além de ter participado da negociação e do fechamento de pelo menos 10 dos 13 contratos que a CBF tem com seus patrocinadores.
Uma das assinaturas foi referente ao balanço de demonstrações financeiras da entidade de 2014, antes de assumir a presidência, em abril deste ano. O documento detalha as contas da gestão de Marin durante o período, incluindo acordos de patrocínios, totalizando uma receita de R$ 359 milhões.
O fato é inédito. Dos cinco vices da CBF na época, Del Nero foi o único a assinar o balanço da gestão.
R-7
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