NÁUTICO
Após boa estreia no Campeonato Brasileiro, jogadores do Náutico querem ir além do acesso
Requalificação do elenco foi apontado como principal motivo para a confiança
Um time desacreditado. Foi assim que o Náutico iniciou a Série B do Campeonato Brasileiro. Após contratar até bem para o início do ano, o Timbu foi devastado por lesões e falta de qualidade dos reservas. Deixar a Copa do Nordeste e o Campeonato Brasileiro mais cedo só aumentaram as dúvidas em relação a equipe. Porém, o último sábado parece que mudou o cenário do clube. Não apenas pelo vitória contra o Luverdense, mas pelas palavras ditas dentro do vestiário antes do início da partida. Se antes se falava apenas em buscar o acesso, os atletas agora já pensam mais alto. Pensam em título.
Na entrevista coletiva após a estreia na Série B, Lisca revelou que Fabiano Eller falou algumas palavras para o grupo e que a equipe deveria ir em busca do título. O zagueiro revelou que realmente falou isso e soube justificar sua confiança. “Eu acho que a gente está começando uma competição nova e temos que ter ambição sempre na vida. Se entramos em uma competição que um vai ser campeão, porque não podemos pensar em túitulo? Não adianta ter chegando no fim da competição e ficar pensando que poderia ter feito o melhor. Vejo que temos um elenco de qualidade, podemos almejar coisas na competição e penso grande sempre”, falou com confiança.
Acompanhando o pensamento do companheiro, o meia Pedro Carmona acredita que se a equipe seguir bem neste início de Série B, os resultados farão com que os adversários respeitem mais o Náutico. “Qualquer clube tem que pensar assim. Temos que buscar sempre a ponta da tabela. Se não conseguirmos chegar no títutlo, pelo menos conseguiremos o acesso. Vamos impor o respeito com resultados. Se ganharmos contra o Boa o Criciúma vem aqui nos respeitando mais. É bom ser respeitado e temido. Vamos para Minas para buscar a vitória”, afirmou Carmona.
Se a vitória do último sábado e os três jogos sem tomar gols, sequência que não ocorria há três anos, não são motivos suficientes para manter o otimismo do torcedor, Carmona lembrou que este elenco é bem mais qualificado do que o de 2014. “Ano passado quase fomos campeões (pernambucanos) e no Brasileiro não pude estar com o time. Mas esse ano estamos com o plantel muito bom e com peças de reposição. Não será um problema muito grande quando tivermos que fazer substituições. Os treinamentos estão sendo muito bons e não gosto de falar a longo prazo, mas acho que vamos chegar.”
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Mais que o acesso, meta alvirrubra é título da Série B
Depois de um início de temporada repleto de frustrações, com direito a campanhas vexatórias no Campeonato Pernambucano e na Copa do Nordeste, era de se esperar que o Náutico entrasse com pretensões bem mais modestas na Série B. Porém, na prática, não é dessa maneira que o elenco alvirrubro vem se comportando. Para alguns atletas, a briga do Timbu não é somente pelo acesso. Ainda que a Segundona esteja apenas começando, a equipe não pensa em outra coisa que não a conquista do título da competição – algo inédito para o clube. Ao menos é isso o que os comandados do técnico Lisca vêm escancarando em seus depoimentos.
“Eu vejo que a gente realmente tem um elenco de qualidade para almejar coisas grandes na competição. Temos bons jogadores”, avalia o zagueiro Fabiano Eller, membro mais experiente do elenco, com 37 anos. “Eu penso grande sempre. A partir do momento em que a gente pensa assim que devemos treinar para almejar conquistar este objetivo. Acho que a meta principal é o título”, assegura o veterano. “Consequentemente, se não formos campeões, o acesso seria bom também. Não queremos menosprezar ninguém, nem achar que estamos pisando na lua, mas temos que trabalhar sempre pensando no título”, argumenta o defensor.
Segundo Fabiano Eller, o seu passado de conquistas é crucial para que mantenha um pensamento grande. “Eu me considero um jogador vitorioso porque estou sempre vencendo e ganhando títulos. E títulos trazem muitos benefícios para todo mundo. Para jogadores, clubes, comissão técnica. O Náutico já foi campeão de muitas competições, por que a gente não pode ser campeão agora?”, questiona.
Ainda lutando para se recuperar completamente das lesões, o meia Pedro Carmona reforça o discurso do companheiro. “A gente tem que ter isso em mente, de lutar pelo título, porque isso ainda vai nos dar condições de conseguir o acesso. Se a gente não conseguir o título, vamos chegar ao final lutando para ficar em segundo, terceiro, o que vai ser bom para o clube”, projeta. “Quando você vê mais jogadores de qualidade não tem que pensar pequeno. A gente tem que ser temido, impor respeito, para que o adversário pense: ‘vamos pegar o Náutico, vai ser complicado’. É bom ser temido”, garante o meia.
SAIBA MAIS – O volante Marino não treinou na manhã de ontem. No entanto, a ausência do cabeça de área não se deu por conta de lesão ou coisa parecida. O meio-campista foi liberado para uma audiência trabalhista, em São Paulo. Assim, Willian Magrão, único jogador do atual elenco que ainda não foi regularizado, assumiu a vaga aberta na meia-cancha alvirrubra.
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