segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

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Nova diretoria alvirrubra já trabalha para saldar dívidas e evitar novas ações trabalhistas

Com três meses de salários atrasados, objetivo é chegar a acordo com todos os atletas


A nova diretoria alvirrubra só assume o comando do clube oficialmente às 19h desta segunda-feira (4). Porém, os dirigentes eleitos em dezembro passado já vêm trabalhando desde o anúncio do resultado do pleito eleitoral. Renovações, contratações, melhorias na estrutura do CT e também negociações para definir o pagamento das dívidas acumuladas com o elenco no ano passado. Tudo para evitar que o Náutico sofra com novas ações na Justiça do Trabalho.

“É público e notório que o clube deve três, quatro meses, em algumas circunstâncias. E a gente está tendo um cuidado enorme”, afirma o futuro presidente, Marcos Freitas. “Estamos sentando com os atletas para resolver os atrasos deles”, corrobora Marcílio Sales, diretor de futebol. “Já resolvemos com a maioria do plantel. Todos os que renovaram, além dos que já iriam ficar, já estamos acertando”, acrescenta o diretor. “Renovamos, na maioria das vezes, em condições mais favoráveis ao clube”, enfatiza mandatário alvirrubro.

Marcos Freitas, inclusive, exalta o trabalho que tem sido feito até aqui. “Foi um grande mérito desta nova diretoria. Não foram apenas renovações, foram a certeza que nós evitamos cerca de dez problemas futuros. Se não ocorressem as negociações, além das qualidade técnicas, a gente iria ter um rompimento com dificuldades financeiras e assim evitamos futuras ações trabalhistas. Nossa diretoria de futebol teve uma habilidade enorme e os atletas também.”

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Na véspera de ser empossado presidente, Marcos Freitas evita fazer promessas de contratações

Novo mandatário alvirrubro promete empenho, mas prefere não criar expectativas


Até o momento, o Náutico anunciou a contratação de cinco reforços para a temporada 2016. Os nomes, entretanto, estiveram longe de agradar a torcida, que ainda espera por nomes mais sonantes, que causem impacto no mercado de transferências. Nesta segunda-feira (4), Marcos Freitas toma posse como novo presidente do Timbu. E o mandatário alvirrubro evita criar expectativas. Diz que prefere trabalhar com afinco, para acertar na composição do elenco que vai ter como primeira obrigação sair do jejum no Estadual.

Sem surpresas para o dia da posse. É o que assegura Marcos Freitas. A nova diretoria alvirrubra não quer alimentar especulações e, assim, preserva o torcedor de eventuais decepções. “Não tenho essa política de causar surpresa e nem ficar criando expectativas. É melhor que a entrega seja melhor do que a encomenda, do que a encomenda não estar a contento”, justifica-se o futuro presidente. “Se amanhã evoluirmos, amanhã faremos a apresentação. Mas, não prometemos nada”, assegura.

Quanto à composição do elenco para a temporada, o dirigente entende que é preciso ter calma e que é necessário ponderar bem todas as possibilidades. Para isso, conta com a participação de Gilmar Dal Pozzo. “Vamos sentar com o treinador a partir de amanhã e terça-feira, para poder conversar melhor sobre as necessidades do elenco, sempre dentro das limitações financeiras do clube”, afirma.

A escassez de recursos do Náutico força a diretoria a ser mais eficaz no mercado. “Até agora anunciamos cinco contratações pontuais e precisas, bem como renovações pontuais. Estamos sendo cuidadosos”, alega. “A ideia não é ter volume. Contratações em excesso geram problemas enormes”, acrescenta. E para evitar equívocos, vão ser feitas “avaliações com calma”, inclusive dos atletas da base do clube. “A gente tem que ver os garotos da base. Analisar quem pode ascender para o elenco principal”, revelando que a Copinha está sob a atenção do departamento de futebol.

Sobre as críticas da torcida aos reforços anunciados até aqui, Marcos Freitas se justifica. “No conjunto dessas contratações vêm atletas que são apostas, para revelações”, pondera. A principal aposta, indubitavelmente, é o atacante Rafael Ratão, cuja contratação foi bastante criticada pelos alvirrubros, devido ao seu histórico. “Ele veio como contrapeso. Vem como uma aposta, para teste e sem nenhum ônus para o clube, exceto sua acomodação.”

Pacote do Corinthians
As contratações do volante Marciel e do meia-atacante Alan Mineiro não foram descartadas. “Agora sim, a gente vai com uma certa legitimidade buscar esses contratos. Fiz uma visita cordial à diretoria do Corinthians. Fomos gentilmente atendidos lá. Mas, não tínhamos legitimidade para encaminhar nada. Agora, vamos poder discutir com mais propriedade.”

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Opinião: Termina o calvário de Glauber à frente do Náutico

A “gestão” Glauber Vasconcelos chega ao fim de forma melancólica, com o presidente se infligindo o atuoexílio, propositalmente incomunicável, inacessível, talvez magoado pelas críticas, talvez envergonhado por elas, difícil dizer.
Deixa a impressão de que Glauber ansiava mais pelo fim do próprio mandato que até mesmo os rivais dele. Que o cargo era uma espécie de calvário e cumpri-lo a missão de uma mártir.
Os anos de Glauber à frente do clube consolidaram a ideia de que o Movimento Transparência Alvirrubra, o MTA, se assemelhava ao cachorro que ladra atrás de um carro, mas não sabe o que fazer quando o automóvel para. Tinha discurso e articulação para chegar à presidência, mas não havia um plano do que fazer quando alcançasse o objetivo.
A favor de Glauber, até agora os sinais de que fez uma administração idônea. O que não é pouco. E apesar dos tropeços administrativos, disputou uma final de Pernambucano e chegou perto, muito perto em 2015, de recolocar o Náutico na Série A.
O pior pecado de Glauber, porém, foi deixar escapar a chance de provar que o “novo” era uma saída viável e possível para o Náutico, como tem sido para Santa e Sport.
Porém a gestão apática e contraditória levou os sócios a escolherem o retorno das velhas forças, deixando o Náutico fora de uma tendência de renovação das lideranças que tem sido salutar aos rivais, que até reconhecem o trabalho realizado por “baluartes” do clube, mas que entendem que os trabalhos têm início, meio e fim.
De quebra, Glauber ainda facilitou a vida do seu sucessor, que vai ter que se esforçar muito se quiser fazer uma gestão tão apagada quanto a dele.
Autor: Alvaro Filho

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