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O Internacional ganhou duas partidas seguidas, uma delas, contra o Coritiba, com todo o sofrimento que envolve a luta de um gigante contra o rebaixamento. Pênalti perdido pelo adversário e pênalti, mal marcado, convertido no fim, com o Beira-Rio lotado. Os resultados não foram suficientes para tirar o Colorado da zona da degola.
Um empate bastaria contra o Botafogo para ao menos uma rodada de respiro. Outro pênalti, contestado pelos gaúchos e a meu ver bem marcado, decretou a quarta derrota seguida como visitante do Inter (não vence fora há 14 jogos, desde o triunfo por 1 a 0 sobre o Santos, em 29 de maio, na Vila Belmiro, pela quarta rodada). A tabela na reta final é das mais cruéis ao Colorado e o torcedor faz as contas: quantos pontos serão necessários?
Todo clube que luta para não cair começa o Brasileirão com a meta inicial de 45 pontos. Só uma vez os 45 não foram suficientes para evitar a queda, em 2009, quando o Fluminense foi o primeiro time fora da zona da degola, com 46 pontos. A média de pontos nos últimos dez campeonatos (pontos corridos com 20 clubes) para se salvar é de 43. É possível que este número baste para escapar em 2016 – os matemáticos calculam em 50% as chances de queda com tal pontuação. É melhor não arriscar e focar nos 45.
O Inter, então, precisaria de mais 12 pontos dos 24 em disputa. Significa que o time com 36,7% de aproveitamento no Brasileirão vai precisar de 50% daqui para a frente. A questão que tira o sono dos colorados é a tabela na reta final: Flamengo (c), Grêmio (f), Santa Cruz (c), Palmeiras (f), Ponte Preta (c), Corinthians (f), Cruzeiro (c) e Flu (f). Todos os quatro jogos fora são complicadíssimos. Em casa, são obrigações vitórias contra Santa e Ponte. Restariam mais duas vitórias contra seis grandes a serem conquistadas…
O Colorado ganhou apenas duas partidas longe do Beira-Rio, ambas no início do Brasileirão: São Paulo, no Morumbi, e Santos, na Vila. Das nove vitórias do Inter em todo campeonato, apenas três foram contra grandes (as duas já citadas e outra contra o Atlético-MG, no Beira-Rio). A lógica aponta para o rebaixamento de mais um gigante em 2016. Mas como grandes histórias não precisam se lógica para serem escritas, resta a luta de time e torcida contra a queda. Queda esta, aliás, que seria merecida pelas tantas trabalhadas de uma diretoria que já trocou técnicos sem a menor lógica.
Com quantos pontos daria para se salvar em…
2006 – 40 pontos
2007 – 45 pontos
2008 – 44 pontos
2009 – 46 pontos
2010 – 42 pontos
2011 – 43 pontos
2012 – 42 pontos
2013 – 45 pontos
2014 – 39 pontos
2015 – 43 pontos
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