Danilo Fernandes volta a salvar o Sport com milagres e comemora boa fase

Goleiro voltou a fazer boas defesas em partida contra o Grêmio e foi um dos destaques do Leão no sexto empate fora de casa nesta Série A do Brasileiro

O meia Diego Souza fez o gol do empate do Sport no último sábado contra o Grêmio, mas o grande responsável pelo ponto conquistado pelo clube na Arena tricolor foi o goleiro Danilo Fernandes. Com pelo menos três defesas difíceis, ele segurou a pressão inicial dos gaúchos no primeiro tempo e também no fim do jogo. Danilo parou Pedro Rocha, Luan e Bryan Rodriguez. No caso do cabeceio à queima-roupa de Rodriguez, o arqueiro considerou o lance como sua defesa mais difícil da partida.

- Para mim, a da cabeçada foi a mais difícil. Foi uma bola cruzada e eu estava indo em direção do jogador, mas ele cabeceou no meu contrapé. Ele foi feliz na cabeçada, mas eu fui ainda mais feliz. Estava bem posicionado. Acho que o meu braço comprido me ajudou nessa - brincou o goleiro.

Contratado pelo Sport no começo deste ano, Danilo, de 27 anos, vive a melhor fase de sua carreira. Na verdade, só agora ele tem conseguido ter uma sequência de jogos, já que no Corinthians, onde jogava antes de chegar no Leão, o máximo de jogos que teve seguidos foi seis.

- É minha melhor fase porque estou podendo mostrar o meu trabalho. Estou tendo a oportunidade de jogar e fico feliz por poder passar essa segurança para o time.

Apesar de estar em destaque no Sport há algumas rodadas, Danilo Fernandes faz questão de dividir o momento com os companheiros.

- Tenho que agradecer ao grupo todo do Sport. Sem eles me ajudando eu não poderia fazer nada lá atrás. 

O GloboEsporte.com está realizando uma enquete com o torcedor do Sport perguntando quem deve ser o goleiro titular da equipe quando Magrão estiver completamente recuperado da lesão no ombro. O camisa 1 já trabalha com bola, mas deve esperar pelo menos mais uma semana para participar dos jogos

globo.com

Em três meses, demissões, crises e reviravoltas. E o Brocador só treinava

Foram 94 dias sem Hernane poder entrar em campo. Nesse período, o atacante viu Náutico, Santa Cruz e Sport sofrerem uma mudanças dentro e fora dos gramados

O dia é 20 de abril. Hernane, uma das maiores contratações do Sport para a temporada, desembarcava no Aeroporto Internacional dos Guararapes falando como jogador do Leão. Mas a pressa que teve em se afirmar como atleta rubro-negro não foi traduzida em atuações. Em processo de litígio com o Al Nassr, da Arábia Saudita, o Brocador acionou a Fifa para conseguir a liberação e assinar com o Rubro-negro. Sem o documento que permitia ter o nome publicado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF, ele esperou. E treinou. Foram exatos 94 dias treinando e sendo utilizado como modelo nos eventos do clube. Até que na última sexta-feira, enfim, ele foi apresentado.

Durante esse período, os clubes da capital pernambucana, Náutico, Sport e Sport, passaram por modificações radicais. Mudança de treinador, saída de dirigente, reformulação de equipe, estreia de uniforme... e o Brocador, e toda a torcida do Leão, só esperava. 

Enquanto treinava no Sport, Henane viu, através dos noticiários, que o Náutico estava em má fase. Eliminado nas primeiras fases da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano, o Timbu teve de juntar os cacos. Além disso, o atacante pôde observar o presidente alvirrubro pedir licença por problemas de saúde, o Alvirrubro contratar e regularizar 12 atletas, se reerguer ao ponto de chegar a liderar a Série B. Feito que não impediu o gerente de futebol Carlos Kila se desentender com Lisca e pedir férias. Enquanto isso, o Brocador só treinava...

Se o Náutico teve mudanças, o Santa Cruz praticamente virou outro clube. De coadjuvante no Campeonato Pernambucano, o time do então técnico Ricardinho sagrou-se campeão estadual pela 28ª vez. Mas foi ao chão na Série B. Logo no início do Brasileiro, os Tricolores sofreram o duro golpe da suspensão do meia Raniel, grande destaque da equipe, pego em um exame antidoping, ainda em 2014, foi punido com quatro meses longe dos gramados. Além do jogador, o Tricolor perdeu o Coordenador Técnico Sandro Barbosa, que entrou em rota de colisão com Ricardinho, que também deixou o clube após uma sequência de maus resultados e de ter uma crise nos bastidores.

Mas nem tudo foi problema. Além da chegada de Martelotte para o lugar de Ricardinho, o Tricolor recebeu a chegada da maior contratação da história recente do clube: o atacante Grafite, que acabou sendo regularizado antes que o Brocador. Por falar em reforços, o atacante do Sport acompanhou pelos sites e jornais que outros 10 jogadores foram anunciados pelos corais neste período. Até o goleiro Tiago Cardoso, que estava fora há quase oito meses devido a uma lesão no joelho, voltou e reestreou na vitória de 3 a 0 sobre o Atlético-GO.

No atual clube de Hernane, a mudança também foi intensa. Quando o Brocador desembarcou no Recife, o Sport vivia um momento difícil na temporada e aquela notícia talvez tenha sido a única que deu alegria ao torcedor, que viu o clube ser eliminado do Pernambucano, pelo Salgueiro, e da Copa do Nordeste, pelo Bahia. O Campeonato Brasileiro batia a porta quando Hernane foi anunciado oficialmente pelo Leão. Por conta de detalhes burocráticos, o clube só confirmou a contratação do jogador no dia 28 de abril, quando ele começou a treinar normalmente com o grupo realizando trabalhos com bola. A expectativa era que ele já ajudasse no início da Série A, mas ela não saiu do papel. 

Enquanto treinava, Hernane viu muita coisa mudar no Sport. A começar pela fase. A crise depois das eliminações no Campeonato Pernambucano e na Copa do Nordeste ficaram para trás e o Leão entrou com tudo na Série A. Chegou a ser líder e manteve-se no G-4. O então único concorrente de posição, Joelinton foi vendido para o Hoffenheim e o caminho, que teoricamente ficaria mais fácil para ele, se complicou com a chegada de André. Hoje titular absoluto, o camisa 90 deixará o Brocador no banco de reservas nos primeiros jogos. Depois de Hernane, o Sport ainda contratou Matheus Galdezani, Samuel Xavier, Marlone e Maikon Leite, que já fez três gols, mas está machucado e sem poder jogar. Nesse período, apenas uma coisa não mudou: o lateral-direito Alex Silva, que já estava no DM quando Hernane chegou, segue em tratamento.

globo.com

SPORT

Eduardo Baptista justifica time com três volantes e celebra empate do Sport com o Grêmio

Técnico comemorou 1 a 1 fora de casa contra adversário direto pelo G4

 técnico Eduardo Baptista não escondeu a satisfação com o empate arrancado fora de casa com o Grêmio, na noite desta sábado. O 1 a 1 no placar final, porém, só aconteceu graças às alterações realizadas pelo treinador rubro-negro no segundo tempo. Após uma etapa inicial abaixo da média, com o Leão armado com três volantes, Eduardo desfez a formação para o segundo tempo e a equipe cresceu na partida, arrancando o empate com gol de Diego Souza e atuação espetacular do goleiro Danilo Fernandes.

A entrada de Rodrigo Mancha na vaga de Elber para começar a partida foi justificada pelo treinador como sendo "forçada", porque o atleta estava sentindo um pouco de dores na panturrilha. Além disso, Eduardo ainda citou a maratona de jogos e viagens e o desgaste da equipe para justificar a escalação com três volantes.

"A gente vem em um desgaste grande jogo, com o jogo contra o São Paulo, seguido de viagem, jogo com o Santos e agora contra o Grêmio. Elber estava com um incomodo na panturrilha e, por isso, não iniciei com ele. Tinha também a opção por Ferrugem, so que seria pelo lado direito e o Grêmio é forte copm Galhardo pelo nosso esquerdo. Como perdi Wendel, suspenso, optei por Mancha para deixar Wendel ajudando Danilo pela esquerda. Mas não jogamos, entregamos a bola e cedemos a pressão", disse, em entrevista à Rádio Jornal.

Na visão de Eduardo, a entrada de Elber no segundo tempo, mesmo ele ainda abaixo do que o técnico deseja, fez a equipe crescer. "Conseguimos pressionar, colocar o Grêmio dentro do seu campo e fomos bem até o desgaste começar a bater. André e Diego tiveram dificuldades, precisamos fazer as alterações. No fim, sofremos uma pressão natural de time grande que joga em casa, mas conseguimos segurar bem", falou.

Comemoração
Até o início desta rodada, o Grêmio tinha o segundo melhor aproveitamento como mandante. Eram seis vitórias e um empate. Não em vão, contra uma equipe invicta em casa, Eduardo Baptista celebrou o ponto somado em Porto Alegre. "Empatamos contra um time que vai brigar pelo G4, enfrentamos de igual e levamos um ponto importante para casa", pontuou Eduardo.

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