Marcelo Sant’Ana (E), presidente do Bahia (Felipe Oliveira/Bahia?Divulgação)
Dirigentes do Brasil discutem clube empresa e presidentes remunerados, assunto que já provocou polêmica em reuniões do Conselho Deliberativo do Inter. O Bahia saiu na frente.
O jornalista Marcelo Sant’Ana, 33 anos, recebe R$ 21 mil mensais para comandar a instituição de 84 anos e desenvolver uma gestão profissional. Uma das suas primeiras ações foi buscar o gaúcho Jorge Avancini, o premiado ex-executivo de marketing do Inter.
Sant’Ana me disse que acha normal receber salário. Leia abaixo parte da nossa conversa.
Existe diferença entre o presidente político e o remunerado num clube de futebol?
Eu fui eleito em dezembro do ano passado por três anos. Quem me elegeu queria mudanças. Como acompanho a vida do Bahia, senti que o dirigente amador não consegue dar todo o seu tempo, a sua força, ao futebol. Nem pode. Precisa cuidar também do seu trabalho, de onde tira o sustento. É normal, certo? Ele chega ao clube às 16h e sai quatro horas depois. Eu estou sempre presente. Trabalho em tempo integral. Atuo em todas as áreas regularmente. Acompanho a delegação em todas as viagens.
Eu fui eleito em dezembro do ano passado por três anos. Quem me elegeu queria mudanças. Como acompanho a vida do Bahia, senti que o dirigente amador não consegue dar todo o seu tempo, a sua força, ao futebol. Nem pode. Precisa cuidar também do seu trabalho, de onde tira o sustento. É normal, certo? Ele chega ao clube às 16h e sai quatro horas depois. Eu estou sempre presente. Trabalho em tempo integral. Atuo em todas as áreas regularmente. Acompanho a delegação em todas as viagens.
Não há rejeição por parte da grande torcida do Bahia?
Não. A torcida aceitou um presidente jovem, e os jovens significam mudanças profundas.
Não. A torcida aceitou um presidente jovem, e os jovens significam mudanças profundas.
Os outros clubes do país não estranham a sua posição?
Nos encontros na CBF, no Rio, ou com políticos e governo, em Brasília, com clubes da Série A ou B, alguns dirigentes me olham atravessado. Normal. Mas o estranhamento só acontece num primeiro momento. A minha relação é muito boa com todos. Tanto que muitos dirigentes de clubes importantes e dirigentes de federações pedem explicações sobre o trabalho de um presidente remunerado. Eu dou.
Nos encontros na CBF, no Rio, ou com políticos e governo, em Brasília, com clubes da Série A ou B, alguns dirigentes me olham atravessado. Normal. Mas o estranhamento só acontece num primeiro momento. A minha relação é muito boa com todos. Tanto que muitos dirigentes de clubes importantes e dirigentes de federações pedem explicações sobre o trabalho de um presidente remunerado. Eu dou.
Sem descontos, você recebe R$ 21 mil mensais. Você não acha o salário baixo, já que o presidente de um grande clube pode cuidar de milhões em uma só temporada?
É uma boa discussão. Se os valores forem altos, mais de R$ 100 mil por mês, o salário poderá atrair mais interessados, só que mais pelo dinheiro do que pelo cargo ou pelo clube. Eu fiz curso no Exterior, me especializei, quero modernizar o clube e ajudar a desenvolver uma gestão profissional. Quero ajudar a sanar financeiramente o Bahia, devolvê-lo à Série A, seu verdadeiro lugar, e disputar títulos.
É uma boa discussão. Se os valores forem altos, mais de R$ 100 mil por mês, o salário poderá atrair mais interessados, só que mais pelo dinheiro do que pelo cargo ou pelo clube. Eu fiz curso no Exterior, me especializei, quero modernizar o clube e ajudar a desenvolver uma gestão profissional. Quero ajudar a sanar financeiramente o Bahia, devolvê-lo à Série A, seu verdadeiro lugar, e disputar títulos.
Luiz Zini Pires
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