A Força abandonou o Dragão
Como pode ser?». Julen Lopetegui deixou a pergunta no ar, a seguir ao golo do Rio Ave, e a resposta só pode perturbar todo o reino azul e branco. Como pode ser? Não pode, ponto final. Um clube desta estirpe não pode falhar consecutivamente em pontos proibidos.
Mais um empate, o Sporting lá longe, a quatro pontos de distância.
Na verdade, por estes dias, a Força não mora nos jogadores deste FC Porto. Abandonou-os. Não há um Yoda a pensar o jogo com serenidade, não há um Obi Wan Kenobi com lucidez para indicar o caminho, não há sequer alguém com a coragem de Luke Skywalker, herói e desafiador.
Falhanço embaraçoso contra o Rio Ave, equipa na bruma, mergulhada nas trevas e entregue ao Darth Vader do País Basco. Julen Lopetegui é a máscara negra, robótica, incapaz de gerar empatia e liderar a equipa para o lado luminoso do campeonato.
Em Setúbal, o Sporting faz seis golos; na Luz, o Benfica marca seis também; no Dragão, o FC Porto cede contra um Rio Ave limitadíssimo da cabeça aos pés. Basta dizer que Pedro Martins fez duas estreias absolutas na Liga – Kizito e Zé Paulo – e entregou pela primeira vez a titularidade a Pedrinho e Krovinovic.
O FC Porto desperdiçou tudo. A tal limitação do adversário, a vantagem no marcador conseguida cedo – e com sorte, pois o remate de Herrera desvia em Kizito e trai Cássio – e o apoio praticamente unânime saído das bancadas.
É certo que o Rio Ave fez um golo exatamente da mesma maneira – por João Novais, desvio em Danilo -, mas por essa altura já o FC Porto jogava mal, para trás e para os lados, a respirar em pânico e a não saber muito bem o que fazer com a bola.
Por falar em apoio, regressemos ao tema: as palmas e os cânticos soaram ridículos, quase sempre. Foi como se o dragão tivesse o lábio borratado de bâton, as roupas em desalinho e todos os amigos dissessem que ele está ótimo, de boa saúde, física e psiquiátrica.
Neste caso concreto, o FC Porto não está. Os corpos dos jogadores marcham frios, as sensações térmicas são polares, a qualidade de jogo atinge o Grau Zero da qualidade. Há incompetência e, pior do que isso, há descrença.
O divórcio entre treinador e adeptos é total Arriscamo-nos mesmo a dizer que é irreparável.
Mas Lopetegui, se sobreviver a mais esta etapa feia da sua passagem pelo Dragão, voltará a dizer que tudo não passa de uma mentira criativa da comunicação social e que a sua equipa respira vida e qualidade.
OS DESTAQUES: ainda assim, Maxi Pereira
Podia o FC Porto ter vencido? Podia, claro. Mas há momentos definidores e o Maisfutebol recupera dois deles: aos 31 minutos, a ganhar por 1-0, a equipa roda, roda, roda e volta a rodar a bola, na zona do meio campo, até Marcano a receber no pé esquerdo e lançar Brahimi. Mal, para fora; aos 78 minutos, Brahimi vê André Silva a isolar-se, mas opta por jogar atrasado, para Aboubakar. Depois, sim, o camaronês lança o colega ponta-de-lança, já com o Rio Ave recomposto. Bola nas mãos de Cássio. Nulidade.
É triste o futebol desta equipa. Falta-lhe quase tudo.
Julen Lopetegui está há um ano e meio no clube: evolução? Zero. O FC Porto tem piorado consecutivamente, até atingir agora o pior ponto.
«Como pode ser?». Não pode, senhor Darth Vader do Dragão. Simplesmente, não pode.
Mais um empate, o Sporting lá longe, a quatro pontos de distância.
Na verdade, por estes dias, a Força não mora nos jogadores deste FC Porto. Abandonou-os. Não há um Yoda a pensar o jogo com serenidade, não há um Obi Wan Kenobi com lucidez para indicar o caminho, não há sequer alguém com a coragem de Luke Skywalker, herói e desafiador.
Falhanço embaraçoso contra o Rio Ave, equipa na bruma, mergulhada nas trevas e entregue ao Darth Vader do País Basco. Julen Lopetegui é a máscara negra, robótica, incapaz de gerar empatia e liderar a equipa para o lado luminoso do campeonato.
Em Setúbal, o Sporting faz seis golos; na Luz, o Benfica marca seis também; no Dragão, o FC Porto cede contra um Rio Ave limitadíssimo da cabeça aos pés. Basta dizer que Pedro Martins fez duas estreias absolutas na Liga – Kizito e Zé Paulo – e entregou pela primeira vez a titularidade a Pedrinho e Krovinovic.
O FC Porto desperdiçou tudo. A tal limitação do adversário, a vantagem no marcador conseguida cedo – e com sorte, pois o remate de Herrera desvia em Kizito e trai Cássio – e o apoio praticamente unânime saído das bancadas.
É certo que o Rio Ave fez um golo exatamente da mesma maneira – por João Novais, desvio em Danilo -, mas por essa altura já o FC Porto jogava mal, para trás e para os lados, a respirar em pânico e a não saber muito bem o que fazer com a bola.
Por falar em apoio, regressemos ao tema: as palmas e os cânticos soaram ridículos, quase sempre. Foi como se o dragão tivesse o lábio borratado de bâton, as roupas em desalinho e todos os amigos dissessem que ele está ótimo, de boa saúde, física e psiquiátrica.
Neste caso concreto, o FC Porto não está. Os corpos dos jogadores marcham frios, as sensações térmicas são polares, a qualidade de jogo atinge o Grau Zero da qualidade. Há incompetência e, pior do que isso, há descrença.
O divórcio entre treinador e adeptos é total Arriscamo-nos mesmo a dizer que é irreparável.
Mas Lopetegui, se sobreviver a mais esta etapa feia da sua passagem pelo Dragão, voltará a dizer que tudo não passa de uma mentira criativa da comunicação social e que a sua equipa respira vida e qualidade.
OS DESTAQUES: ainda assim, Maxi Pereira
Podia o FC Porto ter vencido? Podia, claro. Mas há momentos definidores e o Maisfutebol recupera dois deles: aos 31 minutos, a ganhar por 1-0, a equipa roda, roda, roda e volta a rodar a bola, na zona do meio campo, até Marcano a receber no pé esquerdo e lançar Brahimi. Mal, para fora; aos 78 minutos, Brahimi vê André Silva a isolar-se, mas opta por jogar atrasado, para Aboubakar. Depois, sim, o camaronês lança o colega ponta-de-lança, já com o Rio Ave recomposto. Bola nas mãos de Cássio. Nulidade.
É triste o futebol desta equipa. Falta-lhe quase tudo.
Julen Lopetegui está há um ano e meio no clube: evolução? Zero. O FC Porto tem piorado consecutivamente, até atingir agora o pior ponto.
«Como pode ser?». Não pode, senhor Darth Vader do Dragão. Simplesmente, não pode.
FC Porto-Rio Ave, 1-1 (destaques)
Maxi remou contra a maré, João Novais fez desabar a confiança portista
A figura
Maxi Pereira: Numa equipa azul e branca quase sem ideias e que se perdeu após o golo do Rio Ave, o defesa consegui manter a sua identidade e remaar contra a maré. Bem a fechar na defesa e muito dinâmico nas transições ofensivas, teve ainda alguns remates que não passaram longe da baliza de Cássio. Wakaso negou-lhe um golo quase certo já na segunda parte.
O momento
34 minutos, golo de João Novais: Numa altura em que o FC Porto dominava o jogo e que estava a vencer por 1-0, a equipa do Rio Ave começou a subir no terreno, aproveitando a alguma fragilidade defensiva azul e branca. Depois de dois avisos, João Novais, num remate de muito longe, viu a bola desviar em Danilo Pereira e fazer o empate. O FC Porto da primeira meia hora de jogo desapareceu e não mais se viu.
Negativo
Danilo Pereira: Não esteve nos seus dias... mas também não tem estado ultimamente. Muitos passes errados, lento a subir e mais ainda quando era necessário a reforçar a defesa. Ainda acaba por estar ligado ao golo do Rio Ave, já que é nele que a bola desvia após o remate de João Novais.
Outros destaques
Herrera: Aproveitou um alívio mal feito da defesa rioavista para um remate à entrada da área que, após um desvio, abriu o marcador, colocando o FC Porto em vantagem. Além do golo, pouco mais digno de nota.
André André: Tentou, tentou e não desistiu, apesar de as coisas nem sempre lhe saírem bem. Longe das exibições do início da época, mas sempre com a atitude aguerrida, fez a bola rondar por várias vezes a baliza de Cássio algumas vezes.
Corona e Brahimi: Alguns períodos de boas movimentações, a romper pela defesa rioavista e com cruzamentos precisos para a área, mas faltava quem lhes desse seguimento.
João Novais: Apanhou-se solto de frente para baliza, e resolveu arriscar o remate de longe, conseguindo, com ajuda de um desvio, o golo que fez o empate e abalou a equipa portista.
Krovinovic: Foi o mais rematador dos riavistas, tentando a sorte, quer na área, quer com remates de muito longe. Acabou por não conseguir fazer o gosto ao pé, mas não foi por falta de tentativas.
Cássio: Foi essencial para segurar o empate. Muito seguro, mesmo quando a pressão portista apertou mais. Sem culpa no golo, e a aparecer exímio nas bolas paradas.
Zé Paulo: Entrou bem no jogo, a conseguir criar alguns lances de muito perigo junto da baliza de Casillas.
Maxi Pereira: Numa equipa azul e branca quase sem ideias e que se perdeu após o golo do Rio Ave, o defesa consegui manter a sua identidade e remaar contra a maré. Bem a fechar na defesa e muito dinâmico nas transições ofensivas, teve ainda alguns remates que não passaram longe da baliza de Cássio. Wakaso negou-lhe um golo quase certo já na segunda parte.
O momento
34 minutos, golo de João Novais: Numa altura em que o FC Porto dominava o jogo e que estava a vencer por 1-0, a equipa do Rio Ave começou a subir no terreno, aproveitando a alguma fragilidade defensiva azul e branca. Depois de dois avisos, João Novais, num remate de muito longe, viu a bola desviar em Danilo Pereira e fazer o empate. O FC Porto da primeira meia hora de jogo desapareceu e não mais se viu.
Negativo
Danilo Pereira: Não esteve nos seus dias... mas também não tem estado ultimamente. Muitos passes errados, lento a subir e mais ainda quando era necessário a reforçar a defesa. Ainda acaba por estar ligado ao golo do Rio Ave, já que é nele que a bola desvia após o remate de João Novais.
Outros destaques
Herrera: Aproveitou um alívio mal feito da defesa rioavista para um remate à entrada da área que, após um desvio, abriu o marcador, colocando o FC Porto em vantagem. Além do golo, pouco mais digno de nota.
André André: Tentou, tentou e não desistiu, apesar de as coisas nem sempre lhe saírem bem. Longe das exibições do início da época, mas sempre com a atitude aguerrida, fez a bola rondar por várias vezes a baliza de Cássio algumas vezes.
Corona e Brahimi: Alguns períodos de boas movimentações, a romper pela defesa rioavista e com cruzamentos precisos para a área, mas faltava quem lhes desse seguimento.
João Novais: Apanhou-se solto de frente para baliza, e resolveu arriscar o remate de longe, conseguindo, com ajuda de um desvio, o golo que fez o empate e abalou a equipa portista.
Krovinovic: Foi o mais rematador dos riavistas, tentando a sorte, quer na área, quer com remates de muito longe. Acabou por não conseguir fazer o gosto ao pé, mas não foi por falta de tentativas.
Cássio: Foi essencial para segurar o empate. Muito seguro, mesmo quando a pressão portista apertou mais. Sem culpa no golo, e a aparecer exímio nas bolas paradas.
Zé Paulo: Entrou bem no jogo, a conseguir criar alguns lances de muito perigo junto da baliza de Casillas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário