Atento ao mercado, Galo monitora Hyuri, Marquinhos Gabriel e Maicosuel
Time mineiro inicia o ano sem anunciar contratações, mas diretoria se movimenta nos bastidores para montar o elenco até a estreia na Libertadores
O ano de 2016 começa nesta segunda-feira para o Atlético-MG com a reapresentação dos jogadores e comissão técnica na Cidade do Galo. O diretoria atleticana fechou dezembro sem anunciar contratações para a nova temporada. No entanto, os bastidores do clube foram movimentados nas últimas semanas. Além das primeiras ofertas pelo zagueiro Jemerson e as tratativas para a contratação de meia Juan Cazares, do Banfield,vários nomes passaram pela pauta de reforços do time alvinegro. Os nomes dos meias Maicosuel, emprestado pelo Atlético-MG ao Al Sharjah (Emirados Árabes); Marquinhos Gabriel, que defendeu o Santos em 2015 e tem o interesse de vários clubes brasileiros, e do atacante Hyuri, do Guizhou Renhe, da China, são temas de conversas entre os dirigentes atleticanos.
O Galo também está de olho no zagueiro Erazo. Diante da possível negociação de Jemerson para o mercado europeu, a diretoria está perto de contratar o equatoriano para reforçar a defesa.
Quem parece estar mais perto da Cidade do Galo é Hyuri, de 24 anos. Revelado pelo Audax-RJ, o jogador se destacou com a camisa do Botafogo no Campeonato Brasileiro de 2013. Após a competição, ele foi negociado com o futebol asiático. O contrato dele vence no início do segundo semestre de 2016. As conversas com a diretoria do Atlético-MG estão em andamento. Nesta semana, o Galo espera uma resposta positiva sobre a possibilidade de repatriar o jogador.
O meia-atacante Marquinhos Gabriel, de 25 anos, foi oferecido por empresários ao Atlético-MG. Mas a pedida de cerca de R$ 15 milhões pelos direitos econômicos do jogador, que pertence ao Al-Nassr, da Arábia Saudita, emperrou as negociações. A quantia está fora dos planos do Galo, que só aceita retomar o assunto se o valor for reduzido. O atleta, destaque do Santos no ano passado, tem interesse em permanecer no Brasil. Marquinhos também é alvo do Corinthians,que também anseia ver alguma redução nas cifras pedidas pelos árabes.
A possibilidade do retorno do meia Maicosuel ao Atlético-MG também é uma possibilidade. Emprestado até o meio do ano ao Al Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, com o clube estrangeiro pagando cerca de R$ 1,8 milhão aos cofres dos Galo, o jogador não está passando por uma boa fase. O técnico da equipe teria comunicado que o meio-campo não estaria mais nos planos. O ex-atacante Lê, empresário de Maicosuel, desconhece a situação e acredita que o jogador não vá deixar o Al Sharjah. Em Belo Horizonte, Eduardo Maluf, diretor de futebol do clube, vê como "difícil" a situação e não vê motivos para o atleta voltar ao Brasil neste início de ano e não acredita que o clube árabe irá se desfazer do meia.
Além das três negociações o Atlético-MG pode confirmar a troca do atacante André por Rafael Moura, com o Internacional, nos próximos dias. O Galo também aguarda a resposta dos representantes do zagueiro Erazo sobre a proposta feita pelo clube. A diretoria tem reunião com o empresário do equatoriano neste domingo para concretizar o acerto.
O primeiro jogo do Atlético-MG em 2016 está marcado para o dia 13 de janeiro, quando o time do técnico Diego Aguirre enfrenta os alemães do Schalke 04, no Torneio da Flórida, nos Estados Unidos. A estreia do Galo no Campeoanto Mineiro será no dia 31, contra o Uberlândia, no Triângulo. Segundo o presidente do clube, Daniel Nepomuceno, a estreia do Atlético-MG na Libertadores está marcada para o dia 17 de fevereiro, contra o Melgar, em Arequipa, no Peru. A Conmebol ainda não oficializou a tabela da competição.
globo.com
Do interior gaúcho à Libertadores: a ascensão meteórica de Roger em 2015
Treinador iniciou o ano no comando do Novo Hamburgo para a disputa do Gauchão e sem divisão. Meses depois, terminou na terceira posição do Brasileirão com o Grêmio
Quando foi anunciado como técnico do Novo Hamburgo para o Gauchão 2015, no dia 19 de dezembro de 2014, Roger Machado sequer poderia pensar que, um ano depois, estaria consolidado como a revelação do futebol brasileiro fora das quatro linhas e com uma Libertadores logo à frente. O terceiro lugar no Brasileirão com o Grêmio e a renovação de contrato por mais dois anos tornam a ascensão do treinador ainda mais precoce, mas definitiva.
O sucesso de Roger na temporada pode ser considerado melhor até do que o próprio Grêmio. Há motivos para o torcedor sonhar com um 2016 ainda superior. Na retrospectiva abaixo, o GloboEsporte.com cita os fatos que fizeram de 2015 um ano inesquecível para o treinador. Confira:
CAMINHO CURTO, MAS DIFÍCIL
O 2015 meteórico de Roger iniciou ainda em 2014, quando ele decidiu deixar o cargo de auxiliar técnico que ocupava no mesmo Grêmio desde 2011. Foi contratado pelo Juventude para a disputa do Gauchão daquele ano e acabou eliminado nas oitavas de final. Com uma campanha irregular no começo da Série C, despediu-se da serra gaúcha no final de julho.
Usou o tempo sem clube para um período de estágio no futebol italiano. Dali, para o Novo Hamburgo, que levou até as quartas de final do Campeonato Gaúcho de 2015. O ex-lateral esquerdo gremista que brilhou na década de 1990 seria eliminado pelo Tricolor de Felipão na disputa por pênaltis, em plena Arena, no dia 9 de abril.
Roger começou o ano como técnico do Novo hamburgo (Foto: Diego Guichard)
Sem contrato após a participação no Estadual, Roger procurava um novo desafio para preencher a temporada. E o telefone tocou na noite de 25 de maio. Era o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, convidando-o para assumir o cargo deixado por Scolari. É bem verdade que as preferências eram Doriva e Cristóvão Borges, mas quis o destino que o comando caísse no colo de Roger e o anúncio oficial veio no dia seguinte.
INTENSIDADE E VARIAÇÕES TÁTICAS
Formado em Educação Física e estudioso do futebol, Roger definiu-se como um “vendedor de ideias” à frente do Grêmio. Convenceu o grupo de que era necessário alterar a forma de treinamento. Até mesmo o vocabulário do vestiário mudou. A palavra de ordem no CT Luiz Carvalho agora é “intensidade”. A proposta do comandante é simular movimentos de treino que sejam próximos do jogo em si. Tornou o preparador físico Rogério Dias seu fiel escudeiro. Nas atividades, os jogadores são levados à exaustão.
– Treinar a concentração na atividade é muito importante. Quando se treina concentrado, o cérebro registra com mais facilidade. Não vou ficar duas horas no campo, mas vai ser uma hora com muita intensidade. Se não for intenso, não vai se condicionar. Prezo quase 100% do tempo de bola – comentou Roger em entrevista ao GloboEsporte.com em agosto.
O time firmou com uma defesa segura, um meio-campo de toque de bola e passes rápidos, mas um ataque pouco eficiente. Ainda que a zaga tenha terminado o Brasileirão como a segunda menos vazada, Roger não conseguiu encontrar um finalizador. Foram testados Fernandinho, Pedro Rocha, Bobô e Everton. Nenhum esteve à altura das necessidades. Faltou um companheiro para Luan, que acabou o ano como “falso 9”.
CAMPANHA E LIBERTADORES INÉDITA
Roger assumiu na quarta rodada do Brasileirão, em empate por 1 a 1 com o Goiás, no Serra Dourada. Até o fim do ano, contabilizou 41 jogos no comando gremista, com 22 vitórias, nove empates e 10 derrotas – aproveitamento de 61%. No histórico, carrega a eliminação em plena Arena nas quartas de final da Copa do Brasil para o Fluminense.
Por outro lado, o Grêmio ficou 10 jogos sem perder entre agosto e setembro, a melhor marca de Roger no ano. Neste período, ocorreram as duas partidas mais lembradas pela torcida em 2015: a goleada histórica no Gre-Nal da Arena por 5 a 0 e a vitória sobre o Atlético-MG no Mineirão, por 2 a 0, ambas em sequência.
A campanha acima da expectativa inicial no Brasileirão, deixou o Tricolor gaúcho na terceira colocação e deu vaga direta à Libertadores de 2016, a primeira de Roger como treinador. O treinador encerra o ano com 57 jogos disputados e um aproveitamento de 57% – 28 vitórias, 13 empates e 16 derrotas.
RENOVAÇÃO E PRÊMIO
A consolidação do trabalho de Roger no Grêmio foi reconhecida em 19 de novembro, quando o clube divulgou ao vivo, pela internet, a assinatura de sua renovação por mais dois anos. A ideia da direção em ampliar o vínculo a longo prazo evidencia a política de valorizar seus profissionais.
– É um momento muito feliz da minha vida poder estar firmando e dando continuidade ao nosso trabalho dentro do clube. Um compromisso no qual a gente vislumbra um futuro promissor e importante – disse Roger na ocasião.
Roger assina renovação por mais dois anos (Foto: Rodrigo Fatturi/Divulgação Grêmio)
Em evento realizado em Itu, no interior paulista, também no mês de novembro, Roger foi premiado como treinador revelação do Campeonato Brasileiro. Ao classificar o ano como “muito bom”, fez questão de colocar como meta um título em 2016.
– Depois de um começo de campeonato oscilante, com a minha chegada felizmente os jogadores conseguiram assimilar e acreditar na ideia que a gente estava propondo. O que marca um trabalho dentro de um clube é a conquista. Esse ano foi muito bom, mas ano que vem vamos em busca de títulos – avaliou.
Roger dará início à pré-temporada com o grupo gremista na próxima quarta-feira. Ainda sem reforços confirmados, os jogadores se apresentarão no CT Luiz Carvalho para os trabalhos, que dessa vez serão mantidos em Porto Alegre.
globo.com
Gasto com CT chega ao teto, e novo empréstimo mantém obra em dia
Vice Pedro Antônio cede mais R$ 3 milhões e dá andamento à construção, na fase de instalação de estacas. Dinheiro de Gerson será usado para ressarcir dirigente
O Centro de Treinamento só virou o ano com a construção em andamento graças a um novo empréstimo adquirido pelo Fluminense. Como o gasto inicialmente liberado chegou ao teto, e a torneira de investimentos secou após pagamentos de direitos de imagens atrasados e dívidas antigas, a gestão Peter Siemsen teve de recorrer à receita que tirou a obra do papel: a ajuda do vice de projetos especiais, Pedro Antônio Ribeiro da Silva. São mais R$ 3 milhões a serem usados na instalação de estacas e erguimento da futura estrutura que sediará o futebol profissional além de dois campos, a atual fase do projeto .
Pedro Antônio, no começo de 2015, já havia emprestado R$ 4 milhões. Porém, o dinheiro acabou após o aterro e nivelamento do terreno, na Barra da Tijuca, e a elaboração de projetos e compra do material para a construção de dois campos oficiais. Se não fosse esta medida, provavelmente, tudo estaria parado. O orçamento do ano passado, inclusive na suplementação aprovada pelo Conselho Deliberativo, na última semana de dezembro, não previu nenhum gasto com o CT - o de 2016 ainda não foi apresentado aos conselheiros.
Os empréstimos foram comunicados ao Conselho Fiscal. Aliás, mensalmente, a planilha de gastos é enviado aos membros, responsáveis por fiscalizar a vida financeira do clube. Por ora, Pedro Antônio foi ressarcido em cerca de R$ 150 mil - a previsão de isto acontecer com a venda de atletas, como Kenedy e Gerson (a primeira parcela) não foi cumprida. Por decisão de Peter, o restante do dinheiro da venda de Gerson será usado para quitar os empréstimos e demais eventuais gastos. Em 2016, o Flu irá receber três parcelas do Roma: 5,5 milhões de euros (31 de janeiro), 4,5 milhões de euros (31/7) e 4,5 milhões de euros (31/12).
O CT do Flu terá três campos oficiais (o terceiro será construído posteriormente), área de suporte (lavanderia, garagem, depósito para materiais) e área do futebol (vestiários, departamento médico, fisioterapia, musculação, piscinas e recuperação dos atletas). Um custo total de R$ 21 milhões. A área de hospedagem (hotel, estrutura administrativa do futebol, sala de imprensa e refeitório), conhecida por torre de cinco andares, ficará para ser construída em um segundo momento. Aí, o valor da obra sobe para R$ 45 milhões.
globo.com
Palmeiras busca dar fim em últimas pendências, e diretoria vê elenco forte
Rafael Marques tem acordo com o clube, mas depende de negociação com chineses. Mouche deve sair, e Kelvin interessa somente por novo empréstimo
A diretoria do Palmeiras ainda busca resolver a situação de Rafael Marques, atacante cujo contrato se encerrou no dia 31 de dezembro e que ainda não chegou a um acordo com o Henan Jianye, da China, para permanecer.
O atacante é a principal preocupação dos dirigentes, que veem o elenco com força suficiente para a temporada que se aproxima.
A cúpula tem tentado resolver o quanto antes o impasse pelo vice-artilheiro do Palmeiras na última temporada, mas esbarra na "queda de braço" promovida pelo clube asiático.
Nos bastidores, o clima é de otimismo e paciência. Já houve um avanço considerável em relação à situação inicial, mas os dirigentes não têm uma previsão de quando o martelo será batido.
O acordo verbal entre Rafael Marques e Palmeiras existe há semanas. Logo após o título da Copa do Brasil, elenco e torcida do Verdão iniciaram uma campanha para que o atacante permanecesse no clube para a disputa da Taça Libertadores da América. A vontade do jogador sempre foi de não retornar à China.
Apesar da pendência em relação a Rafael, os dirigentes do Verdão estão satisfeitos com a montagem do elenco para 2016. Foram contratados sete atletas: o goleiro Vagner, os zagueiros Edu Dracena e Roger Carvalho, o volante Rodrigo, os meias Régis e Moisés e o atacante Erik. O grupo é visto como forte para a disputa da Taça Libertadores da América.
Mesmo com a saída do zagueiro Jackson, os responsáveis pelo futebol do clube acreditam que, somando jogadores que estão emprestados e serão aproveitados aos que já chegaram, o grupo estará à altura do esperado pelo técnico Marcelo Oliveira.
Além de Rafael Marques, o clube também tenta definir as situações dos atacantes Mouche e Kelvin. O argentino tem boa proposta do Atlas, do México, e deve selar a saída em reunião na próxima semana. Já Kelvin pode retornar ao Porto, de Portugal, time com o qual tem contrato até 2018, caso o Palmeiras não consiga um novo empréstimo. O Verdão tem interesse em manter o atleta somente se não houver necessidade de abrir os cofres.
globo.com
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