domingo, 31 de janeiro de 2016

Primeira Liga de Portugal - noticias

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Sporting-Académica, 3-2 (crónica)


Drama e muita polémica, mas desta vez, depois do tropeção frente ao Tondela (2-2), o Sporting conseguiu desfazer o empate diante da Académica (3-2) e garantiu, pelo menos, mais uma semana na liderança, num jogo impróprio para cardíacos. Os leões entraram no jogo praticamente a perder, viraram o resultado antes do intervalo, mas permitiram novo empate, com um golo claramente irregular, mas que acabou por ser validado por Cosme Machado. Depois foi sofrer muito até ao precioso golo de Montero a quatro minutos do fim. 
  
Confira a FICHA DO JOGO 

Mas comecemos pelo início que contou com duas surpresas na constituição das equipas, com Rúben Semedo, resgatado esta semana ao V. Setúbal, a entrar diretamente no onze, para o lugar de Ewerton [Paulo Oliveira estava castigado], tal como Carlos Mané que, depois de ter estado muito perto de ser reforço do Hamburgo, estreou-se esta noite como titular em jogos da Liga. Uma remodelação que contou ainda com Zeegelaar no lugar de Jeferson no lado esquerdo da defesa. Os leões procuraram impor uma intensidade forte desde o primeiro minuto, mas assim que o ritmo abrandou, aos 9 minutos, num demorado pontapé favorável à Académica, sofreram um golo. Canto rasteiro marcado por Leandro Silva, sobre a esquerda, e Rafa Soares a vir do nada para marcar, com um pontapé colocado, sem qualquer oposição. Tudo a dormir na defesa leonina. 

Reviravolta antes do intervalo 
  
Em reação, os leões aumentaram ainda mais a intensidade do jogo, com um ataque que se estendia a toda a largura do terreno, com muitas aberturas para as laterais, com Zeegelaar muito em jogo, mas sobretudo na zona central, onde se destacavam João Mário e Adrien, com especial destaque para as ações do capitão dos leões, com muita liberdade de ação na zona frontal. O jogo concentrou-se junto à área de Pedro Trigueira, Bryan Ruiz fez uma primeira ameaça e, logo a seguir, Adrien marcou, na sequência de um lance individual. Recebeu uma bola já no interior da área, sobre a esquerda, deixou Fernando Alexandre nas covas e, já com angulo apertado, atirou a contar para o segundo poste. 


  
Alvalade respirava de alívio, mas o empate com o Tondela (2-2), no último jogo em casa, estava ainda fresco na memória e pedia-se mais. Jorge Jesus terá pedido demais e recebeu mesmo ordem de expulsão. O treinador ainda terá ouvido os festejos do segundo golo a caminho das bancadas. Um enorme «brinde» da Académica, ou melhor de Nuno Piloto, que deixou-se desarmar por João Mário em zona proibida, à entrada da área. Carlos Mané desceu até à linha de fundo e cruzou para um golo fácil de Bryan Ruiz. A dois minutos do intervalo, os leões davam a volta ao resultado. 
  
A Académica, depois do primeiro golo [único remate que fez à baliza de Patrício], pouco mais acrescentou, tirando um contra-ataque conduzido por Marinho que Hugo Sêco não conseguiu dar bom seguimento. Jorge Jesus já não estava no banco, mas continuava a querer mais e, nesse sentido, prescindiu de William Carvalho [continua longe do seu melhor e terminou a primeira parte a coxear] para lançar Gelson Martins para a segunda parte. 
  
Caso, empate e nova montanha para subir 
  
O Sporting regressava ao relvado com uma frente de ataque ainda mais maleável, com Gelson e Mané a ocuparem as alas deixando o «carrocel» na zona central entregue a Adrien, João Mário, Bryan Ruiz e Slimani. Por outro lado, os leões ficavam mais descobertos em termos defensivos e Filipe Gouveia tentou explorar esse pormenor, abdicando de Nuno Piloto para juntar Gonçalo Paciência a Rafael Lopes na frente. As duas equipas estavam ainda a enquadrar-se nos novos sistemas de jogo quando se deu o caso do jogo. 
  
Livre para a Académica, Patrício sai de entre os postes para afastar com os punhos, Ricardo Nascimento cabeceia à entrada da área e Ewerton, na disputa de uma bola com João Real, acaba por desviar para as próprias redes. Num primeiro momento, o auxiliar assinala fora de jogo [e bem, porque João Real fez-se ao lance e tem apenas Ewerton à frente], mas o árbitro de Braga, depois de uma conversa junto à linha, inverteu a decisão e validou mesmo o golo. 
  
O Sporting estava obrigado a subir mais uma montanha e Jorge Jesus lançava ainda Montero para a contenda, abdicando de Mané, enquanto a Académica apressava-se a recuar na defesa do empate. Num lançamento rápido de Montero, Slimani esteve muito perto de marcar, com um chapéu que Trigueira conseguiu desfazer com uma grande defesa. Faltavam vinte minutos para o final, o Sporting não jogava propriamente bem, mas tinha muita gente na frente e muito coração para chegar ao terceiro golo. Bryan Ruiz teve outra oportunidade soberana, mas acabou desarmado por Trigueira. 
  
Pelo meio, Aderlan viu um segundo cartão amarelo e a Académica ficou reduzida a dez. A pressão era cada vez mais intensa, apesar do futebol confuso, desconexo, mas ainda com muito coração. Adrien também esteve perto, mas foi Montero que fez descansar Alvalade, aos 87 minutos (!), tirando proveito de um erro crasso de Hugo Sêco. O Sporting recuperava a vantagem, mas o sangue continuava a ferver. Gelson e Montero atrapalharam-se um ao outro e desperdiçaram novo golo, enquanto Cosme Machado expulsava também Nélson do banco. 
  
A verdade é que o Sporting acabou superar todos os «obstáculos» e acabou por conseguir o essencial e, desta forma, a certeza que continua a ser o dono do primeiro lugar, pelo menos, por mais uma semana. 

Estoril-FC Porto, 1-3 (crónica)


Com André André no comando das operações e com Layún na linha de assistência, o FC Porto voltou a sair da região de Lisboa com um sorriso. Após catorze jogos sem ganhar na zona da capital, os dragões conseguiram somar três pontos no Estoril e assim dar um ponto final positivo a um «mensis horribilis». 
  
Foi apenas a quarta vitória da equipa azul e branca no primeiro mês de 2016, tantas quantas as derrotas (mais um empate). José Peseiro tem muito trabalho pela frente, como já se sabia, mas o triunfo na Amoreira permite subir os níveis de confiança de uma equipa que já parece um pouco mais vertical no plano ofensivo do que era com Julen Lopetegui. Algo que se vê inclusive no atrevimento ofensivo dos laterais, que procuram movimentos de rutura e não aparecem apenas numa segunda vaga. 
  
Marcar cedo não basta 
  
Ferido, o dragão sofreu mais um golpe logo ao quarto minuto, aplicado por um jogador que na época passada até esteve na equipa B azul e branca. O fulminante cabeceamento de Diego Carlos após canto de Marion confirmou a tendência recente do Estoril para golos madrugadores, mas tal como na receção ao Benfica, há duas semanas, a equipa «canarinha» acabou por permitir a reviravolta. 
  
O FC Porto respondeu também de canto, mas o desvio de Aboubakar ao primeiro poste não encontrou correspondência mais atrás. Não foi de bola parada, foi em contra-ataque que a equipa visitante chegou ao empate. 
  
Com liberdade total para subir pelo flanco esquerdo (Marion já andava esgotado a meio da primeira parte), Layún recebeu um passe de André André e já na área serviu a finalização simples de Aboubakar. 
  
O camaronês respirou de alívio e o FC Porto recuperou confiança. Comandada por André André e com uma postura mais vertical, a equipa de José Peseiro assumiu as rédeas do encontro, com o meio-campo do Estoril incapaz de estancar a situação. 
  
Os dragões até deram a volta ao marcador com um golo de canto (34m), apontado por Danilo após mais uma assistência de Layún (a 11ª na Liga), mas já começavam a justificar a vantagem no marcador. 
  
Melhor em campo, André André teve duas ocasiões claras para marcar. Uma ainda antes do golo de Danilo, travada por Kieszek com a perna direita (27m) e outra depois, que saiu a centimetros do poste (38m). 
  
À espera do MVP para fechar 
  
Com um futebol previsível e lento, logo a partir da zona defensiva, o Estoril praticamente nunca conseguiu aproximar-se do empate na segunda parte. Com Leo Bonatini bem vigiado pelos centrais portistas, apenas Gerso deu alguma luta a Maxi (com amarelos pelo meio, sendo que o uruguaio «limpa» na próxima jornada), mas o extremo do Estoril atirou por cima da barra na única ocasião «canarinha» da etapa complementar. 
  
Embora com o jogo aparentemente controlado, o FC Porto deixou arrastar a vantagem mínima em demasia, mas já na parte final do encontro voltou a contar com André André para resolver o encontro. O médio começou por servir Aboubakar para um falhanço incrível do camaronês, a um palmo da linha de baliza (77m), mas depois aproveitou uma defesa de Kieszek a remate de Corona para marcar o terceiro golo portista. 

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