Vavá
Edvaldo Izídio Neto (Recife, 12 de novembro de 1934 — Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2002), conhecido por Vavá, foi um futebolista brasileiro.
Também apelidado de “peito de aço”, por sua forma briosa de atuar, iniciou sua carreira como meia nas categorias de base do América do Recife em 1948, passando depois pelo Íbis e Sport. Em 1952 foi contratado pelo Vasco da Gama e passou a atuar como atacante.1 Tornou-se o sétimo maior artilheiro do clube com 191 gols. Foi negociado em 1958 aoAtlético de Madrid retornando em 1961 ao Palmeiras. Jogaria ainda no futebol mexicano pelo América, no San Diego Torosdos Estados Unidos e encerraria a carreira na Portuguesa-RJ.
Seleção Brasileira
Vavá estreou na Seleção Brasileira no selecionado que disputou o Futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 1952. NaCopa de 1958 começou como reserva mas substituiu Mazzola ao longo da competição. Por seu vigor físico e oportunismo foi chamado de "Leão da Copa".1 Foi um dos artilheiros da Copa do Mundo de 1962 com cinco gols e bicampeão mundial.
Treinador
Treinou equipes menores da Espanha como o Córdoba. Compôs a comissão técnica do Brasil na Copa do Mundo FIFA de 1982, sob o comando de Telê Santana.
Morte]
Vavá faleceu em 19 de janeiro de 2002, vítima de infarto agudo do miocárdio e foi sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula na cidade do Rio de Janeiro. O então presidente de república Fernando Henrique Cardoso declarou na ocasião que "A morte de Vavá deixa uma enorme lacuna no futebol brasileiro. Artilheiro imbatível, foi exemplo de futebol, garra, paixão e emoção."2
Títulos
- Copa do Mundo: (1958 e 1962) - Seleção Brasileira
- Campeonato Carioca: (1952, 1956 e 1958) - Vasco da Gama
- Torneio de Paris (1957) - Vasco da Gama
- Torneio Rio-São Paulo (1958) - Vasco da Gama
- Taça Oswaldo Cruz (1958 e 1962) - Seleção Brasileira
- Campeonato Paulista (1963) - Palmeiras
Premiações[editar | editar código-fonte]
- Jogador do ano: Melhor jogador do Vasco na temporada 1958.
Informações pessoais | ||
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Data de nasc. | 12 de Novembro de 1934 | |
Local de nasc. | Recife (PE), Brasil | |
Nacionalidade | Brasileiro | |
Falecido em | 19 de janeiro de 2002 (67 anos) | |
Local da morte | Rio de Janeiro, RJ, Brasil | |
Altura | 1,74 m | |
Apelido | Vavá, Peito de aço, Leão da Copa (1958) | |
Informações profissionais | ||
Posição | Treinador (ex-Atacante) | |
Clubes de juventude | ||
1948 1948 1949–1951 | América do Recife Íbis Sport | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1952–1958 1958–1961 1961–1964 1964–1967 1968 1969 | Vasco da Gama Atlético de Madrid Palmeiras América San Diego Toros Portuguesa-RJ | |
Seleção nacional | ||
1952 1955–1964 | Brasil Olímpico Brasil | 2 (1) 23 (14) |
Times que treinou | ||
1971–1972 1975 1977–1978 | Córdoba Córdoba Granada |
Vavá
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Nome: | Evaldo Izidio Neto | |
Nascimento: | 12/11/1934, no Recife (PE) | |
Posição: | Atacante | |
Clubes: | América-PE, Ibis, Sport, Vasco da Gama, Atlético de Madri, Palmeiras, América-MEX, Elche-ESP, Toros Neza-MEX, San Diego Toros-EUA e Portuguesa-RJ |
Embora não nascesse com o dom e a habilidade de craques de sua geração, como Pelé e Garrincha, Edvaldo Izídiodo Santos, mais conhecido como Vavá, ostenta seu nome na galeria dos maiores vencedores da história do futebol brasileiro. Sem intimidar-se com os zagueiros adversários, o campeão do mundo em 1958 e 1962 começou sua carreira profissional no tradicional Sport.
O oportunismo à frente dos goleiros, aliado a gana de disputar a bola a qualquer custo dentro das quatro linhas, rendeu o apelido de Peito de Aço ao jogador. Meio-campista responsável pela armação ofensiva no Leão da Ilha do Retiro, Vavá acabou transferido para o Vasco da Gama no ano de 1952, depois de destacar-se nas Olimpíadas de Helsinque com a camisa amarela do Brasil. Sob o comando de Flávio Costa no Gigante da Colina, este pernambucano deixou o setor criativo e passou a atuar como atacante, posição em que se consagraria pelos profissionais da Seleção nacional.
Ainda um garoto de 17 anos de idade, Vavá enfrentou seu primeiro grande desafio com a camisa cruz-maltina logo em seu ano de estreia pelo clube. A missão daquele jovem atleta era substituir o craque vascaíno Ademir de Menezes na decisão do Campeonato Carioca contra o Bangu. A responsabilidade não assustou a revelação, que assinalou o gol da vitória por 2 a 1 sobre o alvirrubro, que garantiu o título estadual daquele ano ao time da Colina. Ainda no Vasco, o atacante venceu mais duas taças fluminenses, em 1956 e 1958 - último ano de sua passagem pelo clube de São Januário.
Talismã nacional
As boas atuações pelo Vasco renderam ao jogador a convocação à Copa de 1958. No entanto, o nome de Vavá soava em segundo plano em uma equipe com craques do nível de Didi, Mazola, Zagallo e Zito. Depois de estrear com vitória por 3 a 0 sobre a forte seleção austríaca, o Brasil tropeçou pela primeira vez no mundial contra a Inglaterra. O empate sem gols e a atuação abaixo do esperado fez o técnico Vicente Feola mudar parte da equipe titular às vésperas do encontro decisivo contra a União Soviética. O triunfo era fundamental para garantir o grupo verde-amarelo na próxima etapa do Mundial da Suécia.
Entre as substituições feitas por Feola estavam as entradas de Pelé, de apenas 16 anos, e Garrincha. Com a dupla, Vavá passou a se destacar e, depois de uma atuação apagada diante dos ingleses, o Peito de Aço marcou duas vezes e garantiu a vitória brasileira. Classificação e um futebol inspirado que passou a impressionar a Europa.
A convincente exibição ante os soviéticos manteve a estrutura da equipe para os confrontos eliminatórios. Depois de uma vitória simples contra o País de Gales nas quartas de final - gol de Pelé, o Brasil tinha pela frente nas semifinais um dos times mais fortes do torneio: a França. Contudo, os Bleus se renderam aos talentos do jovem menino, de Garrincha e de Vavá. Triunfo por 5 a 2, com um gol do atacante vascaíno logo no início do duelo, e vaga na decisão.
Inspirado na Copa do Mundo e confiante, o Peito de Aço novamente usou seu oportunismo para benefício brasileiro. Atrás no marcador diante dos suecos na final, o Brasil viu o artilheiro marcar dois gols e iniciar a virada que culminou na vitória por 5 a 2. Resultado: primeiro título mundial para o time verde-amarelo e reconhecimento a Vavá.
Imigração e assinatura na história das Copas
As exibições na Suécia despertaram o interesse do Atlético de Madri. O poderoso clube espanhol, rival do Real Madrid de Di Stéfano e Puskas, comprou Vavá depois do título mundial. Embora tenha ficado quatro temporadas no país ibérico, o ex-atacante vascaíno não comemorou títulos, que ficariam guardados para o ano de 1962.
Sempre decisivo com a camisa amarela, Vavá ganhou uma grande responsabilidade no Mundial do Chile. Com a lesão de Pelé, o atacante assumiu a liderança da equipe ao lado de Garrincha e novamente não decepcionou. Depois de passar a primeira fase em branco, o Peito de Aço afiou seu oportunismo no mata-mata e cravou seu nome na história do futebol.
Autor de três gols no torneio, nas vitórias por 3 a 1 contra a Inglaterra nas quartas de final, e por 4 a 2 sobre o Chile nas semifinais, em que balançou as redes em duas oportunidades, Vavá tornou-se o primeiro jogador a marcar em duas finais de Copa do Mundo. Ante a Tchecoslováquia, o atacante fechou o triunfo por 3 a 1 e sacramentou o bicampeonato para o Brasil.
Brilho na Academia Palestrina
Duas vezes campeão mundial, Vavá retornou ao Brasil para desbancar o praticamente imbatível Santos de Pelé. Ao lado de Ademir Da Guia, Julinho Botelho e Djalma Santos, o Peito de Aço comandou o Palmeiras no Campeonato Paulista de 1963. As atuações palestrinas desbancaram o Peixe do Rei do Futebol no Estadual daquele ano. Mais um título para o eterno camisa 20 da Seleção Brasileira.
Final de carreira
Depois de brilhar pelo Palmeiras em 1963, Vavá aventurou-se pelo México, onde atuou pelo América e pelo TorosNaza. No país, o atacante ganhou o apelido de El Toro. Após rápida passagem pelo San Diego Toros, o jogador retornou ao Brasil e encerrou sua carreira na Portuguesa-RJ, em 1969.
Técnico após sua aposentadoria, Vavá estufou o peito pela última vez em 2002. Dois anos depois de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e passar a viver sobre uma cadeira de rodas, o bicampeão mundial enfrentou problemas cardíacos e morreu no dia 19 de janeiro, no Rio de Janeiro, cidade que desbravou ao deixar Pernambuco para tornar-se um dos grandes jogadores brasileiros de toda a história das Copas do Mundo.
Títulos: Vasco da Gama (Campeonato Carioca de 1956 e 1958 e Torneio Rio-SP de 1958); Palmeiras (Campeão Paulista de 1963) e Seleção Brasileira (Copa do Mundo de 1958 e 1962)
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