quarta-feira, 19 de outubro de 2016

OPINIÃO COSME RÍMOLI

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“Campeonato manchado, coação, palhaçada.” Figueirense sabe que não tem chance de anular a partida com o Palmeiras. Mesmo com os erros de Igor Benevenuto. Mas diretoria busca, ao menos, evitar novas arbitragens desastrosas para tentar sobreviver na Série A…


O Fluminense tem as imagens do inspetor de arbitragem, Sérgio Santos, dizendo a Sandro Meira Ricci que a televisão mostrava que o gol de Henrique no Fla-Flu foi irregular. Mas o próprio presidente do STJD, Ronaldo Piacente, já avisa que a prova não é suficiente para anular o jogo, ao contrário do que prevê as regras do futebol. Haverá o julgamento, primeira quinzena de novembro, mas as chances de nova partida são nulas, pelas palavras de Piacente. Por obrigação, o STJD obrigou a CBF a tirar os pontos da vitória do Flamengo até o julgamento.

Se o clube das Laranjeiras com o caso cristalino não obterá êxito, o que o Figueirense tem a lucrar, com seu pedido de anulação do jogo contra o Palmeiras, domingo em Santa Catarina. Suas alegações estão em um vídeo assustador. Erros importantes do árbitro árbitro Igor Junio Benevenuto. O pior deles, no segundo gol do Palmeiras, quando Dudu cobra lateral 'de lado' e a bola toca fora do campo antes de chegar aos pés de Gabriel Jesus. Lance sem dúvida alguma irregular.
O time de Santa Catarina se apega aos artigos 84 e 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O 84 trata do pedido de impugnação de um jogo direto ao presidente do STJD. E ele terá dois dias para se posicionar sobre o pedido. O Artigo 259 trata dos erros de arbitragem. "A partida, prova ou equivalente poderá ser anulada se ocorrer, comprovadamente, erro de direito relevante o suficiente para alterar seu resultado."
Assim como no caso do Fla-Flu, o Figueirense só terá sucesso se o árbitro Igor Benevenuto for sua pior testemunha. Ou seja, afirmar que não sabia a regra do jogo. E que viu a bola tocando fora do campo, mas não sabia que era irregular. Só assim estaria confirmado o erro de direito e haveria nova partida.
Basta Benevenuto dizer que, do ângulo em que estava, a bola parecia ter entrado no gramado, a ação se esvai. E se transforma em mais um erro de fato, com centenas que ocorreram neste triste Campeonato Brasileiro.
A direção do Figueirense tem outra denúncia a ser levada ao STJD. A diretoria alega que Renato foi coagido pelo gerente do Palmeiras, Cícero Souza, a não jogar domingo. O volante foi emprestado pelo clube paulista em maio. Só que o Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol proíbe essa atitude. Desde janeiro de 2015.
218 1024x682 Campeonato manchado, coação, palhaçada. Figueirense sabe que não tem chance de anular a partida com o Palmeiras. Mesmo com os erros de Igor Benevenuto. Mas diretoria busca, ao menos, evitar novas arbitragens desastrosas para tentar sobreviver na Série A...
"A transferência por cessão temporária de atleta profissional pode ser convencionada pelo clube a que contratualmente o atleta está vinculado (cedente) a outro clube (cessionário), sendo nulas e de nenhum efeito quaisquer cláusulas ajustadas entre as partes que visem a limitar, condicionar ou onerar a livre utilização do atleta cedido por parte do cessionário, enquanto vigorar a cessão, respeitados os contratos celebrados antes da publicação deste Regulamento."
O Palmeiras pode ser punido. Mas a atitude não caracteriza algo tão importante que possa anular o jogo de domingo. Até mesmo a diretoria do Figueirense sabe disso.
Os dirigentes do clube já conseguiram seu intento. Ao protocolar o pedido de anulação chamou a atenção da imprensa brasileira, da CBF e da Comissão de Arbitragem. O Figueirense se sente prejudicado pelos juízes durante todo o torneio nacional. Está na zona do rebaixamento, na 18ª posição. Restam sete partidas.
O presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger, já deixou claro. Se seu clube for prejudicado, reunirá novamente a imprensa, e mostrará o porquê de considerar manchado o Campeonato Brasileiro de 2016. Os motivos que acredita que os torcedores catarinenses estão sendo feitos de 'palhaços'.
Tudo o que ele não quer é seu time de volta para a Série B. Não conduzido por arbitragens desastrosas. Ou como Brillinger qualifica, de premeditadas.
O STJD deverá dar a resposta se acata o pedido de anulação da partida contra o Palmeiras, o líder do Brasileiro, nas próximas horas. Se for positiva a sua resposta, os três pontos da vitória paulista serão desconsiderados. E, assim como Flamengo e Fluminense, Figueirense e Palmeiras terão ao lado dos seus pontos na tabela, o amaldiçoado e desmoralizante asterisco.
Pelo menos até o julgamento.
É possível que os casos sejam julgados no mesmo dia.
Figueirense e Fluminense não deverão ter sucesso.
Os jogos só serão anulados de uma maneira.
Se os árbitros Ricci e Benevenuto testemunharem contra eles.
Decidirem acabar com suas carreiras.
O que é mais do que improvável.
Os clubes fizeram valer seus direitos.
Ao menos mostraram o quanto são despreparados os árbitros.
O erros primários foram tantos que o Brasileiro está manchado.

E com sua credibilidade ferida de morte...

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