domingo, 31 de maio de 2015

Com a Taça nas mãos, o Braga resolveu dar vida ao vencedor Sporting


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O Sporting é o grande vencedor da Taça de Portugal 2014/2015. Os Leões começaram a partida da pior forma, ficando reduzidos a 10 e sofrendo dois golos. Mas, a 7 minutos do fim, a apatia bracarense e a persistência leonina mudaram o destino desta final. Os de Alvalade acabaram por triunfar nas grandes penalidades.


Com a Taça nas mãos, o Braga resolveu dar vida ao vencedor Sporting

Sporting
2 2
SC Braga
SPORTING: RUI PATRÍCIO; CÉDRIC, PAULO OLIVEIRA, EWERTON E JEFFERSON; WILLIAM, JOÃO MÁRIO (MIGUEL LOPES, MIN. 21/MONTERO, MIN. 73), ADRIEN; CARRILLO (MANÉ, MIN. 54), NANI, SLIMANI
SC BRAGA: KRITCIUK; BAIANO, SANTOS, ANDRÉ PINTO E DJAVAN (SASSO,MIN. 82); LUIZ CARLOS, MAURO E RUBEN MICAEL (ALAN, MIN. 61) PARDO (AGRA, MIN. 75), RAFA, ÉDER
PLACAR: 0-1, ÉDER, MIN. 16 0-2, RAFA, MIN. 25 1-2, SLIMANI, 83 2-2, MONTERO, MIN. 90+3 (3-1 APÓS GRANDES PENALIDADES)
ÁRBITRO: MARCO FERREIRA - ADMOESTADOS: CÉDRIC, MIN. 15 (VERMELHO), BAIANO, MIN. 23, MAURO, MIN. 38, LUIZ CARLOS, MIN. 48, ÉDER, MIN. 55. KRITCIUK, MIN. 71, MAURO, MIN. 115 (VERMELHO)
INCIDENCIAS: ESTÁDIO NACIONAL DO JAMOR, FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL

O Jamor assistiu a uma das mais emotivas e empolgantes finais da História da Taça de Portugal - o SC Braga entrou com atitude de conquistador e, beneficiando de erros individuais da defensiva leonina, adiantou-se no marcador logo após findar o primeiro quarto de hora de jogo; reduzido a dez unidades, o Sporting sofreu o segundo golo e foi-se afundando na partida à medida que o tempo passava e os assobios salpicava o espírito dos jogadores leoninos.Quem adivinharia que, no fim, seriam eles a festejar?

25 minutos de fúria arsenalista e aselhice leonina

Quando Djavan arrancou feito uma seta, rumo à baliza de Rui Patrício, a Taça de Portugal tingia-se de tons arsenalistas: Cédric Soares carregou o lateral brasileiro já dentro da área, provocando uma grande penalidade e recebendo ordem de expulsão - Éder não tremeu (ao contrário do momento crítico do desempate) e inaugurou o marcador. O inferno leonino teria continuação logo a seguir: Miguel Lopes, que entrara para o lugar de João Mário, deixou que Rafa lhe roubasse a bola e, com calma, batesse um indefeso Patrício.
Aos 25 minutos, o Sporting estava morto e o SC Braga vivinho da silva,dois golos de vantagem e uma superioridade numérica que jogaria sempre a favor da tranquilidade psicológica e física dos bracarenses e contra a integridade mental e física dos Leões.Mas...seria mesmo assim? A primeira parte terminaria com o natural domínio do Braga de Sérgio Conceição perante um Sporting incauto, duvidoso das suas capacidades e visivelmente fragilizado.

Sporting «in-extremis» salvou-se inesperadamente

A segunda parte começaria na mesma toada, com o Sporting a redundar em passes falhados e cavalgadas inconsequentes. O Braga, que tentava dar a estocada final (através das correrias de Pardo e Rafa), começou a recuar no terreno à medida que o tempo se esgotava. Sem nada o fazer prever, o mundo bracarense cairia rapidamente aos pés da equipa, em apenas dez minutos. Slimaniaproveitou uma falha defensiva (mau alívio) do Braga para reduzir para 1-2.
O golo de Slimani (Kritciuk ajudou, posicionando-se de modo errático) foi como um renascimento leonino: a auto-estima aumentou, a confiança sofreu um impulso e a esperança, verde, cobriu o espírito do colectivo de Alvalade. O Braga, inversamente, desce ao inferno de onde o rival acabara de sair com o tento do argelino, aos 83 minutos. Adivinhava-se o golo redentor do Sporting, que obrigasse o jogo a entrar em prolongamento - e assim foi; Fredy Montero, que entrara aos 73 minutos, marcou aos 93 e toda a nação sportinguista rejubilou.

Com a Taça na mão, o Braga resolveu deitar tudo a perder

Apática, lenta e anestesiada, a defensiva bracarense pregou-se ao relvado e deixou que a onda de confiança leonina varresse a vantagem construída nos primeiros 25 minutos da primeira parte. Titubeante e enfiado dentro da sua própria área, o Braga permitiu a sorte leonina e, mesmo jogando em superioridade numérica, parecia estar, ele sim, reduzido a residuais escombros tácticos e até psicológicos. Montero fugiu por entre os centrais e, à saída de Kritciuk, empatou a partida - no banco, Conceição nem queria acreditar no repentino descalabro.
Quem adivinharia que, com dois golos de vantagem e em superioridade numérica desde os 15 minutos, o SC Braga iria deitar tudo a perder, desconcentrando-se a ponto de oferecer, após mau alívio do central bracarense, o golo da motivação e, dez minutos depois, sofrer o golo do empate, de forma displicente? Mérito para a resiliência leonina e demérito extra para a desfaçatez organizacional dos arsenalistas - o tabuleiro virava a favor do Sporting, que, apesar de reduzido a 10 unidades, entraria para o prolongamento com ascendente psicológico.

Prolongamento morno aqueceu com remates de Nani e Agra

O prolongamento foi jogado com as máximas cautelas: o Sporting, em inferioridade numérica, tentou controlar o ritmo e a ocupação dos espaços, mantendo a coesão colectiva; o Braga, ferido psicologicamente, jogava a medo e já não possuia a capacidade para arriscar. Mauro, precipitado, recebeu o segundo cartão amarelo e deixou o duelo em igualdade numérica. De ressalvar, apenas um tiro em jeito de Nani e um remate de Salvador Agra rechaçado por um estóico Rui Patrício. 
Nas grande penalidades, a lógica da inversão do ascendente psíquico vigorou, sem grandes surpresas: o Braga, hesitante e magoado pela reacção leonina, vacilou perante o sereno Rui Patrício e tanto nervosismo e insegurança até resultaram em dois penalties que nem sequer levaram a direcção da baliza (Éder e Agra chutaram para longe, André Pinto permitiu a defesa de Patrício). O Sporting, revigorado pela injecção de esperança, saira do inferno para disputar a derradeira possibilidade de ser feliz na Taça. E conseguiu -  Adrien, Nani, Slimani marcaram os tentos que culminaram na conquista do troféu

Quem adivinharia?

Ninguém adivinharia que o Sporting, quase enterrado no Jamor aos 25 minutos, viria a celebrar a conquista da sua décima sexta Taça de Portugal da História; a desilusão total de Sérgio Conceição espelhava a tristeza que assolava a cara dos «Guerreiros do Minho». Na face dos Leões, a jovial expressão de quem fintou a desgraça e ascendeu aos píncaros da alegria, quebrando um jejum de títulos que perdurava há sete anos. No relvado do Jamor, o Sporting suspirou de felicidade e o capitão Patrício ergueu a primeira Taça da era Bruno de Carvalho.

«Ola» tripleta: Benfica bate Marítimo e junta três troféus em 2014/2015


Benfica conquistou diante do Marítimo o sexto título nacional consecutivo e o terceiro em 2014/2015. Em Coimbra, a equipa orientada por Ivo Vieira ainda empatou o encontro mas a dupla «Ola Jonas» pôs um ponto final nas esperanças insulares.


Marítimo
1 2
Benfica
MARÍTIMO: SALIN, BRIGUEL, BAUER, RAÚL SILVA, RÚBEN FERREIRA, DANILO, BRUNO GALLO, ALEX SOARES (FRANSÉRGIO '50), XAVIER (ÉBER BESSA '62), JOÃO DIOGO, MAREGA (IGOR ROSSI '74)
BENFICA: JÚLIO CÉSAR, MAXI PEREIRA, JARDEL, LUISÃO, ELISEU, SAMARIS, PIZZI (TALISCA '68), GAITÀN, SULEJMANI (OLA JOHN '73), LIMA (FEJSA '83), JONAS
PLACAR: 1-0, MIN.37, JONAS ; 1-1, MIN.55, JOÃO DIOGO ; 2-1, MIN.80, OLA JOHN
ÁRBITRO: CARLOS XISTRA (CASTELO BRANCO); DISCIPLINA: RAÚL SILVA (MIN.31); MAREGA (MIN.35); RAÚL SILVA (MIN.47 EXPULSO); BRUNO GALLO (MIN.59); RÚBEN FERREIRA (MIN.66); FRANSÉRGIO (MIN.76); ÉBER BESSA (MIN.84); MAXI PEREIRA (MIN.84); JONAS (MIN.86); LUISÃO (MIN.90+3)
INCIDENCIAS: TAÇA DA LIGA, FINAL, ESTÁDIO CIDADE DE COIMBRA

Benfica conquistou ontem, em Coimbra, diante do Marítimo, asexta Taça da Liga em oito edições já decorridas. Depois de a ter vencido pela primeira vez na época 2008/2009, o clube encarnado apenas por uma vez não conseguiu ganhar este troféu: 2012/2013, quando o SC Braga orientado por José Peseiro bateu o FC Porto por uma bola a zero. Com esta conquista, o Benfica conseguiu pela primeira vez na história do futebol português arrecadar seis títulos nacionais consecutivos.
Recuemos até ao dia 20 de Abril de 2014: O clube da Luz sagrou-se nesta data campeão nacional da época 2013/2014 e, até ao dia de ontem, apoderou-se de todos os títulos nacionais, sendo que os seus adversários neste período nada ganharam. Um feito histórico para os encarnados que com a conquista do 76º troféu, aumentaram a vantagem para o FC Porto (que possui 74º títulos).

Festa encarnada em Coimbra (Foto: SL Benfica/Isabel Cutileiro)

Genialidade de Jonas abre caminho para um herói improvável

O Marítimo entrou em campo com a convicção de fazer melhor do que na semana passada. Contudo, os campeões nacionais orientados por Jorge Jesus começaram por revelar falhas na circulação, com bastantes passes errados, recepções imperfeitas, erros posicionais e um aparente desencontro de ideias nas acções conjuntas. Por outro lado, nem Gaitán, nem Jonas, nem Lima, conhecidos como desequilibradores natos, exibiram inspiração suficiente para chegarem com perigo à baliza defendida por Salin. Carlos Xistra tardou a mostrar o primeiro cartão amarelo (só o fez aos 32 minutos), uma complacência que se revelou útil para a equipa insolar que nos confrontos diretos revelou sempre um elevado nível de dureza.
O 0-0 tornava-se aos poucos, um resultado arriscado para os campeões nacionais. Aos 37 minutos, Jonas voltou a fazer palpitar o coração dos adeptos benfiquistas. Depois de um cruzamento vindo do pé direito de Jardel, o artilheiro brasileiro cabeceou de forma certeira para o fundo da baliza. A expulsão de Raul Silva no início do segundo tempo (49 minutos) fazia antever um desfecho trágico para a equipa de Ivo Vieira. Ainda assim, os insulares tinham algo a dizer. Aos 56 minutos, João Diogo desmarcou-se de forma perfeita e em frente a Júlio César, concluiu de forma sublime. Jorge Jesus mexeu e muito bem, se permitem o apontamento. Às vezes o melhor é não complicar e foi o que o técnico português fez. Talisca entrou para o lugar de Pizzi, que não estava bem na partida e Ola John substituiu Sulejmani. John marcou e Talisca alegrou o jogo.

Jonas marcou o primeiro golo (Foto: SL Benfica/Isabel Cutileiro)
Marítimo ainda tentou responder mas já não tinha nem frieza, nem força para conseguir dar a volta a um resultado que se manteve igual até ao apito final. Contudo, os insulares revelaram uma grande atitude muito por mérito do homem que os orientou, Ivo Vieira, que incutiu na equipa um espírito guerreiro e lutador. Quando mexeu, mexeu de forma irrepreensível, com particular destaque para o período em que teve de jogar com menos um. Do lado encarnado,Ola John que tantas vezes é acusado de ser indiferente às dificuldades do jogo, acabou por ser considerado o decisor do jogo.

Jorge Jesus volta a fintar as perguntas sobre o futuro

O técnico português conquistou o seu 10º título e tornou-se o treinador com mais conquistas da história do Benfica. Quando confrontado com o seu futuro, driblou os jornalistas e dedicou a conquista a Toto Salvio. «Já esperava que este jogo com o Marítimo fosse mais difícil que o do campeonato. O adversário analisou o último jogo e alterou algumas coisas, sobretudo a primeira fase de pressão. Estamos em festa. A partir de amanhã teremos mais três, quatro dias para juntarmos ideias, nós, equipa técnica, e o presidente. Vamos ver o que vai acontecer. Não me posso esquecer de Salvio. É como se estivesse aqui. O troféu também é dedicado a ele.» 
Já o treinador Ivo Vieira revelou orgulho na sua equipa confessando que o critério de Carlos Xistra não foi o mais correto. «Estou triste por ter perdido mas orgulhoso por aquilo que os jogadores fizeram. Se já era difícil enfrentar o Benfica em igualdade numérica, mais difícil se tornou quando nos vimos reduzidos a dez.» Em relação ao seu futuro, o técnico mostrou-se prudente adiantando que as coisas estão bem encaminhadas: «Tenho mais um ano de contrato, mas a decisão passa pelos responsáveis máximos. Não estou agarrado ao lugar.»


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