Faltou muito futebol aos “mambas” para conquistarem a primeira taça da Cosafa para Moçambique. Mais equipa, a Namíbia, graças um bis de Hotto, levou a taça, a sua primeira neste torneio regional.
É verdade que ganhar a primeira taça Cosafa não era o objectivo maior estabelecido por João Chissano porém não serve de desculpa para a fraca prestação diante da Namíbia na final deste sábado, no estádio Moruleng na África do Sul.
Em relação ao jogo das meias-finais o seleccionador nacional fez entrar no onze inicial Ussama e Parkim para os lugares de Diogo e Cremildo, afinal o objectivo era ver em acção os jogadores não internacionais candidatos a um lugar no “Mambas”.
A final começou morna mas os namibianos, que desde o apito inicial assumiram as despesas do jogo, foram os primeiros a criarem perigo. Depois de um corte defeituoso de Gerson, a bola sobrou para um namibiano que, do meio da rua, rematou forte por cima da barra transversal de César.
Só perto do primeiro quarto de hora Moçambique criou a primeira jogada digna de registo, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Kito, Chico cabeceou para o poste mais distante do guarda-redes namibiano mas Isac por centímetros falhou a emenda.
O jogo estava equilibrado no que toca a percentagem de posse de bola, porém, a Namíbia era a formação que praticava um futebol vistoso ao contrário dos moçambicanos que pareciam uma equipa do bairro.
Perto da meia hora Stephanis galgou o corredor esquerdo e cruzou na perfeição mas Shilongo, dentro da grande área, cabeceou ao lado da baliza moçambicana.
No minuto 35 o mesmo Shilongo voltou a servir com um passe magistral e desta vez Hotto, apenas César Machava pela frente, não perdoou e colocou a bola no fundo das redes. Nota para João Chissano a defesa meteu “água”, sobretudo os dois centrais, Chico e Gerson.
Antes do intervalo os “Mambas” estiram perto empatar, Parkim cruzou e Isac, aproveitando uma saída em falso do guarda-redes namibiano cabeceou para o fundo da redes mas apareceu Katsukwa que sobre a linha do golo cortou em bicicleta.
Defensiva moçambicana volta a meter água
Apesar de ter criado a primeira jogada vistosa da segunda parte a equipa de João Chissano não parecia trazer argumentos para dar a volta ao placar.
Em vantagem, a Namíbia entregou as rédeas de jogo aos Mambas, mas mesmo em vantagem no que diz respeito a percentagem de posse de bola não conseguiam criar perigo junto a baliza do seu rival. A defensiva namibiana colocou Isac em fora de jogo em todos lançamentos longos para a sua área.
Depois, no minuto 73, mais um erro clamoroso da defensiva moçambicana. Cruzamento Kheimung da direita para a esquerda, a defesa ficou a ver a bola chegar a Deon Hotto que rematou forte, o esférico ainda desviou-se em Chico deixando o guarda-redes César Machava batido, e só parou no fundo das redes dos “Mambas”.
Nos últimos 10 minutos Moçambique até lançou-se ao ataque mas pecava por querer flanquear o jogo o que, de certa forma, facilitava a tarefa da defensiva do seu oponente que em termos de estatura física superava os avançados dos “Mambas”.
Diogo ainda ameaçou, num livre directo perto da quina da área, mas esteve seguro o guardião da Namíbia. Em contra-ataque a Namíbia voltou a criar perigo e só não aumentou o placar graças a duas grandes defesas de César Machava em remates à queima roupa.
No segundo minuto, dos três compensados pelo árbitro, Witness descaiu da direita para o centro e rematou forte e viu a bola a passar a escassos centímetros do poste esquerdo da baliza, pouco depois o árbitro deu por terminada o jogo e a Namíbia levou o troféu na segunda final de Moçambique neste torneio da região sul de África.
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