domingo, 3 de janeiro de 2016

Opinião: Náutico segue refém dos reforços em “pacotes”

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Autor: Alvaro Filho


Uma das saídas para se lidar com a limitação de orçamento é a criatividade, mas o Náutico parece ter aberto mão disso e recorrido à velha alternativa dos reforços que chegam em “pacotes”.
Uma demonstração que os novos dirigentes estão dispostos em apostar nas velhas soluções.
O pacote é uma saída mais cômoda para o time que empresta do que para o que recebe os jogadores.
Afinal, o futebol não é lugar para altruísmo e se um clube está disposto a pagar parte ou todo o salário para que um bem dele esteja à disposição de outro é porque me parece mais vantajoso ter o atleta distante do que perto.
Talvez só os mais velhos se lembrem, mas o pacote é uma espécie daquelas promoções que as extintas locadoras de vídeo tinham, nas quais você alugava um lançamento e era obrigado a levar dois filmes do “catálogo”, muitas vezes, sem a mínima vontade de assisti-los.
Três jogadores do Cruzeiro, três do Corinthians e a história se repete. Dos seis, vamos lá, o Náutico gostaria mesmo de dois, no máximo três, mas para tê-los a custo reduzido ou zero, precisa levar outros do “catálogo”.
É assim que funciona.
O caso emblemático é o do atacante Rafael Ratão. Uma pesquisa simples no Google e se encontra não um histórico de gols e títulos, mas uma “ficha corrida” de desavenças, expulsões e querelas de relacionamento.
Ratão provavelmente é o atleta de “catálogo” de um dos empresários dos três que o Cruzeiro está disponibilizando para o Náutico, o ônus do bônus da promoção.
Um dirigente correu para se justificar e disse que o clube só vai pagar o aluguel do apartamento de Ratão. Pode parecer uma pechincha, mas é bom lembrar que é um jogador a mais no elenco e uma vaga a menos a ser preenchida, por exemplo, por um menino da base.
Pode funcionar?
Pode, claro, o futebol não é ciência exata e o jogador tem 20 anos. Foi assim com Kuki, que chegou aos Aflitos com 30 anos e com passagens modestas em clubes das divisões inferiores do Rio Grande do Sul. Igualmente de pavio curto e indisciplinado, encontrou a paz, o caminho do gol e virou ídolo alvirrubro.
Kuki foi a solução há quase duas décadas. O que só reforça o sentimento que os alvirrubros estão buscando no passado soluções para problemas do presente.

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