A classificação diante do Atlético-MG confirmou a sina do Internacional contra brasileiros na Libertadores. Em cinco duelos locais, o Colorado segue com apenas um revés. O 3 a 1 no Beira-Rio, nesta quarta-feira (13), foi apenas a sexta vitória em cima de times do país, mas serviu para sustentar a fama de carrasco de equipes do território nacional.
A única eliminação segue sendo para o Fluminense, em 2012, com empate sem gols em Porto Alegre e derrota de 2 a 1 no Rio de Janeiro. De resto, só triunfos. Passando pela vitória em cima do Bahia, em 1989, com um gol marcado por Diego Aguirre – o atual técnico, e os embates históricos com o São Paulo. Em 2006 e 2010.
"Não é qualquer vitória. É importante. Em casa somos fortes. Vamos ganhando, pegando confiança. Eliminamos um time experiente, campeão da Libertadores", comemorou D'Alessandro.
Entre 1976 e 2015, o Inter disputou 24 jogos contra brasileiros na Libertadores. Na lista estão Cruzeiro, Corinthians, Vasco, Bahia, Flamengo, São Paulo, Santos, Fluminense e agora o Atlético-MG. Conseguiu seis vitórias, nove empates e nove derrotas. Fora do Beira-Rio, o Colorado segue com uma vitória: no jogo de ida da final de 2006, no Morumbi, quando Rafael Sóbis aterrorizou a zaga comandada por Lugano.
Agora, o carrasco de brasileiros segue na Libertadores contra um adversário colombiano. Já na próxima quarta-feira, o Internacional visita o Independiente Santa Fé, na Colômbia. Em caso de nova classificação, o time dirigido por Diego Aguirre pode ser forçado a testar seu histórico. O Cruzeiro cruzaria o caminho em uma eventual semifinal, por conta do regulamento da Conmebol que inviabiliza final entre equipes do mesmo país.
Atlético sobra nos números dos dois confrontos, mas Inter mostra eficiência
Internacional e Atlético-MG fizeram dois grandes jogos pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Melhor para o time gaúcho, que venceu no placar agregado por 5 a 3. Apesar da eliminação, os números atleticanos nos dois confrontos impressionam. Nas duas partidas, por exemplo, a equipe de Levir Culpi teve mais de 60% de posse de bola.
Erros individuais e a eficiência do Internacional determinaram o adversário do Santa Fe nas quartas de final. O Inter precisou de apenas 11 finalizações para fazer os cinco gols nos embates, dois em Belo Horizonte e três em Porto Alegre. Já o Atlético marcou apenas três vezes, mas finalizou 35 vezes, de acordo com o Footstats.
Porém, a falta de pontaria dos atleticanos ficou evidente. Dessas 35 tentativas, apenas 14 foram em direção ao gol de Alisson. Foram 21 chutes para fora. Outra mostra da eficiência colorada, que acertou o gol do Victor em 8 das 11 finalizações. O volume de jogo bem maior do Atlético, tanto no Independência quanto no Beira-Rio.
No jogo de ida o Atlético teve 64% posse de bola e na derrota no jogo de volta o time mineiro também ficou muito mais tempo com o controle de jogo. A posse de bola nesta quarta foi de 61%. Com isso, o Atlético trocou 395 e 397 passes, respectivamente. Enquanto o Inter não conseguiu acertar 200 passes em nenhuma das duas partidas.
"O desempenho foi parecido ou superior com o jogo no Independência. Perdemos nossa classificação, mas não saímos derrotados. Não tem gosto de derrota porque não formos inferiores, inclusive fomos superiores nos dois jogos. Mas não se pode tirar o mérito do Inter, que acertou o principal fundamento, a finalização", analisou o técnico Levir Culpi.
uol
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