sábado, 22 de outubro de 2016

Erros, cotas e expectativas de dinheiro a receber: Alírio Moraes expõe finanças do Santa Cruz


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Presidente espera injeção de até R$ 4 milhões até fim do ano, admite falha no planejamento financeiro e diz que clube não consegue fechar contas no verde


Fechar um mês com a conta no verde tem sido uma tarefa impossível para o Santa Cruz. Com despesas maiores que as receitas, tem sobrado para os jogadores (com dois meses de salários atrasados) e, principalmente, para os funcionários (que chegam a cinco folhas de atraso). Situação fruto de um “erro estratégico” da direção, como admite o próprio presidente Alírio Moraes. O mandatário expôs as finanças corais e, apesar do cenário financeiro caótico e até com direito a greve dos seus trabalhadores,enxerga um fim de ano melhor para os cofres do Tricolor.

Alírio projeta o recebimento de um valor de até R$ 4 milhões, que deve entrar no Santa até o término de 2016. Segundo ele, são R$ 1,7 milhões do restante a ser pago pela Conmebol devido à participação do time na Copa Sul-Americana, R$ 2 milhões de cotas de televisão e “o restante”, algo em torno de R$ 300 mil, referente a patrocínio.  

A quantia não é capaz de saldar todas as dívidas do clube, afirma o presidente. Porém, é fundamental para quitar despesas importantes, a exemplo das que mantém com o funcionalismo. “Na segunda-feira, devo passar fora para consolidar desbloqueios. O valor é insuficiente para pagar as contas que precisam ser pagas. Estou trabalhando no campo pessoal, com linhas de financiamento, de maneira que eu, de fato, espero que até o fim do ano, no Natal, possamos estar confraternizando com funcionários numa tranquilidade muito grande”, declarou.

O presidente assume a sua responsabilidade. Diz que errou nas contas no começo do ano. Esperava que repasse de fornecedor de material esportivo de um pré-contrato com a Dry World fosse maior que o da parceira atual, a Penalty. Ansiava uma receita maior de bilheterias e também um aumento mais significativo no quadro de sócios (a intenção era chegar a 20 mil e hoje está na casa dos 14 mil). Também não esperava que o clube sofresse com sucessivos bloqueios judiciais, como os cotas de televisão e de parte do repasse da Conmebol.

“Foi um erro de estratégia financeira. Foi dada como certa uma receita que não entrou. O torcedor fica confuso com isso porque se fala em R$ 23 milhões anuais (de cotas da televisão). Numa conta rasteira, seriam R$ 2,3 milhões por mês (na verdade, R$ 1,9 milhão), mas para um clube que gasta R$ 3,5 milhões mensais pagando os seus passivos”, contou. “Sempre tenho pagamento de mês deficitário. Tenho que buscar diferença ou vou deixar de pagar compromissos. Fato é que funcionários foram sacrificados.”

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Santa Cruz fica sem renda após jogo com o Bota e volta a ter que pagar para atuar no Arruda

Receita da partida novamente não cobriu despesas do estádio, taxas e impostos e clube precisa desembolsar R$ 1.552,47; contra o Atlético-PR, aconteceu o mesmo


A situação financeira do Santa Cruz já é crítica. Atrasos de dois meses ao elenco. De cinco aos funcionários, que chegaram a fazer uma paralisação nos seus serviços entre quinta e esta sexta-feira. Diante desse contexto de escassez, não tem minado dinheiro em uma das fontes de arrecadação do clube: a receita das partidas na Série A do Brasileiro. A direção coral voltou a ter que pagar para jogar em casa. Depois de ter perdido por 1 a 0 para o Botafogo, no Arruda, o Tricolor vai ter ainda que desembolsar R$ 1.552,47 por causa de impostos, taxas e custos operacionais do estádios, que tiveram valores mais elevados que o da receita nas bilheterias.

O Santa Cruz arrecadou R$ 24.460 pela venda dos ingressos. Porém, as despesas do jogo ficaram na casa dos R$ 26.012,47 e a renda líquida acabou sendo negativada. O ex-técnico coral Doriva chegou até a fazer críticas a presença do público ao descer para os vestiários após o revés. "Vocês querem vir na Série D, mas tem de vir na Série A”, bradou. Não é a primeira vez que o clube tem de pagar para atuar no José do Rego Maciel. A primeira foi contra o Atlético-PR, na 25ª rodada. Na ocasião, R$ 1.446,21 (R$ 106,26 a menos que agora).

A falta de público no decorrer do campeonato chegou a fazer a direção vender o mando de campo do duelo com o Corinthians, pela 30ª rodada do Brasileiro, para a Arena Pantanal, em Cuiabá. Ainda assim, a arrecadação foi aquém do esperado. O clube ansiava por algo em torno de R$ 500 mil, mas obteve apenas R$ 150.752,50 (sendo R$ 100 mil pelo fechamento do acordo com o empresário de Brasília que propôs o negócio).

Com 16 partidas disputadas como mandante na Série A, sendo 14 no Arruda, uma na Arena de Pernambuco (diante da Chapecoense) e outra na Arena Pantanal (contra o Corinthians, o Tricolor é apenas a 13ª equipe da Série A no ranking de pagantes (com 9.865 pessoas por jogo). Penúltimo em ocupação média das arquibancadas - apenas com 17% (na frente só do América-MG no Independência, com 15%). Vale salientar que a média de preços de ingressos cobrados pelo clube está no top 10 da Primeira Divisão.

Rendas líquidas nos jogos anteriores:
Santa Cruz 0 x 1 Botafogo: R$ 1.552,47 (Negativo)
Santa Cruz 2 x 3 Corinthians (Arena Pantanal)
Santa Cruz 3 x 2 Palmeiras: R$ 64.709,79
Santa Cruz 1x0 Atlético-PR: R$ 1.446,21 (Negativo)
Santa Cruz 2x2 Chapecoense (Arena de Pernambuco): R$ 181.372, 85
Santa Cruz 0x1 Fluminense: R$ 78.471,24
Santa Cruz 1x2 São Paulo: R$ 163.368,31
Santa Cruz 0x1 Coritiba: R$ 91.746,21
Santa Cruz 1x0 Internacional: R$ 82.084,69
Santa Cruz 0x3 Ponte Preta: R$ 76.766,39
Santa Cruz 0x1 Flamengo: R$ 169.294,29
Santa Cruz 1x0 Figueirense: R$ 90.529,29
Santa Cruz 0x2 Santos: R$ 137.669,54
Santa Cruz 0x1 Sport: R$ 233. 932,29
Santa Cruz 4x1 Cruzeiro: R$ 202. 340,31
Santa Cruz 4x1 Vitória: R$ 194.548,26

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Keno acerta com Palmeiras e Santa Cruz aguarda definição de valores que receberá por "vitrine"

Campeão estadual e da Copa do Nordeste, Keno chamou a atenção de grandes equipes do Brasil por ter conseguido se destacar em um time limitado


O Tricolor não foi comunicado oficialmente, mas “descobriu” o acerto do jogador com o Palmeiras. Agora, espera receber a sua parte da negociação. “Já sabemos que ele acertou tudo. São José e Palmeiras acertaram as bases e ele vai jogar lá. Tínhamos assinado um pré-contrato, mas isso não garante nada. Agora só iremos esperar o comunicado do São José sobre a taxa de vitrine, que é de 30%”, disse o vice-presidente coral, Constantino Júnior.

"Kenômeno"
Na primeira passagem pelo Santa Cruz, em 2014, Keno mostrou habilidade, velocidade e disposição, mas grande dificuldade para finalizar. Sua contratação para a temporada de 2016 foi vista, de certo modo, com desconfiança. Mas o jogador mostrou a mesma habilidade de dois anos atrás, aliada a uma pontaria calibrada. Seus avanços pelo lado esquerdo se transformaram na principal jogada do time, desde o início do ano.

Campeão pernambucano e da Copa do Nordeste, chamou a atenção de algumas grandes equipes do Brasil na Série A por ter conseguido se destacar em um time limitado como o do Santa Cruz. Elogiado pelo técnico do Santos, Doriva Júnior, chegou a ser dado como certo na Vila Belmiro. Até o Palmeiras entrar na disputa. Supostamente, oferecendo mais dinheiro ao São José.

Keno no Santa


Em 2016
56 jogos
17 gols
0,30 gol por jogo
9 gols na Série A

Em 2014
27 jogos
3 gols
0,11 gol por jogo

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