sexta-feira, 14 de outubro de 2016

TP: 1.º Dezembro-Benfica, 1-2 (crónica)

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O Benfica está nos 16avos de final da Taça de Portugal, mas sofreu e só garantiu essa fase da prova já no último minuto de jogo evitando assim o prolongamento. Um minuto oferecido pelo árbitro Hélder Malheiro, que deu mais seis para jogar na segunda parte quando o que se passou não pedia tanto.
O 1.º Dezembro foi um adversário à altura e capaz de fazer frente a um Benfica de segunda linha que Rui Vitória escolheu para defrontar a equipa do Campeonato de Portugal.
Muitas mudanças do técnico encarnado, com destaque para a estreia de Eliseu esta época, para a primeira vez de Danilo com a camisola do Benfica e para as titularidades de Zivkovic e José Gomes.
Já Hugo Martins escolheu um onze mais comum e supermotivado para encarar o tricampeão nacional no Estoril, no Estádio António Coimbra da Mota alugado para esta ocasião e que vibrou do início ao fim do encontro.
Já dentro de campo, a emoção foi muito mais baixa. Ainda assim, com a surpresa do 1.º Dezembro, ainda que com menos bola, ir chegando à área do Benfica. Por isso, foi também logo aos nove minutos que Gonçalo Maria deixou o primeiro aviso e fez o primeiro remate do jogo. Saiu ao lado.
No Benfica, as investidas esbarravam na defesa contrária e sobretudo no central Leonardo que resolveu a maior parte dos lances do Benfica. Uma ou outra oportunidade, na primeira metade, com destaque para um cabeceamento de José Gomes que saiu ao lado.
0-0 no marcador ao intervalo.
Rui Vitória não gostava do que via e deixou logo André Carrillo no balneário. Fez entrar Gonçalo Guedes e o jovem jogador do Benfica contribuiu para uma mudança de estratégia e de ritmo.
Cinco minutos depois, finalmente o golo. Livre na esquerda, João Manuel defende para a frente, Lisandro Lopez ganha o esférico e desmarca Danilo que aproveitou bem a bola nos pés, passou pela defesa contrária e atirou para o 0-1.
Ânimo no Benfica, mas nenhum desânimo no 1.º Dezembro que procurou incansavelmente o empate. Ia criando oportunidades e, aos 62 minutos, num atraso de Celis para Ederson, o guarda-redes travou Abdoulaye em falta. Penálti a favor da equipa da «casa» e Martim Águas, o jogador do 1.º Dezembro com mais Benfica no sangue, não desperdiçou: 1-1 e meia hora para jogar.
Oportunidades de parte a parte, com a bola a poder entrar qualquer uma das balizas. João Manuel sabia disso e ganhou fôlego para o que faltava. Duas belas defesas seguidas nos remates de Gonçalo Guedes e Lisandro Lopez aos 84 minutos e a prolongar o empate.
Já cheirava era a prolongamento, mas o árbitro deu seis minutos. O Benfica insistia mais e numa sequência de oportunidades, ganhou um canto. Bola na área e Luisão saltou mais alto do que a defesa do 1.º Dezembro e meteu a bola dentro da baliza.
1-2 para a formação encarnada, mas o 1.º Dezembro merecia o prolongamento. Não o teve, mas caiu de pé e pode orgulhar-se do jogo que fez, sem medos, frente ao Benfica.


FIGURA: Luisão
O capitão resolve. O mais velho em campo, o mais experiente, um dos mais altos e aquele que nos momentos de aflição tantas vezes sabe resolver. Esta noite, no Estoril, já nos descontos e nos minutos finais do encontro com o 1.º Dezembro aproveitou aquele que seria o último canto da partida, saltou mais alto e de cabeça fez o 1-2 a favor do Benfica.
MOMENTO: 90+6 minutos
O árbitro Hélder Malheiro exagerou nos descontos da segunda metade, decidiu dar mais seis minutos para jogar e causou alguma surpresa na bancada. O que foi acontecendo dentro de campo, não pedia tanto tempo. Mas jogou-se até ao minuto 90+6 e o Benfica marcou. Golo de Luisão que colocou o Benfica na próxima fase da Taça de Portugal e que impediu o 1.º Dezembro de ainda sonhar com o prolongamento frente ao tricampeão.
Outros destaques:
Eliseu: e ao 10º jogo oficial do Benfica, esta temporada, o lateral esquerdo foi aposta de Rui Vitória. Substituiu Grimaldo e foi dos melhores da equipa encarnada numa exibição fraca frente à equipa do Campeonato de Portugal. Foi subindo no terreno para colocar na área e também ganhando algumas faltas. Ganhou a do livre que deu o golo de Danilo, aos 50 minutos.
Danilo: exibição pouco conseguida sobretudo na primeira parte, mas na segunda só precisou de cinco minutos para inverter aquilo que se poderia escrever esta noite sobre a sua estreia pelo Benfica. Marcou aos 50 minutos, depois de receber de Lisandro Lopez e entrar na área e tirar a defesa do 1.º Dezembro do caminho.
Carrillo: já vai alternando exibições, mas esta noite somou mais uma das que tem em maioria: uma exibição fraca. Mais lento do que aquilo que se lhe conhece, às vezes à margem do jogo, perdeu bolas e oportunidades de golo. Com destaque para o minuto 43 em que bateu mal a bola e fez o remate mais desastroso da noite. Saiu, sem surpresas, ao intervalo para dar lugar a Gonçalo Guedes.
Nélson Semedo: exibição fraca do Benfica, com uma ou outra peça a destacar-se e com o lateral direito a ser, sem dúvida, o melhor da equipa encarnada. Não começou bem, tendo até perdido a bola no lance mais perigoso do 1.º Dezembro na primeira parte, aos nove minutos, mas depois cresceu e com isso levou também o Benfica a ser melhor. Controlou as investidas dos da «casa» pela direita, recuperou bolas e levou-as várias vezes para a área à procura de assistir.
João Manuel: nos primeiros 20 minutos de jogo quase nem se deu por ele, não teve muito trabalho e até ao golo do Benfica, aos 50 minutos, verdade seja dita que também não teve de mostrar os dotes. Na segunda parte foi diferente e nos últimos 10 minutos da partida (sem contar com os descontos) foi ele quem prolongou o empate com as defesas extraordinárias com que negou os golos a Gonçalo Guedes e Lisandro Lopez.
Leo: boa exibição do central brasileiro. 1 metro e 85 centímetros por onde foi muito difícil o Benfica passar. Aliás, não passou. Sobretudo na primeira parte: o Benfica teve mais bola, foi tentando chegar à área mas Leo estava lá e foi resolvendo praticamente todas as investidas encarnadas. À entrada da área, dentro e na pequena também. Com a cabeça, de carinho… com precisão e eficácia.
Martim Águas: respira Benfica por causa do pai Rui Águas e do avô José e porque também ele já vestiu a camisola do Benfica, mas fez uma exibição bastante conseguida contra o clube da Luz. E marcou o golo do empate, aos 62 minutos, na marca de grande penalidade fazendo o 1.º Dezembro respirar com maior tranquilidade e até sonhar com a possibilidade de tombar o Benfica.

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