Muita conversa: arma da nova zaga do Santa Cruz para driblar falta de ritmo

Nos últimos treinos, Wellington e Luan Peres - que vão formara dupla titular pela primeira vez - dialogaram muito com o técnico Doriva visando ao jogo contra o Fla

Nos últimos trabalhos do Santa Cruz, algumas cenas chamaram a atenção. Principalmente pelo cuidado do técnico Doriva em fazer se entender a nova dupla de zaga. Por causa das suspensões de Danny Morais e Neris, cabe a Wellington e Luan Peres a missão de substituí-los. Pela primeira vez, os reservas vão se apresentar juntos como titulares, num desafio daqueles contra o vice-líder Flamengo pela frente.

Durante o tático da última quinta-feira, Doriva deu muita atenção aos defensores. Motivou sempre o diálogo entre os dois e, no fim da movimentação, conversou por cerca de 15 minutos com ambos. Em seguida, chamou um dos mais experientes do grupo, o volante Uillian Correia, que tem o papel de proteger a zaga, para participar da reunião. O papo teve muita gesticulação. O treinador passou o que queria.

- São jogadores jovens, principalmente Luan, que vinha muito bem. Com o retorno do Neris, perdeu o espaço. Mas estimulei, orientei. Wellington tem poucos minutos jogados, mas mostrou personalidade quando entrou - disse Doriva.

Nesta sexta-feira, os jogadores chamaram sempre um ao outro. Conversaram muito durante o rápido treino tático, que durou cerca de 30 minutos. No pós-treino, sentados no gramado do Arruda, tiveram uma espécie de "segundo tempo" das movimentações. Pela frente, a intenção é neutralizar nomes como Willian Arão, Diego e Emerson Sheik, do Fla.

Com Doriva, Luan Peres jogou sete vezes e as duas últimas - nas derrotas para o Santos e para o Figueirense - foram como lateral-esquerdo. Wellington não atuou sob comando do treinador.

- Comigo, ele (Wellington) não teve tanta oportunidade, mas já tem um certo lastro, jogou em outras equipes, jogou Série A, e estou confiante que eles possam fazer uma boa dupla e que possam fazer um grande jogo contra o Flamengo.

O provável time do Santa Cruz terá Edson Kolln; Léo Moura, Wellington, Luan Peres e Allan Vieira; Uillian Correia, Jadson e João Paulo; Arthur, Keno e Grafite. Ricardo Marques Ribeiro (FIFA) será o árbitro da partida entre Flamengo e Santa Cruz, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Alessandro Rocha de Matos. O trio é mineiro.

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Fiel da balança, Santa Cruz tem pela frente adversários que brigam pelo G-6

Com abertura de duas novas vagas para Libertadores, Tricolor vai enfrentar times motivados nas rodadas seguintes; nos dez próximos jogos, cinco estão nesta disputa

Se estava difícil, ficou pior. Esta é a visão do técnico Doriva sobre a sequência que o Santa Cruz terá pela frente na Série A. Com a abertura de mais duas vagas para a Libertadores, o antigo G-4 virou G-6. Por tabela, motivou times que antes se viam com chances matemáticas reduzida de participar da competição internacional. Dos dez últimos adversários do Santa nesta reta final de Brasileirão, cinco estão de olho na Libertadores.

O Santa Cruz enfrenta o Flamengo, vice-líder da Série A. Depois, o Corinthians (8º), a Ponte Preta (10º) e o Botafogo (9º). Em seguida, na antepenúltima e penúltima rodadas da competição, terá pela frente o Atlético-MG (3º) e Grêmio (7º). Todos com possibilidades de um ataque ao grupo dos seis primeiros colocados. 

- Esses times que estão brigando por Libertadores ganharam um novo estímulo com essa abertura de mais duas vagas. Mas, independente disso, seriam jogos difíceis de todo jeito porque eles estão bem e brigando na parte de cima da tabela - disse o técnico Doriva.

O Tricolor do Arruda é o vice-lanterna da Série A, a dez pontos do primeiro time fora da zona do rebaixamento - o Internacional, com 33 pontos.

- Estamos em uma situação dificílima porque estamos na parte de baixo da tabela. Aumentou a dificuldade porque vamos pegá-los estimulados. Mas não podemos escolher adversários ainda mais na nossa situação.

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