quarta-feira, 13 de maio de 2015

Cruzeiro vence nos pênaltis, elimina SP e vai às quartas da Libertadores

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O Cruzeiro venceu o São Paulo após disputa de pênaltis, depois de empate no resultado agregado, e avançou às quartas de final da Copa Libertadores. A partida disputada nesta quarta-feira (13), no Mineirão, pelas oitavas de final, teve vitória do Cruzeiro por 1 a 0 e atuação superior do time treinado por Marcelo Oliveira, que começou pressionando e aproveitando os espaços deixados pelo São Paulo, desorganizado. A equipe de Milton Cruz teve imensa dificuldade para chegar ao gol adversário e acabou ficando para trás quando Leandro Damião abriu o placar, no início do segundo tempo.
Nos pênaltis, Rogério Ceni ainda brilhou, convertendo a primeira e defendendo a cobrança de Leandro Damião, na sequência. Depois, Souza e Luis Fabiano erraram para o São Paulo e o zagueiro Manoel teve a chance de definir a vitória do Cruzeiro na quinta cobrança, mas novamente parou em Ceni. Na primeira série das alternadas, Lucão perdeu para o São Paulo e Gabriel Xavier definiu a vitória do time da casa. No fim o brilho maior foi de Fábio. 
Agora, o Cruzeiro aguarda o resultado do confronto do clássico argentino entre Boca Juniors e River Plate, na Bombonera, nesta quinta-feira (14), para saber qual será o adversário das quartas de final. O River venceu a primeira partida, no Monumental de Nuñez, por 1 a 0. 
Fases do jogo
O Cruzeiro viu a possibilidade de um bom início de jogo diante de um São Paulo muito desorganizado. Nos dez primeiros minutos, o time do interino Milton Cruz não teve meio de campo – Souza e Denilson tiveram muita dificuldade para marcar o meio de campo adversário e deixaram espaços.
Se o São Paulo não dominava o espaço no meio de campo, falhava no setor ofensivo. Pato buscou jogo, mas errou quase tudo que tentou – em dois momentos, logo no início do jogo, seus erros proporcionaram ataques do Cruzeiro.
O Cruzeiro aproveitou a desorganização do São Paulo para pressionar. Teve oportunidades de finalização de diferentes ângulos e, ainda no início, conquistou uma sequência de escanteios que levou perigo ao gol de Rogério Ceni. O time bicampeão brasileiro, treinado por Marcelo Oliveira, ainda se aproveitou do espaço no meio de campo são-paulino em jogada individual do volante Willians: ele dominou no meio de campo e avançou, driblou dois adversários e finalizou por cima.
Mesmo com o domínio, o Cruzeiro teve dificuldade para entrar na área do São Paulo. Se meio de campo e ataque não funcionavam, a dupla de zaga formada por Rafael Toloi e Lucão marcou com precisão e fechou os espaços.
O São Paulo respondeu com Michel Bastos. O meia que não jogou na vitória por 1 a 0 no Morumbi, após ter contraído dengue, voltou na vaga do argentino Ricardo Centurión, como meia direita. Em cobrança de falta, Michel rematou forte de pé esquerdo e levou muito perigo ao gol de Fábio. Logo depois, fez jogada individual pela direita, invadiu a área do Cruzeiro e cruzou, levando perigo.
Na parte final do primeiro tempo, Willian teve duas boas chances: uma em cobrança de falta e outra em chute de fora da área, e em ambas ficou perto de atingir o gol de Ceni.
Os times voltaram do intervalo sem alteração. E o Cruzeiro prevaleceu. Logo nos primeiros minutos o time de Marcelo Oliveira passou a pressionar muito mais o São Paulo e pela primeira vez começou a entrar na área. O gol que abriu o placar sairia na sequência: Willian lançou Mayke na direita, que se valeu de desatenção de Reinaldo e dominou nas costas de Wesley; o lateral cruzou rasteiro para Damião, que finalizou para as redes na saída de Rogério Ceni.
Marquinhos quase ampliou logo depois para o Cruzeiro, novamente em finalização de fora da área que exigiu boa defesa do goleiro são-paulino.
A pressão dos donos da casa se manteve depois do primeiro gol, e o São Paulo se manteve desorganizado. Pareceu até ceder mais espaços para o Cruzeiro. Milton Cruz, então, trocou Pato por Luis Fabiano e Wesley por Centurión – na sequência, Bruno fez boa jogada pela direita e cruzou para Luis Fabiano que, na marca do pênalti, finalizou desequilibrado, para fora.  
O São Paulo mostrou preparo físico muito inferior ao do Cruzeiro. Nos minutos finais da partida, o clube paulista não conseguia se defender ao ser contra-atacado e perdia em velocidade para os atletas do clube mineiro. No fim do jogo, De Arrascaeta perdeu a chance de definir a partida. 
Com o resultado empatado com uma vitória por 1 a 0 na casa de cada adversário, o jogo foi para os pênaltis após os 90 minutos. Para o São Paulo, Rogério Ceni e Ganso coverteram; Souza e Luis Fabiano perderam. Centurión converteu o quinto. Para O Cruzeiro, Leandro Damião perdeu, em cobrança defendida por Ceni; Marquinhos,  De Arrascaeta e Henrique fizeram. Manoel perdeu o quinto. Nas alternadas, Lucão perdeu para o São Paulo e Gabriel Xavier converteu para o Cruzeiro.
O melhor: Willian
O atacante do Cruzeiro, que passou pelo Corinthians, quase marcou em dois momentos no primeiro tempo e achou o gol que abriu o placar do jogo em excelente lançamento para Mayke.
O pior: Ganso
O meia do São Paulo não conseguiu achar espaço para jogar. Quando teve a bola, errou mais do que acertou e não conseguiu acionar Pato. Em diversos momentos, não acompanhou as jogadas de ataque da equipe e faltou como opção na área, mesmo jogando à frente da segunda linha de quatro jogadores.
Para lembrar
Dória no banco de reservas. O interino Milton Cruz deixou o zagueiro Dória, titular habitual, no banco de reservas. Preferiu escalar o zagueiro Lucão, que teve atuação sólida. O jovem havia sido convocado pela seleção sub-20 para a disputa do Mundial, mas foi liberado para se apresentar apenas na quinta-feira, e participou do jogo.
Maiores vítimas. Cruzeiro e o goleiro Fábio são as maiores vítimas do capitão são-paulino Rogério Ceni: ele tem sete gols marcados contra o clube mineiro, e sete gols contra o companheiro de posição – seis defendendo o Cruzeiro, um defendendo o Vasco.
Argentino no banco. Milton Cruz deixou Ricardo Centurión, autor do gol no Morumbi, na vitória por 1 a 0, no banco.
Mudança na zaga. No Cruzeiro, Marcelo Oliveira trocou Léo por Bruno Rodrigo e mudou o miolo de zaga.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO X SÃO PAULO
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 13 de maio de 2015, quarta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Andrés Cunha (URU)
Assistentes: Miguel Nievas (URU) e Gabriel Popovirs (URU)
Gols: Leandro Damião (Cruzeiro)
Cartões amarelos: / Reinaldo (São Paulo)
CRUZEIRO: Fábio; Mayke (Willian Farias), Bruno Rodrigo, Manoel e Eugenio Mena; Willians, Henrique, De Arrascaeta e Marquinhos; Willian (Gabriel Xavier) e Leandro Damião
Técnico: Marcelo Oliveira
SÃO PAULO: Rogerio Ceni; Bruno, Rafael Toloi, Lucão e Reinaldo; Michel Bastos (Hudson), Denilson, Souza e Wesley (Centurión); Ganso; Alexandre Pato (Luis Fabiano)
Técnico: Milton Cruz
Uol

SP é eliminado por brasileiro pela 7ª vez em sete edições da Libertadores


Pela sétima vez em sete edições em que participou da Copa Libertadores depois de vencer a competição em 2005, o São Paulo foi eliminado por rival brasileiro. Nesta quarta-feira a equipe treinada pelo interino Milton Cruz foi derrotada por 1 a 0 pelo Cruzeiro no Mineirão, perdeu nos pênaltis por 4 a 3 e deu adeus ao torneio.
De 2006 a 2015, o São Paulo foi eliminado por Internacional, na final de 2006, Grêmio, nas oitavas de 2007, Fluminense, nas quartas de 2008, Cruzeiro nas quartas de 2009, Internacional, na semi de 2010 e Atlético-MG, nas oitavas de 2013. Agora, perde novamente para o Cruzeiro, mesmo algoz de 2009. 
A eliminação marcou também a última participação de Rogério Ceni no torneio. Aos 42, o capitão que foi campeão em 2005 sob o comando de Paulo Autuori se aposentará ao fim de seu contrato, no dia 6 de agosto. 
uol

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