quinta-feira, 30 de abril de 2015

Zequinha… o volante da terra do frevo!

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Assim como Dudu e Ademir, a dupla Zequinha e Chinesinho reinaram na meia cancha alviverde no fim da década de cinquenta e o início da década de sessenta. José Ferreira Franco, o Zequinha, nasceu em Recife (PE), no dia 18 de novembro de 1934.
Na adolescência, Zequinha batia suas “peladas” jogando entre os boleiros veteranos. Aos dezenove anos seu talento foi reconhecido quando foi recomendado aos aspirantes do Auto Esporte.
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Voltou para Recife ainda no ano de 1954 e seu destino o colocou de frente novamente com o ex-companheiro de peladas Valdomiro Silva, que na época exercia a função de treinador das divisões de base do Santa Cruz.
Zequinha foi aprovado nos testes e seguia treinando no Arruda até o dia que Oto Vieira, técnico do time principal do tricolor, pediu a Valdomiro que indicasse um jogador da equipe de aspirantes para treinar entre os profissionais.
O escolhido foi Zequinha, que entrou no segundo tempo para atuar na equipe reserva e foi muito bem.
Crédito: arquivocoral.com.br
Crédito: arquivocoral.com.br
Crédito: revista Placar.
Crédito: revista Placar.
Volante habilidoso, bom na dividida, embora sempre leal, aliava seu ótimo sentido de marcação e visão de jogo a uma pontaria quase certeira. Seus chutes de longa distância eram uma de suas características marcantes.
Antes mesmo de assinar o primeiro contrato, o volante, considerado a frente de seu tempo, já havia defendido a Seleção Pernambucana de aspirantes algumas vezes. A condição de ídolo não demoraria a chegar.
Seu primeiro título foi na conquista do campeonato pernambucano de 1957, quando o Santa Cruz estava há quase dez anos sem levantar o caneco estadual.
Crédito: museudosesportes.blogspot.com.
Crédito: museudosesportes.blogspot.com.
Crédito: reprodução revista do Esporte 132 – 1961. 
Crédito: reprodução revista do Esporte 132 – 1961.
Antes da decisão do campeonato pernambucano, Zequinha foi sondado pela C.B.D sobre uma possível convocação para os treinos da seleção nacional, visando a Copa do Mundo de 1958 na Suécia.
Embora se sentisse honrado, Zequinha encheu de orgulho o torcedor coral, ao anunciar, no Diário de Pernambuco: …”francamente, só quero pensar nisso depois de terminar o atual campeonato pernambucano”…
Com o forte interesse do Palmeiras em 1958, Zequinha deixou a terra do frevo e desembarcou em São Paulo. O volante baixinho (apenas 1,66 m de altura) logo caiu nas graças da torcida alviverde pelo seu grande poder de marcação e técnica refinada na armação das jogadas.
A partir da esquerda vemos o goleiro Valdir, Américo Murolo, Carabina e Zequinha com a revista A Gazeta Esportiva Ilustrada de 1959. Crédito: americomurolo.com.br.
A partir da esquerda vemos o goleiro Valdir, Américo Murolo, Carabina e Zequinha com a revista A Gazeta Esportiva Ilustrada de 1959. Crédito:americomurolo.com.br.
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O primeiro título com a camisa do Palmeiras foi o expressivo campeonato paulista de 1959 contra o poderoso Santos. Em seguida, faturou a Taça Brasil de 1960.
Como reflexo de suas ótimas atuações, Zequinha começou a ter novamente seu nome cogitado para defender a Seleção Brasileira, que se preparava para o mundial do Chile em 1962.
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Convocado para a disputa de sua primeira Copa do Mundo, Zequinha embarcou para os gramados chilenos como suplente de Zito. Voltou dos Andes como bi-campeão mundial e seguiu servindo a camisa canarinho nos anos seguintes.
Pela Seleção Brasileira Zequinha esteve em campo em 17 oportunidades, obtendo14 vitórias, 1 empate, duas derrotas e anotando dois gols. Os números são do livro “Seleção Brasileira – 90 anos”, de Roberto Assaf e Antonio Napoleão.
Seleção Brasileira. Em pé: Lima, Zequinha, Roberto Dias, Rildo, Eduardo e Gylmar. Agachados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Amarildo e Pépe.
Seleção Brasileira. Em pé: Lima, Zequinha, Roberto Dias, Rildo, Eduardo e Gylmar. Agachados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Amarildo e Pépe.
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E sua coleção de títulos continuou: Campeão paulista de 1963 e 1966, do Torneio Rio–São Paulo de 1965 e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967.
Zequinha vestiu a camisa do Palmeiras por dez anos. Ao todo, foram 417 jogos (247 vitórias, 83 empates e 87 derrotas), marcando 40 gols. Os dados constam do “Almanaque do Palmeiras”, de Celso Unzelte e Mário Venditti.
Zequinha e Rinaldo. Crédito: revista do Esporte N 269 -novembro de 1964.
Zequinha e Rinaldo. Crédito: revista do Esporte N 269 -novembro de 1964.
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Depois da chegada de Dudu, Zequinha permaneceu no Palmeiras até 1968, quando seu passe foi negociado junto ao Atlético Paranaense. Posteriormente, foi defender o Náutico em 1970 quando encerrou sua carreira.
Depois do futebol, o craque investiu seu capital em propriedades e também em uma casa lotérica. Zequinha faleceu em Olinda (PE), no dia 26 de julho de 2009, vítima de problemas cardíacos.
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Zequinha assiste a difícil intervenção do goleiro Gylmar frente  ao English Team, no Estádio de Wembley em 1963. Crédito: abril.com.br.
Zequinha assiste a difícil intervenção do goleiro Gylmar frente
ao English Team, no Estádio de Wembley em 1963. Crédito: abril.com.br.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista Placar, revista do Esporte, revista Esporte Ilustrado, jornal Diário da Noite,arquivocoral.com.bridolosdosanta.blogspot.com.bramericomurolo.com.br,abril.com.brparmerista.com.brpalmeiras.com.br,jogadoresdopalmeiras.blogspot.com.br, site do Milton Neves,museudosesportes.blogspot.com.


Zequinha, Das “Peladas” em Pernambuco ao Sucesso no Futebol Profissional


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Ficha Técnica

Nome: José Ferreira Franco – Zequinha
Data de Nascimento: 18 de Novembro de 1934
Data de Falecimento: 25 de Julho de 2009
Local de Nascimento: Recife – PE
Posição: Volante
Copas que disputou: Chile – 1962
Clubes: Auto Esporte – PB (1954 – 1955), Santa Cruz (1955 – 1957), Palmeiras (1958 – 1965, 1965 – 1968), Fluminense (1965), Atlético/Pr (1968 – 1970) e Náutico (1970)

Volante de grande vigor físico e qualidade técnica, José Ferreira Franco, ou Zequinha como era mais conhecido, entrou para a história com um dos grandes atletas de sua posição.
Natural de Recife, o futuro craque desenvolveu o seu futebol nas peladas no bairro de Santo Amaro, quando defendia o combinado da região na infância. Na adolescência, jogando já contra veteranos, sua qualidade não demorou a chamar a atenção e, aos 19 anos, foi recomendado para o Auto Esporte, clube da Paraíba.
No novo estado, não permaneceu por muito tempo, voltando para Recife no ano seguinte, porém, seu caminho no futebol estava longe de chegar ao fim. Continuando nas “peladas” em sua cidade natal, o destino colocou em seu caminho Valdomiro Silva, técnico das divisões de base do Santa Cruz, que o convidou para o Arruda.
Sob o comando de Valdô, o apelido do técnico entre a torcida, ele permaneceu atuando pela equipe de aspirantes até que Oto Vieira, comandante do time principal, pediu um jogador para treinar entre os profissionais e o indicado foi Zequinha.
O jovem volante entrou no segundo tempo pelo time reserva e, simplesmente, foi o nome do treino. Sua equipe perdia por 2 a 1, mas ele empatou com um chute de fora da área e com o sua qualidade, ele impressionou Otto e a torcida que assistia na arquibancada.
Não demorou muito para Zequinha comandar o meio de campo do Santinha, porém ele levantou apenas uma taça pela equipe pernambucana. Apenas uma conquista, mas que entrou para a história do clube.
O Santa Cruz levou o campeonato estadual de 1947 e, depois, entrou em uma longa fila que somente seria quebrada com a liderança de Zequinha 10 anos depois. Com a final acontecendo apenas em 1958, o Santa Cruz disputou o triangular decisivo contra Náutico e Sport, que levaram os outros dois turnos.
Pouco antes da disputa do título, a CBD, a antiga CBF, chegou a sondar o jogador para a disputa do Mundial de 1958, porém ele estava focado na disputa das finais e o caso não foi para frente.
Na primeira partida, Náutico e Sport  ficaram no empate por 1 a 1. No segundo jogo, estreia do Santa Cruz, vitória coral por 3 a 1 sobre o Náutico, o que garantiu a vantagem do empate na última final. Na grande decisão contra o Sport, 3 a 2 para o Santa, com o terceiro saindo dos pés de Zequinha, que cobra falta na cabeça de Mituca.
O sucesso em gramados nordestinos chegou até os principais clubes do país. Fluminense fez uma proposta, porém não chegou a um acordo financeiro.  Entretanto, oPalmeiras, sim. Em 1958, Zequinha fechava com o Alviverde, que começava a formar a equipe que entraria para a história como a Academia de Futebol. Diz a lenda que o técnico do clube paulista, Oswaldo Brandão, que participava da negociação, perguntou ao jogador após um treino no Arruda “Você já está pronto para viajar?”, demonstrando sua confiança no acerto com o volante.
Foi vestindo a camisa do Alviverde Imponente que o volante obteve mais sucesso. Também foi onde encontrou o seu grande parceiro no futebol, o meio campo Chinezinho.
No primeiro ano não levou nenhuma taça, porém em 1959 começou o tempo de vitórias e conquistas. Em uma grande disputa com o Santos, de Pelé, Zito e outros companheiros de Copa do Mundo, o Palmeiras de Zequinha levantava a taça que ficou conhecida como “Super Campeonato Paulista”, devido a igualdade de forças entre os dois clubes, que obrigou a decisão em três jogos.
Na primeira partida, as duas equipes empataram por 1 a 1, com Pelé abrindo o placar para os santistas, enquanto Zequinha marcou para o alviverde.
No segundo jogo, outro empate, mas, desta vez, por 2 a 2. Pepe marcou duas vezes para o Santos e Chinezinho e Getúlio, contra, fizeram para o Palmeiras.
Apesar de valer para o Estadual de 1959, os jogos finais somente aconteceram em janeiro de 1960, com a última e decisiva partida em 10 de janeiro. Em um excelente jogo, o Palmeiras venceu por 2 a 1 e saiu campeão. O gol santista foi de Pelé logo aos 14 minutos do primeiro tempo, porém o alviverde virou com Julinho Botelho, aos 43 da etapa inicial e com Romeiro aos três do segundo tempo. O título também deu ao clube a vaga paulista na Taça Brasil de 1960.
No ano seguinte, não repetiu a façanha no estadual, que ficou com Santos, o primeiro daquele tricampeonato (1960, 1961 e 1962). O Palmeiras de Zequinha ficou apenas na quarta colocação, oito pontos atrás de campeão.
O ano de 1960, entretanto, não seria ruim para o volante, pois o seu clube ainda disputou a Taça Brasil. O regulamento da competição definia que o classificado paulista entrava apenas na semifinal e o adversário do alviverde era o Fluminense, classificado como campeão carioca de 1959 e que eliminou Cruzeiro e Grêmio nas fases anteriores.
A primeira partida aconteceu em São Paulo, no Estádio do Pacaembu, em nove de novembro de 1960 e ficou no 0 a 0.  No jogo de volta, uma semana depois, o Palmeiras foi até o Estádio do Maracanã e arrancou uma vitória por 1 a 0, gol do centroavante Humberto Tozzi, garantindo a vaga para a final.
Na grande decisão, o Palmeiras enfrentava o Fortaleza, que entrou na competição com o título do Campeonato Cearense de 1959. A primeira partida aconteceu na casa do adversário, no estádio Presidente Vargas, em 22 de dezembro de 1960. Charuto levou o vermelho para o time da casa, enquanto Romeiro foi o expulso do lado paulista, porém, antes disso, ele marcou dois dos gols na vitória por 3 a 1. O outro gol alviverde foi de Humberto Tozzi, enquanto Benedito descontou.
Na partida de volta, em São Paulo, novamente no Estádio do Pacaembu, em 28 de dezembro, um show palmeirense na goleada por 8 a 2. No inicio, entretanto, um susto com o gol de Charuto, que marcou os dois do Fortaleza, logo aos seis minutos, porém Zequinha empatou dois minutos depois e deu os primeiros passos para a vitória. Chinezinho (2), Cruz (2), Julinho Botelho, Romeiro e Humberto Tozzi marcaram os demais.
O Palmeiras levantava o seu primeiro título de nível nacional e o primeiro entre os clubes paulistas, também garantindo a vaga na Taça Libertadores da América do ano seguinte.
Em 1961, o Palmeiras mais uma vez travava uma grande disputa no campeonato paulista contra o Santos, porém, no final, foi apenas vice – campeão, mas apenas três pontos atrás do time de Vila Belmiro.
Já na segunda edição da Taça Libertadores da América, o Palmeiras entrou como representante brasileiro. O clube caiu no grupo 3, onde enfrentaria o Independiente, dono da vaga da Argentina. Na primeira partida, em Avellaneda, o clube brasileiro venceu por 2 a 0, com um dos gols de Zequinha, enquanto Guildo fez o outro. Na volta, em São Paulo, nova vitória alviverde, desta vez por 1 a 0, gol de Geraldo Scotto.
Na semifinal, o Alviverde enfrentou o Independente Santa Fé, representante da Colômbia. Jogando em El Campín, em Bogotá, a partida ficou no empate por 2 a 2.  Na volta, em São Paulo, o Palmeiras goleou por 4 a 1, gols de Romeiro (2), Humberto e Gildo, enquanto Mottura descontou. O Verdão era o primeiro brasileiro a se classificar para a final da competição sul americana.
O adversário na decisão era o Peñarol, tradicional equipe uruguaia e que contava com craques como Maidana, Cubilla e outros. Na primeira partida, em Montevidéu, os donos da casa saíram vitoriosos por 1 a 0, gol de Spencer. Em São Paulo, o Palmeiras não conseguiu reverter o placar adverso, ficando no empate por 1 a 1, gols de Nardo para os brasileiros, enquanto Sasía empatou. O Peñarol era campeão da Taça Libertadores da América pela primeira vez. O Palmeiras ainda precisaria esperar mais algumas décadas.
Como atual campeão, o clube paulista ainda disputou a Taça Brasil de 1961. Começando nas quartas de final da Zona Sul, enfrentando o Coritiba. Precisando de três jogos para se classificar, os paulistas venceram em casa a primeira decisão por 2 a 0. Na volta, em Curitiba, foi a vez dos paranaenses fazerem o dever de casa e vencer por 3 a 1. A grande decisão foi no Estádio do Pacaembu e o Palmeiras goleou por 4 a 1.
Na semifinal, o adversário era o Grêmio e o Palmeiras conseguiu um grande resultado ao vencer, no Rio Grande do Sul, por 3 a 0. No jogo de volta, um empate por 1 a 1 no Estádio do Pacaembu garantiu a vaga para a final da Zona Sul.
Na grande decisão, o Palmeiras enfrentava o América/RJ. Na primeira partida. Em São Paulo, as duas equipes ficaram no empate por 1 a 1, com o gol alviverde marcado por Zequinha. No jogo de volta, entretanto, no Estádio do Maracanã, os paulistas não conseguiram superar o fator casa e perderam por 2 a 1, sendo eliminados da competição.
Em 1962, o clube não fez um grande campeonato paulista, terminando na quarta colocação, a pior entre os grandes, e 20 pontos atrás do campeão, o Santos. Essa foi a única grande competição pelo clube, porém o grande futebol apresentado pelo jogador não deixou de chamar a atenção do técnico da seleção brasileira, que o convocou para o Torneio Oswaldo Cruz e para a Copa do Mundo, conquistando ambos.
Finalmente em 1963, o Alviverde voltava a levantar a taça do campeonato paulista, impedindo o quarto título do Santos. Foi nesta temporada que um novo grande companheiro se firmava na equipe titular e dava inicio a uma era no clube: Ademir da Guia.  O craque, filho de outra lenda do futebol, Domingos da Guia, chegou ao clube na temporada anterior, mas ficou na reserva.
Em 1964, chegava outro grande ícone das academias de futebol chegou ao Palmeiras: Dudu. Inicialmente reserva, o volante de Araraquara logo conquistou a posição de titular. Mesmo do banco, Zequinha continuou como uma peça importante da equipe, entrando com muita frequência em campo.
No campeonato estadual, o Alviverde não repetiu o feito do ano anterior, ficando apenas na segunda colocação. O campeão foi o Santos.
Disputou também a Taça Brasil, entrando e sendo eliminado na semifinal, pelo Santos. As duas partidas foram no Estádio do Pacaembu. Na primeira, os santistas venceram por 3 a 2, enquanto no jogo de volta, outra derrota do alviverde, desta vez por 4 a 0.
Em 1965, ele conquistou apenas um título, o Torneio Rio São Paulo, eliminando a necessidade de final ao terminar como líder dos dois turnos. No campeonato estadual, ficou na segunda colocação, perdendo para o Santos.
Já na Taça Brasil, disputou as quartas de finais contra o Grêmio e precisou de três jogos. No primeiro, goleada alviverde por 4 a 1 em casa. No jogo de volta, foi a vez dos gaúchos golearem por 5 a 1, com o gol de honra de Zequinha, que entrou no decorrer da partida no lugar de Ademir da Guia. Na grande decisão, em São Paulo, vitória do Palmeiras por 2 a 0 e Zequinha como titular.
Na fase seguinte, novo confronto com o Santos. Na primeira disputa, vitória santista por 4 a 2, enquanto no jogo de volta, as equipes ficaram no 1 a 1.
No mesmo ano, ele foi emprestado ao Fluminense, porém ficou alguns meses no clube carioca.
Em 1966, o Palmeiras levantou apenas uma taça, o campeonato paulista. O jogo do título foi a vitória por 5 a 1 sobre o Comercial.
Já em 1967, Zequinha conquistava seus últimos títulos no futebol profissional. Não conseguiu repetir a dose no campeonato estadual, que mais uma vez ficou com o Santos, porém seu clube teve grande sucesso em nível nacional.
Na disputa da Taça Brasil, entrou na semifinal, enfrentando o Grêmio em três jogos. A primeira, no estádio Olímpico, vitória dos donos da casa por 2 a 1. Na volta, em São Paulo, foi a vez do Palmeiras dar o troco e vencer por 3 a 1. Na decisiva partida, novamente no Pacaembu, vitória alviverde por 2 a 1.
Na final, os paulistas enfrentaram uma equipe conterrânea de Zequinha, o Náutico. Na primeira partida, na Ilha do Retiro, vitória dos visitantes por 3 a 1, com um dos gols do volante pernambucano. Na volta, entretanto, mais uma vez o fator casa não teve efeito com o Náutico vencendo por 2 a 1 em São Paulo.
Com resultado, a grande decisão foi no estádio do Maracanã e dessa vez os paulistas se saíram melhor ao vencer por 2 a 0. Nas três partidas, Zequinha foi titular no meio de campo.
O alviverde também disputou e venceu o Torneio Roberto Gomes Pedrosa daquele ano. O clube caiu no Grupo B, ao lado de times como Grêmio, Atlético/MG, Vasco e outros, e terminou essa fase na primeira colocação, se classificando junto com os gaúchos para a fase final.
No quadrangular final, superou os dois times do Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional, e o rival Corinthians para ficar com o título.
Em 1968, o time não conquistou nenhum título. O estadual foi onde teve o pior desempenho, ficando apenas na 11ª colocação. Ainda no primeiro semestre, o clube também disputou a Taça Libertadores da América e, mais uma vez, chegava à final. Fez a primeira fase no Grupo 5 e superou os colombianos Deportivo Portugues e Deportivo Galacia e o compatriota Náutico com 5 vitórias e apenas um empate.
Na fase seguinte, o clube paulista caia no Grupo 3, ao lado de Guarani, do Paraguai, e Universidad Católica, do Chile. Com três vitórias e uma derrota, o Palmeiras avançava para a semifinal.
Era o momento da revanche da equipe que o derrotou na final anterior, o Peñarol. Desta vez, entretanto, eram os brasileiros que avançavam, com duas vitórias, 1 a 0 em casa e 2 a 1 em Montevidéu.
A final foi necessária em três partidas. A primeira aconteceu em La Plata, na Argentina, em 2 de maio, com vitória dos donos da casa por 2 a 1. A volta, no Estádio do Pacaembu, foi a ver do alviverde vencer por 3 a 1. A decisão ficou para um terceiro jogo, em campo neutro. Por isso, ela foi para o Estádio Centenário, no Uruguai, e os argentinos levantavam a taça com uma vitória por 2 a 0.
Essa foi a última temporada do volante pelo Palmeiras, iniciando assim uma reformulação na equipe que ficou conhecida como Segunda Academia. Em sua passagem pelo alviverde, ele fez 417 jogos com 247 vitórias, 83 empates e apenas 87 derrotas, segundo dados do “Almanaque do Palmeiras”, de Celso Unzelte e Mário Venditti.
Em agosto de 1968, ele seguia para o sul do país para atuar pelo Atlético/Pr. A passagem pelo clube, entretanto, não foi vitorioso, pois, nos dois anos em que defendeu as cores da equipe paranaense. Seu primeiro campeonato foi o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, onde ficou ainda na primeira fase, ficando quinto lugar no Grupo A, que teve o Palmeiras, sua ex-equipe, e o Internacional como classificados.
Durante os dois anos em que ficou no estado do Paraná, Zequinha não conquistou nenhum titulo. Deixou o clube em 1970, voltando para sua terra natal, desta vez para defender o Náutico. No mesmo ano, ele se aposentava.

Copas do Mundo

Zequinha foi convocado apenas para a Copa do Mundo de 1962, no Chile. Ele foi reserva de Zito como volante, porém não entrou em campo em nenhuma partida daquela competição.

Ficha dos Jogos em Copas

Zequinha não entrou em Campo na Copa do Mundo de 1962.

Brasil 2 x 0 México
Brasil 0 x 0 Tchecoslováquia
Brasil 2 x 1 Espanha
Brasil 3 x 1 Inglaterra
Brasil 4 x 2 Chile
Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia

Fora de Campo

Assim como a maioria dos atletas da época, Zequinha não conseguiu uma situação financeira acima da média. Ainda assim, conseguiu investir em um imóvel próprio e em uma casalotérica, em Olinda, cidade que adotou após a sua aposentadoria, e que passou a ser administrada por pessoas de confiança após sequelas de um derrame que limitou suas atividades.
Em 2006, durante o campeonato brasileiro, o Santa Cruz prestou uma homenagem ao ex – jogador, dando o nome de uma alameda do Estádio do Arruda, que dá acesso às cadeiras no primeiro andar, e com uma placa no local. Algum tempo depois, a diretória precisou retira-la por ser danificada por vândalos.
Zequinha morreu em 25 de Julho de 2009, vitima de falência múltipla de órgãos e o sepultamento foi em Recife.

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