terça-feira, 18 de outubro de 2016

Diante de iminente queda, Tiago Cardoso lamenta momento do Santa: "É vergonhoso"


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Com apenas sete partidas a serem ainda disputadas, o Tricolor, estagnado nos 23 pontos, não alcança mais a margem histórica para que seja evitado o rebaixamento


Restando somente mais sete rodadas até o fim do campeonato, o Santa Cruz vai ensaiando o adeus à elite do Brasileiro. Matematicamente, o tricolor ainda não foi rebaixado. No entanto, após a derrota para a Ponte Preta na última rodada, e com apenas mais 21 pontos a serem disputados no torneio, o Tricolor não chega mais a margem histórica segura, de 46 pontos, para que seja evitado o rebaixamento para a Segunda Divisão. A queda é, portanto, quase irreversível para o time pernambucano. Diante deste quadro, o goleiro e ídolo do clube Tiago Cardoso, que esteve presente em toda a trajetória de recuperação e ascensão do Tricolor da Série D à Série A em 10 anos, revela o sentimento de frustração e vergonha que carrega por não ter, junto à equipe, atingido o resultado almejado.

“É doloroso. É vergonhoso estar nesta situação. A gente não pensava isso, não sonhava isso. Eu posso falar particularmente. A minha esposa e os meus filhos sabem da vergonha que eu tenho de andar na rua, às vezes. Não pelo trabalho, que todo mundo deu seu máximo. A vergonha é porque a gente não conseguiu resultado. Sabemos o sofrimento que foi colocar o Santa Cruz numa Série A”, recorda. “Não conseguir êxito é frustrante. É triste. Não tinha passado por isso. Para mim, foi muito difícil. Doloroso. Agora é levantar a cabeça, trabalhar, continuar firme, porque a vida continua”, completou.

O arqueiro, no entanto, com as últimas sete partidas a serem disputadas, descarta a possibilidade ter ‘jogado a toalha’ e evita falar em planos para 2017. “O professor (Doriva) não falou nada. Não ouvi falar em próximo ano. Tem que focar no Botafogo. Evito planos para o próximo ano. Tenho contrato com o clube.” De volta à equipe na partida diante da Ponte Preta devido a um trauma na coluna sofrido por Edson Kölln, Cardoso prega foco nos três pontos a serem conquistados e olhos no futuro, em detrimento do que já passou. “Circunstância para a gente é de vida ou morte. É entrar focado em busca da vitória a todo custo. Não dá para olhar o que passou. Temos que mudar o futuro com as ações de hoje. Dentro de casa, a gente vai ter que dar o máximo, sair esgotado”, completou.

O que não deu certo na Série A
Diante dos resultados, o arqueiro, ainda, atribuiu à irregularidade entre os setores o mau desempenho da equipe no campeonato.  “Não encontramos regularidade. Quando defesa estava bem, ataque não estava. Quando o ataque estava, a defesa não. Quando o lado esquerdo vinha bem, o problema era o direito. Faltou equilíbrio na competição. E por muitos fatores que vocês e os torcedores sabem: questões extracampo, viagens, lesões,” explicou. Para ele, por esse motivo, o Tricolor deixou escapar a oportunidade de garantir os três pontos em mais de uma vez. “ Vários jogos dominamos o adversário. Tínhamos a oportunidade de matar, não aproveitávamos e sofriamos os gols”, analisou.

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Santa Cruz deve melhorar defesa para não voltar a figurar entre as piores retaguardas da elite

Desempenho na Série A de 2006 fez Tricolor ser terceiro time mais vazado na história do campeonato no atual modo de disputa; se seguir em baixa, pode superar vexame


O sistema defensivo do Santa Cruz tem mostrado uma vulnerabilidade que não mostrou durante toda a temporada. Nos últimos seis jogos na Série A, que coincidem com derrotas consecutivas no campeonato, o time sofreu 19 gols. Uma alta média de 3,1 por partida. Entrou peça, saiu peça, mas a retaguarda não demonstrou sinais de progresso. Necessita melhorar urgentemente. Não que uma evolução do setor seja capaz de mudar o rumo da equipe, com o rebaixamento à Segunda Divisão “praticamente irreversível”, como já taxa até o próprio técnico Doriva. Mas, sobretudo, para o Mais Querido não entrar no ranking das piores defesa do Brasileirão no atual formato de disputa. De novo, no caso. O desempenho coral em 2006, quando viu a bola entrar em suas redes 76 vezes, fez do clube ser até hoje o terceiro pior sistema defensivo da história da elite em números absolutos. Evitar novos vexames é preciso.

Há duas rodadas, quando enfrentou o Corinthians e perdeu por 4 a 2, o Santa Cruz ultrapassou a Chapecoense e passou a ser o time que mais sofreu gols nesta Série A. Antes disso, porém, já vinha sendo exageradamente vazado. Se a equipe mantiver a média dos seus seis últimos jogos (3,1) nas sete partidas restantes do campeonato, terminaria com 79 gols sofridos. Igualaria, portanto, os números do Náutico de 2013 - menos vazado na história apenas que o América-RN, com 80, em 2007.

A média geral de gols levados pelo Santa Cruz neste Brasileiro é bem menor que a desse último recorte de seis derrotas: 1,8. Ainda assim, a maior entre os 20 clubes participantes. Ao menos, se o parâmetro coral para as derradeiras rodadas for esse seu número global, a sua defesa não teria números absolutos tão vexatórios ao término da Série A. Acabaria a competição com “apenas” 69 gols sofridos. Longe do topo deste ranking tão amargo. 

Não de agora, Doriva tem cobrado melhora na retaguarda do time. No entanto, após o 3 a 0 sofrido para a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, o treinador (já notadamente desalentado com o futuro do Santa Cruz na Serie A) foi mais duro nas palavras. “O Campeonato Brasileiro tem alto nível de rendimento. Você tem que ser participativo todo o tempo: noventa minutos de intensidade e de comprometimento. A gente está deixando cair isso e, lógico, vai sobrecarregar a nossa defesa, que vai tomar os gols”, afirmou, sem restringir a culpa unicamente ao setor pelo mau retrospecto. 

Encontrar um caminho para tornar o sistema defensivo menos inconsistente é difícil. Peças já foram mudadas. Até mesmo o goleiro e ídolo Tiago Cardoso, agora de volta à titularidade, chegou a ser trocado por Edson Kölln. Sem tempo suficiente para treinar e se deparando com um elenco desmotivado, Doriva tenta arrancar estímulo com a mesma ladainha. “A gente busca encorajar os jogadores, mas eles têm que entender que Campeonato Brasileiro é uma grande vitrine. Não dá para jogar a toalha, baixar a guarda. Atleta sempre tem que pensar no futuro.”

As piores defesas desta Série A: 
Santa Cruz (57), Chapecoense (50), América-MG (50) e Sport (48).

Os últimos seis jogos:
19 Gols sofridos/3,1 em média 

Ponte Preta 3 x 0 Santa Cruz
Moisés Lucarelli

Santa Cruz 2 x 4 Corinthians
Arena Pantanal

Flamengo 3 x 0 Santa Cruz
Pacaembu

Santa Cruz 2 x 3 Palmeiras
Arruda

Figueirense 3 x 1 Santa Cruz
Orlando Scarpelli

Santos 3 x 2 Santa Cruz
Pacaembu

Piores defesas da Série A no atual sistema: 2007: América-RN: 80 (64 nesta rodada)
2013: Náutico: 79 (62 nesta rodada)
2006: Santa Cruz: 76 (62 nesta rodada)
2011: Avaí: 75 (65 nesta rodada) 

As piores defesas em cada ano

2006

Santa Cruz: 76 (20°)
Palmeiras: 70 (16°)
Ponte Preta: 65 (17°)
Atlético-PR: 62 (13°)

2007
América-RN 80 (20°)
Juventude: 65 (18°)
Paraná: 64 (19°)
Náutico: 63 (15°)

2008
Figueirense: 73 (17°)
Vasco: 72 (18°)
Portuguesa: 70 (19°)
Ipatinga: 67 (20°)

2009
Náutico: 71 (19°)
Sport: 71 (20°)
Goiás: 65 (9°)
Santo André: 61(18°)

2010

Goiás: 68 (19°)
Atlético-MG: 64 (13°)
Prudente: 64 (20°)
Avaí: 58 (15°)

2011
Avaí: 75 (20°)
América-MG: 69 (19°)
Ceará: 64 (18°)
Atlético-MG: 60 (15°)

2012
Figueirense: 72 (20°)
Atlético-GO: 67 (19°)
Coritiba: 60 (13°)
Sport: 56 (17°)

2013

Náutico: 79 (20°)
Criciúma: 63 (14°)
Vasco: 61 (18°)
Ponte Preta: 55 (19°)

2014
Palmeiras: 59 (16°)
Criciúma: 56 (20°)
Vitória: 54 (17°)
Botafogo: 48 (19°)

2015
Avaí: 60 (17°)
Vasco 54 (19°)
Flamengo: 53 (12°)
Palmeiras: 51 (9°)


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DM do Santa Cruz coloca o zagueiro Neris à disposição e Luan Peres deve retornar à reserva

Zagueiro foi vetado do último jogo por causa de cansaço muscular na coxa direita


Neris tem chances de retornar ao time titular do Santa Cruz. Após incômodo no músculo adutor da coxa direita que o tirou da rodada passada, contra a Ponte Preta, o zagueiro foi colocado à disposição do técnico Doriva pelo departamento médico e deve enfrentar o Botafogo nesta quarta-feira, no Arruda. Sendo assim, Luan Peres deixaria a titularidade da equipe tricolor.  

“Neris se queixou de um cansaço muscular. Resolvemos deixá-lo de fora. Pretendo fazer um exame de imagem nele para saber ver se tem ainda cansaço. Mas, a princípio, é um jogador que o treinador pode contar para o jogo de quarta-feira”, disse o médico Wilton Bezerra. “Se ele estiver bem, vai para o jogo. A parte física dele está bem”, emendou. Neris é titular absoluto da zaga do Santa Cruz na Série A do Brasileiro. Fez 18 partidas no total em 31 rodadas na competição, todas como titular.

Mais departamento médico
O departamento médico coral conta ainda com quatro “pacientes”: Edson Kölln (ainda vetado por dores nas costas), Pisano (em repouso em casa por causa de caxumba e de volta ao Arruda só na próxima semana), Wellington Cézar (recém-operado no joelho direito) e Tiago Costa (machucado no tornozelo e de fora da temporada). Depois de tendinite nas duas pernas, Derley foi liberado nesta segunda-feira, conforme o previsto, e iniciou a transição para poder atuar contra o Botafogo.

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